Curso Presencial
Amor e solidão em Nietzsche

Programa

"Entra ano, sai ano, a falta de um amor humano verdadeiramente renovador e salutar, a solidão absurda que ela traz consigo a ponto de tornar quase todo vínculo remanescente com as pessoas uma causa de novas feridas."

Essas palavras escritas no início de fevereiro de 1888, praticamente um ano antes do colapso que condenaria Nietzsche à insanidade pelos seus últimos anos de vida, são uma senha de acesso aos bastidores íntimos e torturados de uma das aventuras filosóficas mais instigantes de todos os tempos. Se, para Nietzsche, a vida autêntica se pauta pelo movimento da autossuperação, o anseio insatisfeito de amor foi um dos obstáculos apesar dos quais, ou melhor, com os quais e para além dos quais o próprio pensador alemão construiu sua obra.

Em livros como Assim falou Zaratustra, Nietzsche exaltou a solidão como uma virtude e requisito da criação intelectual em contraponto à mediocridade da vida e mentalidade de "rebanho". Sua própria condição de um quase eremita lhe dava uma perspectiva privilegiada para analisar as hipocrisias e degradações que os ideólogos do rebanho impõem ao amor, por exemplo, caracterizá-lo como sinônimo de altruísmo, quando na verdade talvez seja "a mais direta expressão do egoísmo", no bom sentido da palavra.

Neste nosso tempo, que já antes da pandemia e do isolamento social compulsório se anunciava como "século da solidão", segundo Noreena Hertz, em que medida os sofrimentos e reflexões de Nietzsche acerca do amor podem nos fazer companhia?

Como Nietzsche viveu e pensou este que é um dos anseios que mais assombram a humanidade (e os filósofos) ao longo da história?

Programa:
28/4 - Aula 1
Um eremita dionisíaco para nosso "século da solidão".

5/5 - Aula 2
O amor frustrado por Lou Salomé e suas repercussões pessoais e filosóficas.

12/5 - Aula 3
Diferenças e afinidades com a filosofia do amor de Arthur Schopenhauer.

19/5 - Aula 4
Diferenças e afinidades com o amor fati dos estoicos

Recomendamos o uso de máscara cobrindo nariz e boca.

Se você necessita de recursos de acessibilidade, como tradução em Libras, solicite pelo e-mail centrodepesquisa.cpf@sescsp.org.br, após a conclusão e efetivação do pagamento da sua inscrição, com até 48 horas de antecedência do início da atividade.

As inscrições podem ser feitas a partir das 14h do dia 28/3 no site do Centro de Pesquisa e Formação do Sesc ou presencialmente em qualquer unidade do Sesc São Paulo. Após o início da atividade não é possível realizar inscrição. O cadastro é pessoal e intransferível.

O pagamento pode ser feito através do cartão de crédito, débito ou em dinheiro. Trabalhamos com as bandeiras Visa, Mastercard, Elo e Hipercard.

** Ao término do curso, você poderá solicitar sua declaração de participação pelo e-mail declaracao.cpf@sescsp.org.br
A declaração será encaminhada em até 30 dias

*** Havendo ainda disponibilidade de vagas para os cursos presenciais, as inscrições poderão ser feitas no dia do curso no Centro de Pesquisa e Formação.

O cancelamento poderá ser realizado com até 48 horas antes do início da atividade, por email: centrodepesquisa.cpf@sescsp.org.br

(Foto: Divulgação)

Palestrantes

Caio Liudvik

Pós-doutor pelo Departamento de Filosofia da Universidade de São Paulo, onde faz atualmente pós-doutorado em Psicologia. Colaborador das revistas Cult e Quatro Cinco Um, é autor de Sartre e o pensamento mítico (ed. Loyola), co-autor de O Livro de ouro da psicanálise (Ediouro), e tradutor de livros como O Zaratustra de Nietzsche, de C.G. Jung (ed. Vozes), As moscas, de Jean-Paul Sartre (ed. Nova Fronteira).
(Foto: Acervo Pessoal)