Atividades

Contexto e desafios

Turismo comunitário na América Latina: reflexões e práticas

Voltar para o início Turismo comunitário na América Latina: reflexões e práticas

Programa

A insuficiente dinâmica das atividades agropecuárias tradicionais e o deficiente desempenho das pequenas unidades produtivas impedem a grande maioria da população rural da América Latina de gozar de empregos estáveis e renda suficientes que garantam um nível de vida digno. Os processos de exclusão social e política explicam o déficit histórico que acumulam os estratos sociais mais vulneráveis do campo em matéria de educação, formação profissional, nutrição e saúde, o qual redunda em uma baixa produtividade laboral e uma débil capacidade para desempenhar trabalhos qualificados e bem remunerados.

 

A força do turismo e suas novas correntes representam uma fonte de oportunidades para pequenos negócios, na medida em que estes sejam capazes de ofertar produtos que conjuguem atributos de originalidade e autenticidade, fontes de diferenciação e competitividade.

 

A oferta turística das comunidades rurais aparece como uma opção consistente com as novas dinâmicas do mercado, pois seus produtos valorizam a identidade cultural e fomentam trocas efetivas, permitindo ao visitante desfrutar de experiências originais que combinam atrativos culturais e ecológicos, a margem dos caminhos do turismo de massas.

 

Não obstante, essas comunidades enfrentam o mercado com severas restrições ao serem excluídas das instituições e discriminadas do acesso aos recursos produtivos, serviços públicos e mercados. Esta situação evidencia o “paradoxo da pobreza” que afeta a muitas comunidades: sendo potencialmente ricas em atrativos, estes não podem ser transformados em recursos e ativos empresariais a ser valorados através do mercado.

 

O desafio para as comunidades rurais da América Latina consiste em adquirir estruturas e meios de pressão política que lhes permitam incidir com maior decisão em suas condições de vida e de bem-estar, fomentando relações econômicas e institucionais de uma nova ordem. Só aumentando seu poder de negociação as organizações comunitárias conseguiram, por um lado, impulsionar políticas públicas que incentivem seus projetos produtivos e, por outro, subscrever acordos comerciais justos com as operadoras de turismo nacionais e transnacionais.

 

Para enfrentar esse desafio, o primeiro imperativo consiste em encorajar processos associativos que articulem eficientemente a oferta de serviços; procurem uma inserção competitiva nos mercados e fomentem o uso sustentável do patrimônio comunitário. O segundo imperativo reside em melhorar a capacidade de gestão autónoma, tanto no âmbito empresarial como no âmbito organizacional, qualificando para isto recursos humanos e líderes de uma nova geração.

 

Objetivos

1. Ampliar conhecimentos sobre mercado turístico, em particular sobre a origem, características, potencial e restrições próprias ao turismo rural comunitário na América Latina.

 

2. Fortalecer a consciência crítica dos participantes acerca dos custos e benefícios do turismo, e gerar capacidade de liderança para gerir negócios comunitários eficientes e sustentáveis aplicando instrumentos de avaliação e gestão do patrimônio comunitário.

 

Programa e conteúdos

10/08 – O Turismo Comunitário na América Latina.

 

11/08 – Turismo sustentável e comunidade.

 


(Foto: Wikimedia Commons)

As inscrições pela internet podem ser realizadas até um dia antes do inicio da atividade. Após esse período, caso ainda haja vagas, é possível se inscrever pessoalmente em todas as unidades. Após o início da atividade não é possível realizar inscrição.


 


 


 



Mais em: sescsp.org.br/congressoturismo

Palestrantes

Carlos Maldonado

Carlos Maldonado

Doutor em Sociologia pelo Instituto de Planejamento Urbano de Paris. Diploma de Estudos Econômicos e Sociais pela Universidade da Sorbonne. Arquiteto-urbanista formado na Universidade de Cuenca. Fundador e Diretor do Programa REDTURS (Rede de Turismo Sustentável, Comunidades Indígenas e Rurais da América Latina). 

Data

10/08/2015 a 11/08/2015

Dias e Horários

Segunda e Terça, 19h às 21h30.

Local

Rua Dr. Plínio Barreto, 285 - 4º andar 
Bela Vista - São Paulo/SP

Valores

R$ 9,00 - credencial plena: trabalhador do comércio de bens, serviços e turismo matriculado no Sesc e dependentes
R$ 15,00 - pessoa com mais de 60 anos, pessoa com deficiência, estudante e professor da rede pública com comprovante
R$ 30,00 - inteira

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