Atividades

arte e cultura nas periferias de São Paulo.

Estéticas das Periferias 2016 - arte e cultura nas bordas da metrópole

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Programa

Tradução em Libras disponível. Faça sua solicitação no ato da inscrição, com no mínimo dois dias de antecedência da atividade.

O ciclo abre a programação da edição 2016 do Encontro Estéticas das Periferias – arte e cultura nas bordas da metrópole, cuja programação artística ocorre de 23 a 28 de agosto em mais de 100 espaços culturais da cidade de São Paulo.

O objetivo é o de colocar em discussão temas mais gerais que estruturam a cultura nas periferias. São dimensões da vida social e cultural de um povo que constrói suas identidades nos arrabaldes da metrópole delimitando territórios cujas fronteiras são afetivas dadas por laços de pertencimento e sociabilidade coletiva.

Pretende-se nessas sessões desenhar uma cartografia simbólica da periferia que mapeia espaços, movimentos e também sentimentos.

16/08 - 10h30 às 13hs
Territórios periféricos e ações coletivas pelo direito à cidade

Resultado de um planejamento urbano excludente, as periferias da cidade de São Paulo concentram elevados índices de pobreza, violência, desemprego que se somam à falta de saneamento, acesso à saúde, transporte, educação e cultura. Sendo o direito à cidade o próprio direito aos benefícios da urbanidade, como preconiza Henri Lefebvre, a periferia estaria, portanto, num estágio pré-urbano? É possível falar de direito à cidade nos fundões da metrópole? Como as ações coletivas em territórios podem contribuir para alcança-lo?

Com: Aluizio Marino e Marília Jahnel.
Mediação: Eleilson Leite

16/08 - 14h30 às 17hs
A produção cultural das mulheres nas periferias

A conquista de espaço por parte das mulheres na cena cultural periférica vem junto com o movimento de afirmação de gênero compondo um feminismo com características próprias ampliando a diversidade de abordagens sobre o feminino e o lugar da mulher. Expressa em todas as linguagens, da música ao teatro, passando pelo cinema e as artes visuais, a produção artística das mulheres evidencia questões centrais como a cidadania, o corpo, direitos reprodutivos e sexualidade, entre outros abordados com sensibilidade e radicalidade.

Com: Luana Hansen e Sharylaine.
Mediação: Dayane Fernandes.

17/08 -10h30 às 13hs
A presença da cultura nordestina nas periferias

As estatísticas dão conta de que a maioria da população das periferias é oriunda no Nordeste ou formada por descendentes de nordestino. Entretanto, o movimento cultural das periferias construiu um imaginário no qual essa presença fica pouco visível. Mesmo a cultura negra busca suas origens na África sem, muitas vezes, passar pela Bahia, Maranhão ou Pernambuco, estados como forte presença de afrodescendentes. Como superar essa invisibilidade? Quais expressões da cultura nordestina se destacam na periferia? A base dessa cultura é o legado indígena?

Com: Maria Vilani e Costa Senna.
Mediação: Eleilson Leite

17/08 - 14h30 às 17hs
Cultura e direitos humanos: afirmação e violações

A concepção contemporânea de direitos humanos vai além da garantia dos direitos civis. São direitos econômicos, sociais e culturais. Entendido assim, o tema ganha muito sentido para a maioria da população que costuma vincula-lo apenas ao combate à violência pelo Estado e grupos paramilitares. Por meio da cultura questões como a afirmação de gênero e orientação sexual e as medidas socioeducativas são tratadas como direitos humanos e avançam a compreensão sobre o tema nas periferias.

Com: Bruno César Lopes e Raifah Monteiro.
Mediação: Dayane Fernandes

18/08 - 10h30 às 13hs
A presença da mulher nas torcidas organizadas

O número das mulheres nos estádios e nas torcidas organizadas é crescente. Essa presença provoca-nos a refletir sobre o ambiente das torcidas organizadas, notadamente um espaço de exaltação da virilidade masculina. As formas de inserção de mulheres nesses espaços, os estereótipos construídos em torno delas, os desvios nos modus operandi das torcidas em função dessas, e os jogos de poder que daí emergem serão o foco desta mesa. Perceber essas tensões nem sempre óbvias se faz de grande valia no cenário do futebol contemporâneo.

Com: Dadá Ganam e Carolina Farias Moraes.
Mediação: Eleilson Leite

18/08 -14h30 às 17hs
Movimentos da cultura negra nas periferias

A religiosidade de matriz africana e a celebração do corpo estão em pauta nesta mesa.  De um lado a cena do reggae e a cultura rastafári, difundida a partir da Jamaica mas cuja origem vem da Etiópia. De outro, o samba- rock, uma fusão do rock com a gafieira, uma dança originalmente brasileira e periférica em que a agilidade corporal inerente à dança resulta em performances arrebatadoras. Tanto uma, quanto a outra, com motivações distintas, mas unidas na negritude, movimentam milhares de pessoas em bailes e shows musicais nas periferias revelando uma diversidade da cultura negra para além da tríade Rap – Samba – Funk.

Com: Carol Jafet e Nego Junior.
Mediação: Dayane Fernandes.

