A arte feminista e a crítica cultural

 

Desconstruindo as referências identitárias constitutivas do imaginário social, denunciando a violência sexual e o racismo presentes na cultura patriarcal e subvertendo o regime de verdades instituído, a arte feminista impõe-se, na atualidade, como importante modo de produção de conhecimento sobre o universo feminino e como vetor da produção de outras figurações da subjetividade. Por meio de suas criativas e bem-humoradas produções, nas artes visuais, na literatura ou na música, as artistas e escritoras aqui apresentadas traçam suas cartografias, elaborando uma profunda crítica à cultura, expondo seus modos de interpretação diferenciados e revelando uma intensa busca por novas linguagens e posicionamentos ético-políticos.

 

Esse ciclo percorre as obras de arte e escritos literários de algumas artistas e escritoras feministas contemporâneas, entre brasileiras, argentinas e norte-americanas. Destaca, para além das suas realizações estéticas inovadoras, os efeitos políticos que produzem ao desestabilizar noções pré-estabelecidas e ao propor outras relações com o espaço-tempo ou outras maneiras de estar no mundo.

 

 

 

Artistas brasileiras e argentinas elaboram temáticas de gênero, práticas feministas e reinvenções subjetivas em suas produções visuais, valendo-se de muita ironia e irreverência. Suas obras de arte ampliam a experiência dos afetos por meio de tonalidades subjetivas, políticas e simbólicas. 

 

Com Luana S. Tvardovskas. 

 

 

 

O que distingue a poesia de Alice Ruiz não é a escrita feminina, mas a poética feminista. Em seus textos, não há espaço para uma mulher chorosa e lastimosa: bem humorados, inteligentes e cortantes, são versos políticos que desvelam novas possibilidades para a subjetivação feminina.

 

Com Ana Carolina Arruda de Toledo Murgel. 

 

 

Em suas ousadas produções artísticas, Cindy Sherman e Kara Walker se valem das imagens desconstruídas dos corpos femininos para subverter as identidades de gênero e expor a violência histórica da escravidão, do racismo e do sexismo.

 

Com Margareth Rago. 

 

 

Em suas instigantes narrativas literárias, a escritora canadense Margaret Atwood aborda processos de subjetivação e dessubjetivação das mulheres, ao mesmo tempo em que questiona a cultura patriarcal que pesa sobre a escrita feminina e sobre os corpos das mulheres. 

 

Com Marilda Ionta. 

 

 

Novos movimentos feministas colocam o corpo feminino nu como palco de ação política e realizam performances artísticas em que este aparece como suporte, constituindo-se como obras estético-políticas.

 

Com Maria Rita Cesar. Professora da Universidade Federal do Paraná. Doutora em Educação pela Universidade Estadual de Campinas.Experiência na área de Educação com ênfase nos estudos sobre corpo, gênero, sexualidade e subjetividade.

 

As inscrições pela internet podem ser realizadas até um dia antes do inicio da atividade. Após esse período, caso ainda haja vagas, é possível se inscrever pessoalmente em todas as unidades. Após o início da atividade não é possível realizar inscrição.