Arte e utopia: artistas da revolução
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Programa
Tradução em Libras disponível. Faça sua solicitação no ato da inscrição, com no mínimo dois dias de antecedência da atividade.
Ciclo dedicado à reflexão sobre as relações entre arte e revolução, a partir da produção artística que se concebeu em conexão com os processos revolucionários em Cuba, México e Rússia, ao longo do século XX. Desta forma, o ciclo tem por objetivo discutir o papel de intelectuais e artistas, bem como, o diálogo das vanguardas artísticas com as questões suscitadas pelos desdobramentos dos processos revolucionários nestes países.
13/01 – A Revolução e as transformações artístico-culturais em Cuba
A Revolução Cubana possibilitou um florescimento no meio cultural. Inúmeros intelectuais, artistas, escritores, cineastas, músicos e jornalistas se engajaram no processo revolucionário. Surgiram novas instituições como Casa de las Américas, o Icaic (Instituto Cubano de Arte e Indústrias Cinematográficas), a Uneac (União Nacional de Escritores e Artistas Cubanos), entre outras, que impulsionaram o desenvolvimento das manifestações artísticas e literárias, além do cinema e da música, com novas manifestações, publicações e obras, em diálogo com o momento revolucionário. O papel do intelectual e do artista em Cuba foi alvo de inúmeros debates, já que tinham muito para contribuir no desenvolvimento da Revolução. A palestra busca analisar como no início dos anos 60 houve maior liberdade de expressão e manifestação, enquanto que nos anos 70 e nos anos 80, houve um endurecimento na política cultural e maior censura nos meios artísticos. Com o período especial iniciado nos anos 90, as dificuldades materiais acentuam-se, colocando novos desafios para o intelectual e suas produções.
Com Sílvia Cezar Miskulin.
20/01 – (Re)Criar / (Re)Modelar – A Arte na Rússia Revolucionária
A diversidade de caminhos é a marca das artes russas/soviéticas do período que vai do início do século XX até aos anos de 1930. Não só na busca de novas formas de expressão e construção, quanto em novos meios de atuação, vivência e transformação. Este processo se colocou como um acelerador histórico, para a ultrapassagem das dificuldades e das barreiras, tanto materiais quanto intelectuais, um salto por sobre um modelo de país camponês e rural, em direção a uma das mais modernas das sociedades industriais. Estes conceitos, ideias, práticas e posturas, que confluíram para a formação de um “estilo de pensamento” próprio de toda a vanguarda soviética, levou esta a um desejo de (re)criar ou (re)construir um novo mundo, um mundo sem morte, sem fome, sem a moral individualista, capaz de transformar o homem comum num novo homem. Pode-se enxergar que para os artistas russos/soviéticos, a ética e a política são parte integrante da estética, um lugar em que a verdade é igual ao belo. O mundo torna-se um imenso laboratório e a humanidade uma tela que precisa ser pintada da maneira mais correta, mas também da maneira mais bela.
Com Jair Diniz Miguel.
27/01 – A Revolução Mexicana e a Arte Muralista no século XX.
A palestra explora a íntima relação existente entre arte e revolução que ocorreu no México no começo do século XX, a partir do movimento armado iniciado em 1910 e que repercute até os dias atuais por meio da obra muralista. A palestra será apoiada por imagens que demonstram a relação entre a pintura mural e a Revolução Mexicana, constituindo-se em um dos episódios mais originais da história política e artística de nosso continente.
As inscrições pela internet podem ser realizadas até um dia antes do inicio da atividade. Após esse período, caso ainda haja vagas, é possível se inscrever pessoalmente em todas as unidades. Após o início da atividade não é possível realizar inscrição.
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Palestrantes

Sílvia Cezar Miskulin
(Foto: Acervo Pessoal)

Jair Diniz Miguel

Camilo de Mello Vasconcellos
Data
13/01/2016 a 27/01/2016
Dias e Horários
Quartas, 19h às 21h30.