Programa
A arte de rua dos últimos anos é uma das formas mais representativas do que podemos chamar de arte contemporânea. O espaço público como suporte para as artes visuais não é uma novidade, mas a questão é como as intervenções urbanas se transformaram nas últimas duas décadas, assim como as cidades e todas as formas como as entendemos, vivenciamos e consumimos.
O curso tem dois focos distintos, os dois primeiros encontros tratam de apresentar um panorama histórico e problemas de ordem conceitual, em uma reflexão aberta sobre a arte de rua contemporânea. Os próximos dois encontros trazem ao público a gestão de projetos e curadorias em arte de rua, seus processos específicos, possíveis recortes e tendências e a viabilização no ambiente público e/ou institucional. E, um último encontro que coloca os participantes do curso em contato direto com os trabalhos na rua e experimentam sua transição para a galeria.
1- Panorama histórico.
As raízes do graffiti nos anos 1960 e 1970, desenvolvimentos estéticos, conceituais e aspectos sociológicos. A inserção no mercado e a sistematização na história da arte.
2 - Dimensões poéticas
O surgimento do conceito de “arte de rua” nos anos 1990. A pesquisa além do suporte, experimentando novas linguagens e o novo urbanismo, os caminhos e espaços da arte de rua na contemporaneidade.
3 - Recortes, fluxos e novos caminhos possíveis: a curadoria em arte de rua.
Estudo de caso: exposição “A conquista do espaço: novas formas de arte de rua”, reunindo o frescor dos anos 2000.Estudo de caso: “Rubber Duck”. Florentjin Hofman, a land art encontra o ambiente urbano.
4 - Gestão de projetos e residências em arte urbana.
Desafios do trabalho site-specific em ambiente público. Processos educativos e arte de rua como instrumento de ativação social. Estudo de caso: “Acampamento Ersilia”, da artista Swoon, arte em rede.
5 - A rua e o Coletivo
Por meio de atividade dialogada e visita a obras fixas nas ruas e terrenos da periferia leste de São Paulo, Luciano Carvalho, integrante do coletivo Dolores, discorrerá sobre processos de trabalho e linhas de reflexão que impulsionam o grupo a criar e intervir na dinâmica cotidiana da cidade através da arte. A aula-conversa ocorrerá na sede do coletivo, espaço fruto de uma ocupação artístico-política onde o Dolores e mais 9 grupos comunitários compartilham a experiência de residir arte pública, resistir às diversas forças políticas de despejo e produzir ações estéticas de reafirmação da luta enquanto elemento concreto e simbólico.
No dia 18/10, haverá uma visita ao coletivo “Dolores Boca Aberta Mecatrônica de Artes”. Com transporte incluído na atividade.
As inscrições podem ser feitas a partir de 26 de agosto, às 14h, pela Internet ou nas unidades do Sesc em São Paulo.
(Foto: Divulgação / Dolores Boca Aberta)
Palestrantes
Data
25/09/2014 a 18/10/2014
Dias e Horários
Quintas, 19h30 às 21h30. Sábado, 10h às 16h30.
Local
Rua Dr. Plínio Barreto, 285
4º andar do prédio da FecomércioSP
Bela Vista - São Paulo/SP
Valores
R$ 10,00 - comerciários e dependentes
R$ 25,00 - pessoa com mais de 60 anos, pessoa com deficiência, estudante e professor da rede pública com comprovante
R$ 50,00 - inteira
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