Belmonte e a resistência política pelo cartum

Programa

Condições especiais de atendimento, como tradução em libras, devem ser informadas por email ou telefone, com até 48 horas de antecedência do início da atividade.
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Entre as décadas de 1920 e 1940, nas páginas dos jornais Folha da Noite e Folha da Manhã, o cartunista paulistano Belmonte transformou a linguagem do cartum em uma forma de posicionamento crítico e até de militância contra os desmandos do poder público na cidade de São Paulo, os propósitos ditatoriais de Getúlio Vargas e as pretensões expansionistas de Adolfo Hitler que levaram à Segunda Guerra Mundial. A partir da escola francesa do cartum escrachado e implacável surgido no século XIX, Belmonte se transformou em uma das figuras mais respeitadas e conhecidas da imprensa de seu estado.

A palestra pretende apresentar, por meio de exemplos de cartuns e de uma pesquisa do autor, como esse processo se deu e as consequências do confrontamento do artista com autoridades em várias esferas. Belmonte foi censurado, perseguido, mas jamais mudou o tom demolidor de seus cartuns, com rara sensibilidade para ridicularizar a classe política como raramente se viu na história do humor gráfico nacional. Uma postura que só encontraria paralelo com o mineiro Henfil, do jornal O Pasquim, durante a ditadura militar.

As inscrições pela internet podem ser realizadas até um dia antes do início da atividade. Após esse período, caso ainda haja vagas, é possível se inscrever pessoalmente em todas as unidades. Após o início da atividade não é possível realizar inscrição.

(Ilustração: Don Quixote e Sancho Pança, de Belmonte - Capa do livro "Belmonte")

Palestrantes

Gonçalo Junior

Jornalista, escritor e pesquisador. Autor, entre outros, da biografia "Alceu Penna e as Garotas do Brasil", premiada no Prêmio Jabuti de Literatura. Atua em diversos jornais.
(Foto: Acervo Pessoal)