As inscrições pela internet podem ser realizadas até um dia antes do início da atividade. Após esse período, caso ainda haja vagas, é possível se inscrever pessoalmente em todas as unidades. Após o início da atividade não é possível realizar inscrição.
(Foto: Vinícius Depizzol)

Palestrantes

Carol Jafet

Carol Jafet

Mãe, esposa e militante ativa no movimento Rastafari. Trabalha ativamente em diferentes âmbitos da cultura, se relaciona com diferentes frentes e organizações do Movimento Rastafari de São Paulo e do Brasil. Seu foco atualmente é a o empoderamento e auto-conhecimento da mulher Rastafari.
(Foto: Acervo Pessoal)

Nego Júnior

Nego Júnior

Formado em Design Digital pela Universidade de Santo Amaro, possui MBA em Gestão Empresarial pela FGV e é pós-graduado em Mídia, Informação e Cultura pelo Centro de Estudos Latino-Americanos sobre Cultura da USP.
(Foto: Acervo Pessoal)

Carolina Farias Moraes

Carolina Farias Moraes

Pós-graduada em Sócio-Psicologia. Atua na Rede Paulista de Futebol de Rua e Rede Brasileira de Futebol e Cultura pela Ação Educativa. Atuou na secretaria executiva do Mundial de Futebol de Rua 2014 e na Delegação Brasileira de Futebol de Rua na Copa América de Futebol Callejero/Buenos Aires, 2015.
(Foto: Carlos Goff)

Dadá Ganam

Dadá Ganam

Formada em gastronomia, proprietária da cozinha da Maloka. Torcedora do Corinthians e Sócia da Gaviões da Fiel. Coordenadora do núcleo mulher no coletivo Democracia Corinthians e integrante do Respeito Futebol Clube e do coletivo Futebol Mídia e Democracia.
(Foto: Acervo Pessoal)

Raifah Monteiro

Raifah Monteiro

Arte-educador, integrante do Bloco Eureca, graduando em psicologia, pesquisador de culturas populares, produtor e ativista cultural. Integrante da ARCA – Associação Ribeirãopirense de Cidadão Artistas. Atua como agente de formação no Programa Jovem Monitor Cultural da Prefeitura de São Paulo.
(Foto: Mell Gonçalves)

Bruno César Lopes

Bruno César Lopes

Formadx em Artes Cênicas e atualmente Mestrandx na UNESP. Fundadorx e integrante da Cia. Humbalada de Teatro. Na sede do grupo realiza oficinas, treinamentos, debates e ações culturais. É criadorx e organizadorx do projeto Periferia Trans que promove uma programação LGBT no Grajaú.
(Foto: Paulo Henrique Santana)

Costa Senna

Costa Senna

Cantor, ator, compositor e poeta. Fundador e curador do Sarau Bodega do Brasil, autor de inúmeros cordéis, tem cinco CDs gravados e cinco livros publicados. É educador atuando há mais de uma década em escolas públicas e privadas com o projeto “Cordéis que educam e transformam”.
(Foto: Josué campos)

Maria Vilani

Maria Vilani

Poeta com quatro livros publicados. É fundadora do CAPS _ Centro de Arte e Promoção Social, organização com mais de 20 anos de atuação no bairro do Grajaú. É graduada em filosofia e pedagogia com pós-graduação em semiótica e filosofia clínica.
(Foto: Cleane Cavalcante Gomes)

Dayane Fernandes

Dayane Fernandes

Graduanda em ciências sociais pela USP, agente de formação do Programa Jovem Monitor/a Cultural da Ação Educativa.
(Foto: Divulgação)

Sharylaine

Sharylaine

Cantora de RAP, sambista, ativista e arte-educadora. Foi uma das pioneiras do Hip Hop no Brasil. Uma das fundadoras do Coletivo Minas da Rima e uma das organizadoras da Semana de Cultura Hip Hop. Atua em carreira solo como rapper e como sambista integra o Grupo Amigas do Samba.
(Foto: Ingrid Oldenburg)

Luana Hansen

Luana Hansen

Mulher negra, lésbica e periférica. É DJ, MC, Produtora Musical e Atriz. Seu trabalho tem a mulher como carro-chefe, suas letras abordam violência doméstica, aborto, machismo, homofobia, genocídio da juventude negra. Por meio de seu trabalho visa empoderar as mulheres negras, periféricas e LGBT.
(Foto: Priscila Bertucci)

Marília Jahnel

Marília Jahnel

Mestra em ciências humanas e sociais pela UFABC, graduada em ciências sociais pela USP e especialista gestão cultural pelo Itau Cultural/Universidade de Girona. Desde 2019, é editora na casa editorial Funilaria. Em 2022, organizou, em parceria com a editora Peabiru, duas edições da feira pequena que reuniu diversas editoras independentes.
(Foto: George Leoni)

Data

16/08/2016 a 18/08/2016

Dias e Horários

Terça a Quinta, 10h30 às 17h

Local

Rua Dr. Plínio Barreto, 285 - 4º andar
Bela Vista - São Paulo.

Valores

R$ 18,00 - credencial plena: trabalhador do comércio de bens, serviços e turismo matriculado no Sesc e dependentes
R$ 30,00 - pessoa com mais de 60 anos, pessoa com deficiência, estudante e professor da rede pública com comprovante
R$ 60,00 - inteira