Atividades

Ciclo revisita a história do samba paulista, partindo de suas origens rurais, passando pelos primeiros cordões carnavalescos e chegando até as escolas de samba paulista.

Ciclo Samba Paulista: do rural ao urbano

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Programa

Ciclo de palestras e debates que abordam, em seis encontros, o Samba Paulista, sua história e suas origens e influências. Serão discutidas diversas manifestações tais como a Congada e Moçambique, a Catira ou Cateretê, a Umbigada, o Samba de Bumbo e o Jongo, passando pelas primeiras manifestações urbanas como a Tiririca, o Batuque dos engraxates e os Cordões Carnavalescos, chegando até as Escolas de Samba da capital paulista.

 

09/04 – Congada e Moçambique

 

Das cortes dançantes dos Reis Congos, inventadas ainda em Portugal, originaram-se várias agremiações dramáticas que hoje se espalham por todo o Brasil: Maracatus, Taieiras, Cacumbis, Marambirês,  Congadas e Moçambiques, dentre outras. Umas ainda bastante vinculadas ao contexto religioso, outras passando a figurar em outras datas, como o Carnaval. Umas valorizando a história das guerras entre os Cristãos (fiéis) e os Mouros (muçulmanos), outras formadas em batalhões dançantes, correndo ruas sem parar. 

 

No entanto, é de se notar em todas à presença dos Reis Negros com sua corte e a forte devoção a Nossa Senhora do Rosário, São Benedito ou Santa Ifigênia. 

O grupo Cambaiá apresenta o Moçambique, dança dramática da região do Vale do Paraíba paulista, em um panorama extenso dos diferentes ritmos, melodias e dos figurados coreográficos que exigem dos dançantes grande habilidade técnica no manejo dos bastões e dos paiás (chocalhos de perna), que acrescentam uma sonoridade toda especial à música do Moçambique. Esta é uma manifestação, que também serve como um veículo de auxílio aos devotos de São Benedito, no cumprimento de suas promessas. O que revela os seus traços religiosos. 

 

Com Mestre Gislaine Donizeti Afonso e mediação de Paulo Dias.

 

14/04 – Catira ou Cateretê

 

Catira ou Cateretê é uma dança rural característica do sudeste do Brasil. Existem muitas controvérsias sobre sua origem, ao que tudo indica a dança, de origem indígena, foi utilizada pelos jesuítas como facilitador da catequização indígena. Neste dia do ciclo, trataremos das origens da Catira/Cateretê e de sua influ

 

 

Com Luis Fernando Basso e Caroline Miranda Borges.

 

 

16/04 – O Samba Rural 

 

Batuque de Umbigada

 

Dança de origem Africana (Congo/Angola) preservada desde os primórdios do ciclo escravagista, manteve-se na zona rural da região Piracicaba, Tietê, Capivari e Rio Claro trazida por escravizados que vieram trabalhar nas lavouras e canaviais da região.

 

Com Vanderlei Benedito Bastos.

 

Jongo

 

O jongo é uma manifestação cultural essencialmente rural diretamente associada à cultura africana no Brasil, de caráter improvisatório e que influiu poderosamente na formação do samba e de diversas manifestações populares brasileiras, foi reconhecido no ano de 2005, como patrimônio oral e imaterial da humanidade pelo IPHAN.

 

Com Mestre Gil do Jongo.

 

Samba de Bumbo 

 

O Grupo de Samba de Dona Aurora, com sede em Vinhedo (SP) é formado por descendentes de africanos que trabalharam como escravos nas fazendas de café da região, no século XIX. A falecida D. Aurora promovia os sambas e a quem a comunidade hoje homenageia. O samba da Dona Aurora, arrefecido entre as décadas de sessenta e noventa, passa atualmente por uma revitalização. Dona Aurora, que faleceu aos 106 anos, já herdou a tradição dos avós, tradição esta que se manteve com seus descendentes. 

 

Com Seu Agenor da Silva.

 

23/04 – Cordões carnavalescos 

 

Dos cordões carnavalescos às atuais multidões que ocupam hoje o espaço urbano das metrópoles brasileiras foi uma história de conquista do espaço urbano pelo povo com seus ganhos e perdas. Pretende-se discutir com os presentes a longa luta de conquista do espaço urbano pelo povo paulista que redunda hoje, por um lado, no espetáculo apresentado no sambódromo (em que os presentes são meros assistentes do espetáculo das escolas de samba) e por outro numa ocupação maciça das ruas pelos carnavalescos das várias classes sociais (que querem se divertir e brincar livremente dentro do espírito de liberdade que o carnaval representa desde a mais remota antiguidade). Quais as vantagens e as desvantagens dos dois modelos de carnaval: carnaval espetáculo ou carnaval participação? às atuais multidões que ocupam hoje o espaço urbano das metrópoles brasileiras

 

Com Olga Von Simson.

