Arpilleras: Atingidas por barragens bordando a resistência
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Arpilleras é transgressão. A técnica surgiu em Isla Negra, no Chile, e era utilizada pelas mulheres como forma de subsistência. Mas os dias sombrios da repressão militar no país transformaram o bordado em uma verdadeira arma contra o governo comandado por Augusto Pinochet.
Com as roupas dos parentes desaparecidos, mulheres do subúrbio de Santiago denunciaram as diversas violações de direitos humanos cometidas contra aqueles que se colocaram contra o regime comandado por Augusto Pinochet. De trabalho invisível à ferramenta política.
A partir de um afazer cotidiano, as chilenas conseguiram se transformar em protagonistas da resistência contra a ditadura.
Esta mesma técnica vem sendo resgatada aqui no Brasil desde 2013. Mulheres de diversas regiões utilizaram a costura para contar as violações cometidas na construção de barragens.
24/10 - Arpilleras: histórico de resistência
A partir de um resgate histórico das arpilleras, será abordado o caráter transgressor desta técnica têxtil popular chilena, analisando algumas das caraterísticas do seu uso e apropriação por parte das mulheres parentes de desaparecidos/as durante a ditadura militar chilena (1973 - 1990).
Tradicionalmente relegadas a um papel feminino, doméstico e subalterno, as mulheres chilenas transformaram as arpilleras em verdadeiros atos de transgressão, subversão e resistência a partir da quebra de todos os seus elementos técnicos, estéticos, conceituais e narrativos.
O caráter embaixador das arpilleras, e como têm transcendido o seu propósito, espaço e tempo no qual se originaram, inspirando outras mulheres no mundo todo, será ilustrado a partir da experiência desenvolvida no Brasil pelo Coletivo de Mulheres do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB).
25/10 - Lançamento do filme "Arpilleras: Atingidas por barragens bordando a resistência"
Exibição seguida de bate-papo.
26/10 - Vivência prática de Arpilleras
Com Esther Vital, Marta Caetana do Espírito Santo e Marina Calisto Alves.
As inscrições pela internet podem ser realizadas até um dia antes do início da atividade. Após esse período, caso ainda haja vagas, é possível se inscrever pessoalmente em todas as unidades. Após o início da atividade não é possível realizar inscrição.
Condições especiais de atendimento, como tradução em libras, devem ser informadas por email ou telefone, com até 48 horas de antecedência do início da atividade.
centrodepesquisaeformacao@sescsp.org.br / 11 3254-5600
(Foto: Tony Boyle © Conflict Textiles)
Palestrantes
Esther Vital
Psicóloga e mestre em transformação de conflitos pela Universidade de Dublin. Desde 2008 trabalha pesquisando e promovendo processos de documentação e empoderamento através da técnica têxtil popular chilena chamada arpilleras.
(Foto: Acervo Pessoal)
Marta Caetana do Espírito Santo
Lavradora, atingida pela PCH Fumaça no Rio Gualaxo do Sul.
Militante do Movimento dos Atingidos por Barragens.
(Foto: Acervo Pessoal)
Marina Calisto Alves
Estudante de Agronomia na Universidade Federal do Ceará (UFC), bolsista do projeto "Mulheres Atingidas por Barragens construindo o conhecimento agroecológico em áreas rurais do semiárido nordestino" e atingida pela barragem Castanhão na região de Jaguaribara/Jaguaretama, interior do Ceará.
Militante do Movimento dos Atingidos por Barragens.
(Foto: Acervo Pessoal)
Data
24/10/2017 a 26/10/2017
Dias e Horários
Terça a Quinta, 19h30 às 21h30
As inscrições podem ser feitas a partir de 27 de setembro às 14h, aqui no site do Centro de Pesquisa e Formação ou nas Unidades do Sesc em São Paulo.