Atividades

A importância da perspectiva arqueológica para a análise dos diversos modos de produção artística.

Michel Foucault e as artes

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Programa

Tradução em Libras disponível. Faça sua solicitação no ato da inscrição, com no mínimo dois dias de antecedência da atividade.
 
Em 1969, Michel Foucault lança A arqueologia do saber, onde busca determinar a abordagem de análise dos discursos que empreendera até então. Neste livro, Foucault destaca que é possível realizar outras arqueologias que não aquela dos saberes, indicando algumas propostas: uma descrição arqueológica da sexualidade, uma análise arqueológica da pintura e um mesmo empreendimento sobre o saber político.
Pode-se afirmar que ele próprio levou a cabo suas proposições de 1969. Entretanto, deixou também o campo específico da Arte aberto. Das arqueologias sugeridas por ele, aquelas que se debruçam sobre as diversas artes são as menos discutidas. Ainda que haja incursões neste domínio, e que elas tenham se multiplicado, nem todos os caminhos foram ainda explorados em profundidade, como, por exemplo, aquele na direção das análises sobre as relações entre o pensamento de Michel Foucault e a música.

28/10 - Michel Foucault e Pierre Boulez: um diálogo interrompido
Michel Foucault tem na música a expressão estética sobre a qual menos se dedicou. Todavia, a música ocupou um papel importante em sua vida, seja por sua relação com as composições de Bach, Mozart e Mahler seja por um diálogo com Pierre Boulez, pianista, regente e compositor. Com base nos escassos excertos dele a que se tem acesso, ousaremos compor algumas problematizações entre o pensamento de Foucault e a música indicando algumas implicações deste diálogo.
Com Alessandro Francisco.

28/10 - Foucault e a literatura: O caso Baudelaire
Numa passagem que data de 1970, Foucault compara Baudelaire com Nietzsche. Porém, em 1984, ele o aproxima de Kant, estabelecendo uma ponte entre a filosofia do Esclarecimento e a arte moderna. Que sentido têm estas operações? E em que medida elas se distinguem das interpretações da vida e obra de Baudelaire feitas por outros dois filósofos, Jean-Paul Sartre e Georges Bataille, que Foucault não cita, mas sem os quais não entenderemos seu discurso? Recordaremos o quanto ele criticou Sartre e elogiou Bataille. Porém, o caso Baudelaire nos permite ver que esta posição mudou ao longo dos anos.
Com Diogo Sardinha.

As inscrições pela internet podem ser realizadas até um dia antes do início da atividade. Após esse período, caso ainda haja vagas, é possível se inscrever pessoalmente em todas as unidades. Após o início da atividade não é possível realizar inscrição.

(Ilustração: Cabral)

Palestrantes

Alessandro Francisco

Alessandro Francisco

Professor dos cursos de Pós-Graduação Lato Sensu da COGEAE (PUC-SP) e do UNIFAI. Possui duplo doutorado em Filosofia (Université Paris 8 e PUC-SP). Pesquisador associado à Université Paris 8.
(Foto: Juan Esteves)

Diogo Sardinha

Diogo Sardinha

Presidente do Collège International de Philosophie de Paris, Pesquisador do Centro de Filosofia Contemporânea da Sorbonne.
(Foto: Acervo Pessoal)

Data

28/10/2016 a 28/10/2016

Dias e Horários

Sexta, 14h às 18h

As inscrições podem ser feitas a partir de 27 de setembro, às 14h, aqui no site do Centro de Pesquisa e Formação ou nas Unidades do Sesc em São Paulo.

Local

Rua Dr. Plínio Barreto, 285 - 4º andar
Bela Vista - São Paulo.

Valores

Grátis

Inscreva-se agora