Vendendo culturas nativas na Amazônia: promessas e tensões
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Nas últimas décadas, há um crescente interesse por produtos e práticas de populações tradicionais, tanto por parte de firmas, quanto por consumidores. Essa tendência chegou à Amazônia, promovida pela sua representação como uma área que é depósito de biodiversidade e lar de nativos que lutam por preservar sua cultura e sua particular ecologia. Alguns povos indígenas têm procurado atender a esse interesse pelo consumo de produtos florestais e étnicos oferecendo performances de rituais, visitas a aldeias e a comercialização de elementos de sua cultura material ou de seu conhecimento sobre a biodiversidade. O mosaico de projetos e suas experiências é variado, englobando desde acusações de biopirataria e exploração até casos bem sucedidos. De toda forma, para muitos povos indígenas, inseridos já em sistemas de troca mercantil da sociedade brasileira, pressionados por forças de desenvolvimento da Amazônia e questionamentos sobre a legitimidade de suas pretensões territoriais e culturais, esses projetos tornaram-se formas de geração de renda e fortalecimento cultural. Utilizando evidências coletadas ao longo dos últimos anos com os Yawanawá e populações vizinhas no Estado do Acre procuramos discutir experiências bem sucedidas de circulação mercantil de elementos culturais indígenas, suas tensões e possibilidades em termos de fortalecimento de direitos culturais.
(Foto ilustrativa: André Vereta Nahoum - CC BY SA 4.0)
As inscrições pela internet podem ser realizadas até um dia antes do inicio da atividade. Após esse período, caso ainda haja vagas, é possível se inscrever pessoalmente em todas as unidades. Após o início da atividade não é possível realizar inscrição.
Palestrantes
André Vereta Nahoum
Doutor em Sociologia pela USP e pelo Instituto Max Planck para o Estudo das Sociedades (Alemanha). Atualmente é pesquisador pós-doutoral no Cebrap. (Foto: Acervo pessoal)
Data
14/04/2015 a 14/04/2015
Dias e Horários
Terça, 15h às 17h.