A forma e o sentimento do mundo

O fenômeno psíquico hoje conhecido como depressão tem como provável antecessor a melancolia. No século XVII, um autor inglês importante, Richard Burton, escreveu um livro sobre a melancolia justamente para fugir ao tédio e à melancolia. O livro “A forma e o Sentimento do Mundo”, discorre sobre a compreensão sobre os modos como a filosofia do século XVIII tenta encontrar respostas a essas indagações. Diversos filósofos tentam mostrar o valor intrínseco de cada atividade humana, que não deve ser medida apenas pela quantidade dos seus resultados, mas também, e principalmente, pela satisfação do indivíduo com o seu exercício ou prática. 

 

É assim que a conversa, o passatempo, a brincadeira, o jogo, o hobby passam a ser valorizados, tanto quanto as atividades produtivas. Tal como a produção econômica, todas as formas de distração passam a ser entendidas como fundamentais para a vida psíquica e social, e seu cálculo não implica a quantificação de seu valor monetário ou de seu mérito, mas uma compreensão que envolve sensibilidade para a sociedade humana. Neste encontro, o autor Marcio Suzuki reflete sobre os principais pontos trabalhados na obra, refletindo junto com o público, acerca dos temas filosóficos em questão.

 

FOUCAULT, M. Gênese e estrutura da antropologia de Kant. Tradução de Márcio A. da Fonseca e Salma T. Muchail. São Paulo: Loyola, 2011.

HUME, D. A arte de escrever ensaios e outros ensaios. São Paulo: Iluminuras, 2011.

KANT, I. Antropologia de um ponto de vista pragmático. Tradução de Clélia Aparecida Martins. São Paulo: Iluminuras, 2006.

_____. Observações sobre o sentimento do belo e do sublime. Tradução de Vinicius de Figueiredo. Campinas: Papirus, 2000.

MONTAIGNE, M. Ensaios. Tradução de Rosa Freire d’Aguiar. São Paulo: Companhia das Letras, 2010.

MONZANI, L. R. Desejo e prazer na Idade Moderna. Curitiba: Champagnat, 2012.

PASCAL, B. Pensamentos. Tradução de Mario Laranjeira. São Paulo: Martins Fontes, 2005.