Atividades

Na antessala das rebeliões.

Práticas de Resistência Escrava no Brasil

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Programa

Não foram poucas as ocorrências de rebeliões escravas ocorridas no Brasil, a historiografia brasileira registra farta produção a respeito das práticas de resistência dos escravos. No entanto, há bons indícios para supor que nem todas assumiram a forma pública e coletiva, por uma série de razões. Se o regime de exploração dessa força de trabalho implicava em uma apropriação dos corpos, enquanto mercadoria, disso não decorria a ausência de tensões e conflitos. Os mais comuns, embora nem sempre evidentes, dizem respeito a ações de sabotagem, roubos, lentidão no ritmo de trabalho, ou mesmo práticas mais extremas como o suicídio. Aqui radica a proposta desse curso, ou seja, trata-se de uma reflexão sobre o que deve ser lido como prática de resistência. Ademais, tais ações apresentam uma dinâmica peculiar quando vistas em conjunto, compondo um amplo aparato de recalcitrância cotidiana. Tomá-las nessa acepção constitui um desafio interpretativo e, certamente, metodológico. Em que medida elas eram coordenadas? Como diferenciar entre as que afrontavam o sistema e aquelas que pretendiam criar um mínimo possível de sobrevivência? Eis o desafio.

06/08 - Resistência escrava no Brasil

Com João José Reis.

13/08 – Resistência escrava e abolição nas Américas, c.1760-1888

Com Rafael Marquese.

20/08 – Considerações sobre os processos abolicionistas nos EUA e no Brasil: percepções raciais, migrações e subalternidade.

Com Maria Clara Sampaio.

27/08 – Escravidão africana e cotidiano: experiências no contexto do cativeiro – Brasil (séculos XVIII e XIX).

Com Marcos Andrade.

03/09 – O protagonismo dos escravos e mobilidade social no Brasil Império.

Com Regina Celia Xavier.

10/09 – Escravidão e agência histórica: questões e desafios.

Com Maria Helena Machado.

17/09 - Formas coletivas e individuais de resistência à escravidão no Brasil.

Com Luiz Felipe de Alencastro.


As inscrições pela internet podem ser realizadas até um dia antes do inicio da atividade. Após esse período, caso ainda haja vagas, é possível se inscrever pessoalmente em todas as unidades. Após o início da atividade não é possível realizar inscrição.

(Imagem ilustrativa: Wikimedia Commons)

Palestrantes

João José Reis

João José Reis

Professor de História da UFBA, é doutor em História pela Universidade de Minnesota (EUA). Foi professor visitante nas universidades de Michigan (Ann Arbor), Princeton, Brandeis, Texas (Austin), Harvard e na École des Hautes Études en Sciences Sociales.

 

Rafael Marquese

Rafael Marquese

Professor de História da USP, é doutor em História Econômica (USP), livre-docente em História da América Colonial. Coordena o Laboratório de Estudos sobre o Brasil e o Sistema Mundial (Lab-Mundi).

 

Maria Clara Sampaio

Maria Clara Sampaio

Doutora em história (USP), foi Visiting Assistant in Research junto ao Prof. Stuart Schwartz na Yale University (EUA). Desde 2008 atua no Ensino Superior na cidade de São Paulo.

 

Marcos Andrade

Marcos Andrade

Doutor em História (UFF), publicou livros e artigos relacionados à história da escravidão brasileira, especialmente sobre a revolta de Carrancas. É professor do curso de História da UFSJ.

 

Regina Celia Xavier

Regina Celia Xavier

Doutora em História (UNICAMP) com pós-doutorado na New York University. Atualmente é professora do Departamento de História da UFRGS.

 

Maria Helena Machado

Maria Helena Machado

Doutora em História Social (USP), é professora Titular do Departamento de História da USP. Foi Professora Visitante na Universidade de Michigan e Visiting Fellow na Universidade de Harvard. 

 

Data

06/08/2015 a 17/09/2015

Dias e Horários

Quintas, 16h às 19h.

Local

Rua Dr. Plínio Barreto, 285 - 4º andar 
Bela Vista - São Paulo/SP

Valores

R$ 24,00 - credencial plena: trabalhador do comércio de bens, serviços e turismo matriculado no Sesc e dependentes
R$ 40,00 - pessoa com mais de 60 anos, pessoa com deficiência, estudante e professor da rede pública com comprovante
R$ 80,00 - inteira