Arte moderna: memória em disputa

 

O curso apresenta e discute quatro momentos da história da arte, refletindo sobre as relações entre produção artística e engajamento político ao considerar uma tradição visual que privilegia a representação dos excluídos nos processos de modernização vivenciados por grandes metrópoles europeias.  No percurso, consideraremos as produções cubistas e "pós-cubistas" de Pablo Picasso, as obras abstratas de Kazimir Malevitch e Piet Mondrian e de artistas surrealistas para, a partir das análises de seus contextos sócio-históricos de produção, verificar como estes artistas articulam pontos de contato entre matérias artísticas e históricas, construindo pontos de contato entre ambas. 

 

06/04 - As variações do cubismo

Apresentaremos as noções essenciais deste movimento artístico e refletiremos sobre o papel que seu maior expoente, Pablo Picasso (1881-1973), desempenhou como artista de vanguarda, avaliando o ajuste de contas que fez com a tradição precedente.

13/04 - O retorno à ordem: caos e classicismo no Picasso "pós-cubista" 

Os "excessos das vanguardas" (Cubismo e Futurismo) e sua "ordem anárquica" é substituído na arte do entre-guerras pelo que Jean Cocteau descreveu como "disciplina de liberdade". Problematizaremos a produção artística do período, confrontando-a com a obra do Picasso "pós-cubista".

 

20/04 - A abstração absoluta e a radicalização da visão 

Consideraremos os significados correntes do termo "abstração" e suas consequências para o estudo do período. Em seguida, examinaremos as produções de Kazimir Malevitch (1879-1935) e Piet Mondrian (1872-1944), exemplares da dissolução da figuração naturalista e do pensamento que a acompanha.

 

27/04 - O surrealismo e a vertigem dos códigos estéticos

Como resumo das questões abordadas no curso, discutiremos uma "ideia-conceito" fundamental para a produção artística do século XX: a composição múltipla do olho humano como instrumento de cognição artística, social e histórica a partir da produção surrealista do pintor belga René Magritte (1898 - 1967).