Uma descoberta do céu

A partir de descobertas recentes, envolvendo a aceleração da expansão cósmica, faremos uma exposição ao longo de seis módulos envolvendo a história da astronomia dos primórdios históricos até as considerações mais recentes. O ponto de partida será a astronomia babilônica, na Mesopotâmia, atual Iraque, para se chegar às implicações da energia escura, uma força repulsiva, ao contrário da gravidade, que é atrativa. Um entendimento dessa natureza, longe de se restringir a certa curiosidade científica, deve permitir a formação de certo substrato mental, a maneira como interpretamos a realidade cotidiana. Essa é uma maneira de abrir espaço para a criatividade, a mudança de posição para uma perspectiva mais ampla e, assim, permitir o desenvolvimento de uma cidadania contemporânea, profundamente permeada pela produção da ciência. Quando deu seu salto mais ousado, com ferramentas precárias, tateando em meio à natureza hostil, os humanos fundaram a agricultura, há 12 mil anos, numa época que os climatologistas associam ao final da última glaciação. Cultivar a terra, no entanto, só foi possível com o refinamento da observação do céu para a previsão de início e fim de cada uma das estações do ano, definindo os momentos apropriados para semeadura e coleta da produção. Esse conhecimento do céu está representado no calendário.