Atividades

Reflexão sobre alguns personagens da literatura brasileira e africana

Representações estéticas: a branquitude na literatura

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Programa

Tradução em Libras disponível. Faça sua solicitação no ato da inscrição, com no mínimo dois dias de antecedência da atividade.


Há muito de diferente na vivência sobre raça e gênero no continente africano e no Brasil. Mas, sobre o que há de comum podemos destacar a construção hierárquica das categorias gênero e raça como suporte das políticas coloniais. Dessa herança, vivenciamos ainda hoje a intolerância ao Outro e ao diferente. Isso marca o período da construção da nação brasileira e podemos também afirmar em tempos atuais, marca as relações de afeto, desejo e encontros dos indivíduos. 


Nosso interesse encontra-se na intersecção da reflexão sobre alguns personagens da literatura brasileira e africana a fim de entender as marcas coloniais nos encontros de raça e gênero e, em específico, problematizar o lugar do branco nesta construção. Nosso ponto de partida será o livro “O desejo da nação: masculinidades e branquitude no Brasil de fins do XIX”, algumas reflexões da nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie e por fim os personagens do seu livro “Americanah”.   


Lugares e tempos diferentes. Uma obra caminha pelos estudos queer e pelos estudos pós-coloniais mas tem a literatura brasileira do século XIX como porta de entrada para analisar o racismo e o machismo intrínseco na construção de uma nação. A outra, uma escritora e um romance. Chimamanda Adichie fala de um lugar feminista e tem um olhar atento às questões raciais nos encontros em diferentes territórios que foram marcados pelo processo colonial.


Em síntese, racismo e machismo serão o alvo da nossa conversa. Sempre a luz dos estudos da branquitude temos como objetivo desvendar o lugar do branco na construção das relações raciais. A literatura se torna aqui o cenário e os estudos sobre a branquitude a lente de observação, o curso oferecerá uma reflexão acerca dos lugares sociais dos sujeitos marcados pela raça e gênero.


 As inscrições pela internet podem ser realizadas até um dia antes do inicio da atividade. Após esse período, caso ainda haja vagas, é possível se inscrever pessoalmente em todas as unidades. Após o início da atividade não é possível realizar inscrição.



Nosso canal no YouTube oferece mais de nossa programação. Fique por dentro.

Material

Cronograma                                        


·         07/12 - Branquitude: um conceito para iniciarmos a conversa


Apresentação do conceito de branquitude a fim de iniciarmos a conversa sobre os encontros coloniais. Entendemos a branquitude como um lugar de poder e privilégio frente as outras racialidades.


Bibliografia:


FANON, Frantz (s/d[1952]), Pele Negra Máscaras Brancas. Trad. Alexandre Pomar, Porto: Edição A. Ferreira.


PASSOS, Ana Helena Ithamar. Novas identidades brancas? Um estudo sobre branquitude no contexto de reconfiguração das relações raciais no Brasil, 2003-2013. Rio de Janeiro, 2013.  Tese de Doutorado – Departamento de Serviço Social, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro.


SCHUCMAN, Lia Vainer  & CARDOSO, Lourenço. Dossiê Branquitude.


 


·         08/12 - O livro “O desejo da nação: masculinidade e branquitude no Brasil de fins do XIX” e a literatura como porta de entrada.


O livro de Richard Miskolci apresenta uma oportunidade de entendermos a construção das políticas raciais e de gênero no Brasil que se iniciava como nação. Os romances “O Ateneu” de Raul Pompéia, “Bom Crioulo”. De Adolfo Caminha e “Dom Casmurro”, de Machado de Assis, trabalhado nesta obra oferecem personagens representativos das relações coloniais marcadas pela branquitude e masculinidade brasileira.


Bibliografia:


MISKOLCI, Richard. O desejo da nação: masculinidade e branquitude no Brasil de fins do XIX.  São Paulo: Annablume, 2012. (Coleção Queer).


·         14/12- Uma visita à Chimamanda Adichie


Objetiva conhecermos um pouco sobre a escritora Chimamanda Adichie não só a partir de seus romances, mas também dos vídeos “Os perigos da História única”, “Nós deveríamos ser todos feministas” e do livro “Somos todos feministas”.


Bibliografia:


Vídeo “Os perigos da História única”. Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=ZUtLR1ZWtEY


Vídeo “Nós deveríamos ser todos feministas”. Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=fyOubzfkjXE


ADICHIE, Chimamanda N. Somos todos feministas. Disponível em http://feminismoaesquerda.com.br/wp-content/uploads/2015/03/247288220-Adichie-Sejamos-Todos-Feministas.pdf


·         15/12  - Americanah


 Nossa conversa será sobre uma história de amor e um aprendizado sobre raça e gênero em territórios diferentes.


Bibliografia


ADICHIE, Chimamanda Ngozi. Americanah. São Paulo: Companhia das letras, 2014.

Data

07/12/2015 a 15/12/2015

Dias e Horários

Segundas e terças, 14h às 17h.

Local

Valores

R$ 18,00 - credencial plena: trabalhador do comércio de bens, serviços e turismo matriculado no Sesc e dependentes
R$ 30,00 - pessoa com mais de 60 anos, pessoa com deficiência, estudante e professor da rede pública com comprovante
R$ 60,00 - inteira