Atividades

Um balanço dos temas e discussões que a produção fotográfica de Alair Gomes possibilita articular no debate artístico contemporâneo.

Alair Gomes, Fotografia, Sexualidade, Arte impressa (1960-1990)

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Programa

A obra de Alair Gomes chamou a atenção do meio artístico para aspectos de uma produção fotográfica potente em qualidade e gigante em quantidade, realizada a partir dos anos 1960 e conhecida a partir dos anos 1990. A repetição de um repertório discursivo ligado a expressões como voyeurismo homoerotismo e corpo cristaliza uma imagem indissociável entre sexualidade e o fotógrafo.

A proposta desse curso é a analisar a formação desse fenômeno para depois oferecer novos modos de olhar a analisar sua produção fotográfica, focalizando a circulação de suas imagens e colaboração com outros atores culturais do período. Nos três encontros, propomos:
1) investigar de modo se deu esse processo de cristalização temática homoerótica;
2) analisar como uma concepção gráfica de arte impressa esteve intrinsecamente ligada ao seu modo de produzir e circular sua fotografia e
3) ampliar a ideia de circuito artístico na trajetória de Alair Gomes.

1 - Construindo homoerotismos.
O reconhecimento póstumo do fotógrafo na cena artística contemporânea teve como eixo principal o pressuposto de que sua fotografia era, predominantemente, homoerótica. Desde então, a sua permanência no debate parece ter sido paulatina e crescente, fazendo do fotógrafo "o pioneiro da arte homoerótica no Brasil". No primeiro encontro, apresentaremos como essa construção discursiva foi realizada.

2 - Desconstruindo homoerotismos: Alair Gomes na parede e nas mãos.
Se hoje reconhecemos a produção de Alair Gomes por meio dos trabalhos fotográficos expostos nas paredes das exposições, no período em que o fotógrafo fez circular suas imagens, tanto as de corpos masculinos quanto as imagens de teatro e carnaval, a recepção do público se deu não apenas com os olhos, mas com as mãos, em imagens impressas em revistas, jornais e livros de artista. A proximidade de Alair Gomes com a concepção gráfica e impressa da fotografia será o assunto o segundo encontro.

3 - Ampliando homoerotismos: perspectivas sobre Alair Gomes.
Para finalizar, pretende retomar as principais questões tratadas nos dois primeiros encontro, a fim de situar temporalmente e localizar Alair Gomes no cenário artísticos principalmente do Rio de Janeiro entre as décadas de 1960 e 1980. Para isso, apresentaremos uma série de aproximações e comparações de sua atuação junto a outros atores sociais do período, como Carlos Chagas Filho, Roberto Burle Marx, Aloisio Magalhães, dentre outros.

As inscrições pela internet podem ser realizadas até um dia antes do início da atividade. Após esse período, caso ainda haja vagas, é possível se inscrever pessoalmente em todas as unidades. Após o início da atividade não é possível realizar inscrição.

Se você necessita de recursos de acessibilidade, como tradução em Libras, audiodescrição, entre outros, solicite por e-mail ou telefone, com até 48 horas de antecedência do início da atividade. centrodepesquisaeformacao@sescsp.org.br / 11 3254-5600

(Foto: Divulgação)

Palestrantes

André Pitol

André Pitol

Pesquisador e curador, com doutorado em Artes pela USP. Desenvolve prática de pesquisa documental e projetos sobre curadoria, fotografia, arquivos e migrações, a partir de uma perspectiva afrotópica da história da arte. Escreveu ensaios sobre Lyle Ashton Harris, Madalena Schwartz, Claudia Andujar, Almir Mavignier e Alair Gomes, entre outres. Foi curador-adjunto de A Parábola do Progresso (Sesc Pompéia, 2022) e co-conceptualizou A Escola de Quilombismo (Haus der Kulturen der Welt, Berlim, 2023).
(Foto: Jaozin Fotografia)

Bibliografia

André Pitol. "Ask me to send these photos to you": a produção artística de Alair Gomes nos Estados Unidos (2017).
Frederico Coelho. Hélio Oiticica: o desejo de livro (2014).
Rafael Cardoso. A história da arte e outras histórias (2009)

Data

17/09/2019 a 01/10/2019

Dias e Horários

Terças, 10h30 às 12h30.

As inscrições podem ser feitas a partir de 27 de agosto, às 14h, aqui no site do Centro de Pesquisa e Formação ou nas Unidades do Sesc em São Paulo.

Local

Rua Dr. Plínio Barreto, 285 - 4º andar
Bela Vista - São Paulo.

Valores

R$ 4,50 - credencial plena: trabalhador do comércio de bens, serviços e turismo matriculado no Sesc e dependentes
R$ 7,50 - pessoa com mais de 60 anos, pessoa com deficiência, estudante e professor da rede pública com comprovante
R$ 15,00 - inteira