 

28/04 – As Escolas de Samba de São Paulo

 

Neste dia, serão debatidas as escolas de samba de São Paulo. Depois do embarque dos entrudos europeus em terras brasileiras, a festa, que viria a se tornar o Carnaval, desenvolveu-se de forma diferente nos diversos lugares em que floresceu. Em São Paulo, sob forte influência das populações que migravam do campo para a cidade, já no contexto da crise da economia cafeeira, foi a população resultante do êxodo rural causado pela crise do café que desencadeou o início do Carnaval paulistano.

 

Com Carlão da Peruche. Mediação de Andre Santos.

 

30/04 – Nas esquinas: A Tiririca e os Engraxates

 

O último dia do ciclo se ocupa da tiririca, espécie de capoeira sambada e da atuação dos engraxates, que surgiram com o processo de crescimento e industrialização da cidade, no início do século XX.

A batucada acontecia nas caixas e nas latas de graxa e, geralmente, na Praça da Sé, Praça da República, Praça João Mendes, Avenida São João e nas “Cinco Esquinas”, na baixada do Glicério.


Com Osvaldinho da Cuíca. Mediação de Andre Santos.

(Foto ilustrativa: Acervo do palestrante)


 

As inscrições pela internet podem ser realizadas até um dia antes do inicio da atividade. Após esse período, caso ainda haja vagas, é possível se inscrever pessoalmente em todas as unidades. Após o início da atividade não é possível realizar inscrição.

Palestrantes

Paulo Dias

Paulo Dias

Pianista, organista, percussionista e etnomusicólogo, fundou e dirige a Associação Cultural Cachuera e membro do grupo Anima.
(Foto: Acervo Pessoal)

Olga von Simson

Olga von Simson

Pós doutora pelo Instituto Geográfico da Universidade de Tubingen, na Alemanha. É pesquisadora do Centro de Memória da Unicamp. (Foto: Acervo pessoal)

 

Osvaldinho da Cuíca

Osvaldinho da Cuíca

Músico, cuiqueiro, compositor, cantor, produtor e pesquisador musical.
(Foto: Acervo pessoal)

Gislaine Donizeti Afonso

Gislaine Donizeti Afonso

Filha do mestre Zé Baiano, reconhecida em Brasília como a única mestre mulher no estado de São Paulo, quebrando todos os preconceitos. 

 

Silvio Antônio de Oliveira

Silvio Antônio de Oliveira

Desde a infância, acompanhava seu pai nas festas populares do Vale do Paraíba (Santos Reis, São Benedito, São Gonçalo, dentre outras.) Aos quinze anos,  ingressa-se no grupo de Moçambique do Mestre Alcide; da cidade de Lorena, pois o grupo de Cruzeiro, encontrava-se inativo. É membro da Irmandade de N. S do Rosário dos Pretos da Capital, desde 1998. (Foto: Acervo pessoal)

 

Luis Fernando Basso

Luis Fernando Basso

Estimulado pelo ambiente familiar, desde criança dedica-se à música e começou a dançar CATIRA com aproximadamente 10 anos quando passou a participar de grandes eventos culturais.

 

Caroline Miranda Borges

Caroline Miranda Borges

Mestranda em Administração de Organizações pela UNIFEI, professora da Pós Graduação na empresa Faculdade Fatep - Rio Claro e Pesquisadora e professora na UNESP. (Foto: Acervo pessoal)

 

Vanderlei Benedito Bastos

Vanderlei Benedito Bastos

Membro do Grupo de Batuque de Umbigada de Piracicaba, criador do Projeto Casa de Batuqueiro. Ganhou o Premio João Chiarini pelos trabalhos em pró do Batuque de Umbigada e demais culturas tradicionais de Piracicaba e região. (Foto: Acervo pessoal)

 

Mestre Gil do Jongo

Mestre Gil do Jongo

Nascido Gilberto Augusto da Silva, Mestre Gil do Jongo é responsável pela recuperação da tradição do Jongo em Piquete, cidade paulista do Vale do Paraíba.

Agenor da Silva

Agenor da Silva

Sobrinho de Dona Aurora, um dos principais responsáveis pela manutenção da tradição do Samba de Dona Aurora. 

 

Tomás Bastian

Tomás Bastian

Pesquisador e diretor da Rádio Rubinato.
(Foto: Rodrigo Sodre)

Carlão da Peruche

Carlão da Peruche

Condecorado embaixador do samba pela União das Escolas de Samba de São Paulo, Carlão é um exímio contador de histórias. Como um griô ele carrega consigo a sabedoria das tradições afro-brasileiras.

 

André Santos

André Santos

Mestrando em história social pela USP. Pesquisador do Museu Afro Brasil e do LUDENS. (Foto: Acervo pessoal)

 

Data

09/04/2015 a 30/04/2015

Dias e Horários

Terças e quintas, 19h às 21h30.

Local

Rua Dr. Plínio Barreto, 285 
4º andar do prédio da FecomércioSP 
Bela Vista - São Paulo/SP

Valores

R$ 18,00 - credencial plena: trabalhador do comércio de bens, serviços e turismo matriculado no Sesc e dependentes
R$ 30,00 - pessoa com mais de 60 anos, pessoa com deficiência, estudante e professor da rede pública com comprovante
R$ 60,00 - inteira

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