Programa
Entender o real papel do rádio na construção da identidade, propagação de ideias e fortalecimento dos cenários culturais em todo o Brasil passa não só por debater este meio como veículo. É necessário compreender também a linguagem radiofônica que chega a outros meios e suportes, os conteúdos veiculados, a amplitude de repertório, a questão da nacionalidade e do que é ser estrangeiro, o "sudestocentrismo" que está nos sotaques e na visão de país, o sentimento de pertencimento local/regional, entre outras questões dessa natureza que abordam o rádio enquanto linguagem cultural específica.
Nesse sentido, é importante ressaltar a forte ligação da linguagem radiofônica com a música, que se dá de diversas formas. Os conteúdos sonoros dos meios de comunicação em geral (cinema, televisão, Internet, etc.) são dependentes das composições harmônicas e melódicas, muito mais pra fugir do silêncio do que necessariamente por valorizar esta expressão artística.
No decorrer dos últimos anos percebe-se que a linguagem radiofônica transborda o aparelho de rádio, indo para computadores e celulares via internet. Paralelamente, a seleção musical no meio rádio segue um processo de declínio absoluto, ficando em segundo plano em relação às notícias e informações sobre o trânsito. Tal cenário reequaciona o papel do rádio como mediador cultural entre artista e público.
Diante desse panorama, o debate abordará o rádio enquanto agente cultural, e se ele poderia ser um dinamizador do restrito mercado da música autoral.
Com mediação de Ricardo Rodrigues, radialista e produtor audiovisual. É diretor da Rádio UFSCar e do Festival CONTATO, e vice-presidente da Associação das Rádios Públicas do Brasil (ARPUB).
*A atividade integra o Ciclo Rádio e Gestão Cultural, que acontece em outubro e novembro.
As inscrições podem ser feitas a partir de 27 de outubro, às 14h, pela Internet ou nas unidades do Sesc em São Paulo.
(Foto principal: Acervo Pessoal)
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