Processos criativos e estéticos de artistas das periferias

Programa

Ciclo de debate que integra a programação da edição 2015 do Encontro Estéticas das Periferias. Visa colocar em relevo os processos criativos de artistas vinculados às diferentes linguagens a fim de explorar as concepções que lhes orientam buscando traçar características comuns que possam identificar estéticas próprias das periferias. Que leitura os artistas que vivem a precariedade urbana dos arrabaldes fazem de si próprios e do ambiente social que lhe serve de moldura e em que medida sua arte é uma tradução desse contexto? Essas e outras questões nortearão as seis mesas do ciclo.

02/09 - 15h30 às 17h30: Poéticas Visuais Urbanas
As poéticas visuais urbanas promovidas pelos coletivos das periferias ajudam a ampliar a visão sobre a metrópole mostrando uma São Paulo multifacetada. As experiências estéticas por eles desenvolvidas têm uma relação visceral com o território e as condições sociais e ambientais que lhe caracterizam. Isso faz das artes visuais, especialmente do graffiti, a expressão artística que melhor retrata a periferia?

Com Mauro Neri e Mônica Nador. Mediação de Rodrigo Medeiros.

02/09 - 19h30 às 21h30: A pujança da literatura periférica
Tendo como marco fundador a publicação do romance Capão Pecado, de Ferréz, no ano 2000, a literatura nas periferias se expandiu por meio dos saraus. Essa vinculação explica a predominância da poesia em detrimento da prosa, cuja elaboração costuma ser um ato individual e não coletivo. Seria a literatura periférica um fenômeno mais cultural do que artístico?

Com Allan da Rosa e Rodrigo Ciríaco. Mediação de Jessica Balbino.

03/09 - 15h30 às 17h30: Corpo negro em movimento
Linguagem de pouca visibilidade no circuito tradicional das artes, a dança tem nas periferias um lugar de maior destaque. Com forte presença da Street Dance, das danças afro e do hip hop há uma cena importante onde a dança contemporânea vem se destacando. Seria a dança na periferia essencialmente negra?

Com Gal Martins e Rubens Oliveira. Mediação de Luciane Ramos.

03/09 - 19h30 às 21h30: Cenas periféricas
Dada sua natureza coletiva e sua porosidade a outras linguagens, o teatro se firmou na periferia com companhias com mais de 20 anos de atividade. Com dramaturgia própria, tais grupos revelam uma produção estética densa que se realiza no contato direto com as comunidades. Fazendo uso, invariavelmente, de palcos não convencionais, e da rua, o teatro nas periferias tem uma sintaxe de cena que lhe é própria?

Com Sergio Audi e Naruna Costa. Mediação de Dill Magno.

04/09 - 15h30 às 17h30: Música: diálogos periferia-centro-periferia
A MPB tem origem nas periferias e o samba é o manancial que irriga as vertentes do cancioneiro popular, o que torna pouco usual se falar de uma música periférica, pois ela está no centro da cena. Mesmo o RAP e o Funk gozam de grande visibilidade. Na música a dicotomia centro-periferia é menos explícita?

Com Eduardo Brechó e Nega Duda. Mediação de Ariane Molina.

04/09 – 19h30 às 21h30: Protagonismo narrativo nas telas
Até o início do século XXI somente cineastas de classe média faziam filmes sobre as periferias. O clássico do Cinema Novo, 5 x Favela e a Estética da Fome, apregoada por Glauber Rocha são paradigmas dessa relação. Há mais de uma década, porém, jovens moradores das periferias passaram a fazer seus próprios filmes. Qual o resultado estético dessa inversão de papéis?

Com Renata Martins e Viviane Ferreira. Mediação de Daniel Fagundes.

(Foto: divulgação)

As inscrições pela internet podem ser realizadas até um dia antes do inicio da atividade. Após esse período, caso ainda haja vagas, é possível se inscrever pessoalmente em todas as unidades. Após o início da atividade não é possível realizar inscrição.

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