A inteligência da música popular

Por que determinados sambistas são considerados superiores e outros inferiores? O que é um bom e um mau samba? Qual a diferença entre samba, pagode, choro e samba de raiz? Quando essas classificações qualitativas surgiram, a quem servem e como penetraram o âmbito do samba e do choro? Como, enfim, o nosso próprio gosto musical é conformado por alguns personagens que nem sabemos de suas existências? 

As disputas intelectuais, simbólicas e materiais que enlaçam esses dois gêneros musicais chancelados como identificadores da nação percorreram um longo período histórico, que contou com personagens desconhecidos do grande público: jornalistas, músicos, folcloristas, compositores, radialistas e diversos ativistas engajados que separaram as produções musicais populares entre as que consideravam “autênticas” das “inautênticas”. É este grupamento, a que denomino de “inteligência da música popular”, que se constitui como foco da nossa atenção. Assim, se constitui como objeto de reflexão desta palestra esquadrinhar as condições, quando e por meio da ação de quais desses personagens conformou-se um espaço que direcionou as apreciações e investidas dos inseridos na atividade musical popular urbana.

 

(Foto: Silvio Tanaka)


As inscrições pela internet podem ser realizadas até um dia antes do inicio da atividade. Após esse período, caso ainda haja vagas, é possível se inscrever pessoalmente em todas as unidades. Após o início da atividade não é possível realizar inscrição.