Ciclo Silvio Romero
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15/09 – Sílvio Romero, leitor de Machado de Assis. Tempo e Trajetória
Sílvio Romero foi voz dissonante no coro da consagração machadiana ocorrida ao longo das três últimas décadas do século XIX, apontando com precisão procedimentos da escrita machadiana que, segundo o projeto crítico romeriano apareciam como defeitos. A palestra trata dessa leitura da obra de Machado de Assis, especificando seus pressupostos críticos e situando-a em relação às leituras de José Veríssimo e Araripe Júnior, que formam com Romero a tríade dos grandes críticos e historiadores literários do século XIX.
Com Hélio Guimarães.
As últimas décadas do século XIX, no Brasil, foram marcadas por intensa agitação nas ruas e nas letras. Um dos mais combativos, entre as elites letradas – mobilizadas pelas questões religiosa e militar, pela campanha abolicionista e pelo movimento republicano –, foi o historiador e crítico literário Silvio Romero (1851-1914), cuja extensa obra manifesta uma preocupação recorrente com o atraso do Brasil na “marcha da civilização”.
Com Maria Aparecida Mota.
16/09 – Silvio Romero e a Geração de 1870
A palestra pretende explorar a maneira como o historiador da literatura Sílvio Romero – um importante intelectual do final do século XIX – interpretou a população brasileira, inclusive as “raças” (segundo os paradimas científicos do Oitocentos) que a teriam constituído. A nacionalidade brasileira repousaria no “povo” e a literatura, as artes e os folk lore seriam “documentos” da existência nacional. Sob dois horizontes políticos contraditórios – a ocidentalização e o nacionalismo – o autor leu questões que vão da literatura brasileira à presença negra no Brasil ou da imigranção europeia e à mestiçagem.
Com Alberto Luiz Schneider.
Paulo Prado foi o principal organizador da Semana de Arte Moderna e foi um elo entre a Geração de 70 de Portugal e os modernistas paulistas. Segundo ele, o paulista e o brasileiro são resultados de mesclas raciais específicas: o brasileiro é o resultado do português decadente, do índio lascivo e do negro corrompido pela escravidão, sendo inferior ao paulista, que descenderia do português heroico dos descobrimentos e do índio adaptado ao meio natural brasileiro: seria, portanto, uma mescla racial superior. Em decorrência, o Brasil deveria ser governado apenas pelos paulistas num sistema político sem as diluições liberais. O Modernismo, em sua concepção, expressaria nas artes esta visão da condição nacional.
Com Carlos Berriel.
(Foto: domínio público)
As inscrições pela internet podem ser realizadas até um dia antes do inicio da atividade. Após esse período, caso ainda haja vagas, é possível se inscrever pessoalmente em todas as unidades. Após o início da atividade não é possível realizar inscrição.
Palestrantes
Hélio Guimarães
Doutor em Teoria e História Literária pela Unicamp, é professor livre-docente de Literatura Brasileira na USP. Foi professor visitante na Universidade da Califórnia (UCLA). (Foto: Acervo pessoal)
Maria Aparecida Mota
Doutora em História Social (UFRJ) com Pós-doutorado pela USP, é professora do Instituto de História da UFRJ. Publicou “Silvio Romero: dilemas e combates no Brasil da virada do século XX” e o ensaio “Diálogos possíveis na periferia da Civilização: Eduardo Prado e Eça de Queirós”. (Foto: Acervo pessoal)
Alberto Luiz Schneider
Doutor em História pela UNICAMP (2005), com pós-doutorado no KING' S COLLEGE LONDON (2008) e no Departamento de História da USP (2011). Foi professor convidado na Tokyo University of Foreign Studies (2004-2007) e atualmente é professor do Departamento de História da PUC-SP. (Foto: Acervo pessoal)
Carlos Berriel
Professor de Teoria Literária na Unicamp. Professor visitante da Universidade de Florença, Itália, 2017. Editor da Revista Morus - Utopia e Renascimento.
(Foto: Acervo Pessoal)
Data
15/09/2015 a 16/09/2015
Dias e Horários
Terça e Quarta, 14h30 às 17h30.