O Rádio Digital vai mudar alguma coisa no Dial Brasileiro?
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As inovações tecnológicas do rádio digital trazem consigo um grande potencial de avanços e novas possibilidades para o veículo, mas não irão democratizar o acesso e a produção se o debate não se associar à revisão do marco legal das comunicações no Brasil. Só uma modificação legal que garanta os direitos dos cidadãos e cidadãs pode superar as barreiras históricas para a democratização e o fortalecimento do rádio brasileiro. A mudança do sistema analógico para o digital implica em alterações profundas em todas as suas etapas de realização, desde a industrialização das ferramentas de transmissão, recepção, produção e captação de sons, à formação de pessoal habilitado para suprir todos os passos de desenvolvimento produtivo.
A mudança para o digital é algo a mais do que a justa e esperada alteração tecnológica que permita a convergência de meios; também é questão de novas linguagens, de produção de conteúdo e de construção de sentido. O que se espera com a digitalização é uma transformação no processo de criação de conteúdos sonoros, cujos novos recursos tecnológicos podem contribuir para a melhoria da qualidade da informação e o fomento da criatividade. Deste modo, é importante ressaltar que a escolha do modelo de rádio digital não se esgota com a sua definição técnica, sendo necessário refletir também sobre as consequências para o uso e serviços que poderão oferecer, inclusive para garantir maior acessibilidade para toda a cadeia produtiva da música.
Além dessa discussão ampliada, serão abordadas algumas das questões tecnológicas implicadas nesse processo de digitalização do rádio, como multi-programação; áudio surround; envio de aplicativos interativos; guia de programação; sintonia por nome da emissora; o renascimento do rádio de ondas curtas; as novas possibilidades que o rádio digital trás para rádios comunitárias; a interatividade no rádio digital com o middleware Ginga; como desenvolver, transmitir e receber aplicações interativas por uma emissora de rádio após a digitalização; entre outras.
Com mediação de Ricardo Rodrigues, radialista e produtor audiovisual. É diretor da Rádio UFSCar e do Festival CONTATO, e vice-presidente da Associação das Rádios Públicas do Brasil (ARPUB).
*A atividade integra o Ciclo Rádio e Gestão Cultural, que acontece em outubro e novembro.
As inscrições podem ser feitas a partir de 27 de outubro, às 14h, pela Internet ou nas unidades do Sesc em São Paulo.
(Foto principal: Pixabay)
Palestrantes
Mario Sartorello
Presidente da ARPUB (Associação das Rádios Públicas do Brasil) e membro do Conselho Consultivo do Rádio Digital do Ministério das Comunicações.
Bibliografia
Diniz, Rafael, "Requisitos para um rádio digital interativo no Brasil e América
Latina", In: Conferência Internacional Espectro, Sociedade e Comunicação II, 2013. Disponível em: http://www.conferences.telemidia.puc-rio.br/esc2013/artigos/diniz_ginga_esc2.pdf
Diniz, Rafael. "O sistema Digital Radio Mondiale no contexto de escolha da norma técnica para o Sistema Brasileiro de Rádio Digital." In: SET-Revista de Radiodifusão, no. 05 (2011). Disponível em: http://www.set.org.br/revistaeletronica/index.php/revistaderadiodifusao/article/download/115/121
Data
27/11/2014 a 27/11/2014
Dias e Horários
Quinta, 14h30 às 17h30.
Local
Rua Dr. Plínio Barreto, 285
4º andar do prédio da FecomércioSP
Bela Vista - São Paulo/SP
Valores
R$ 6,00 - credencial plena: trabalhador do comércio de bens, serviços e turismo matriculado no Sesc e dependentes
R$ 15,00 - pessoa com mais de 60 anos, pessoa com deficiência, estudante e professor da rede pública com comprovante
R$ 30,00 - inteira