Curso Presencial
Blocos Afro de São Paulo: tecnologias corpo-orais pretas em movimento
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Programa
Os blocos afros são uma das mais importantes organizações políticos culturais e sociais do povo preto, a partir de sua organização muitas das tradições dos diversos povos africanos que vieram no tráfico negreiro são preservadas, vividas e reinventadas num fluxo constante e intenso.
Mas o que é necessário para que essa organização possa existir? Quais são suas estratégias ? Quais conhecimento e tecnologias são necessárias criar para o seu desenvolvimento? Quais as estratégias necessárias para que o BLOCOS tenha a sua autonomia respeitada ? Como articular uma comunidade preta e afrocentrada frente a ideia de democracia racial? Como é possível criar estruturas autônomas que gerencie as riquezas materiais e imateriais produzidas por essas comunidades?
O que fica de carnavais pretos não são só insumos materiais, mas também conhecimento, experiências e tecnologias. Os Cortejos Pretos são produzidos por nossas mãos, na autonomia e, portanto, muitos conhecimentos são necessários dentro da comunidade.
Dentre esses conhecimentos, experiências e tecnologias, estão os saberes de instauração de espaços seguros para que esses corpos pretos possam se expressar de maneira livre, sem as amarras impostas por uma sociedade que nega a singularidade desses corpos e busca moldá-los de diversas formas para o trabalho, desde seus primeiros contatos com a educação formal, até às repressões aos espaços de expressão de corporeidades pretas (rodas e escolas de samba, bailes black, bailes funk, assim como os próprios blocos). Nesse sentido, também se pergunta: Quais os desafios e estratégias para que esses corpos pretos ocupem as ruas estando em sua plenitude expressiva?
Nesse Bate papo com os idealizadores do Blocos pretos de São Paulo - Zumbiido | Ilu Unã | Ilu Oba | E di Santo, abordaremos essas questões centrais e necessárias para existência e manutenção dos blocos afro-diaspóricos no contexto de uma cidade como São Paulo.
Se você necessita de recursos de acessibilidade, como tradução em Libras, solicite pelo e-mail centrodepesquisa.cpf@sescsp.org.br, após a conclusão e efetivação do pagamento da sua inscrição, com até 48 horas de antecedência do início da atividade.
As inscrições podem ser feitas a partir das 14h do dia 23/1 no site do Centro de Pesquisa e Formação do Sesc. Após o início da atividade não é possível realizar inscrição. O cadastro é pessoal e intransferível.
Ao término do curso, você poderá solicitar sua declaração de participação pelo e-mail declaracao.cpf@sescsp.org.br
A declaração será encaminhada em até 30 dias
O cancelamento poderá ser realizado com até 48 horas antes do início da atividade, por email: centrodepesquisa.cpf@sescsp.org.br
Palestrantes

Munique Costa
É regente e compõe o núcleo de direção musical e coreográfica do Bloco Zumbiido que integra há 7 anos. Assistente de direção e bailarina intérprete criadora da cia Gumboot Dance Brasil. É bailarina na Cia de Dança afro Oya, Projeto Turmalinas Negras, Projeto Protagonistas.
(Foto: Acervo Pessoal)

Beth Belli
Elisabeth Belisário é uma artista multifacetada e educadora nascida no bairro da Brasilândia em São Paulo, com uma rica história de mais de 40 anos de contribuições no campo da cultura. Socióloga, musicista e regente, é presidente do Ilú Obá De Min. Atua como professora de percussão, trabalhando incansavelmente para preservar e difundir os ritmos dos Orixás e Malinkes.
(Foto: Acervo Pessoal)

Fernando Alabê
Ogan, músico percussionista, arte educador, diretor musical,produtor cultural, com 30 anos de carreira, com trabalhos em musica, teatro, cinema e na forma de artes integradas em diversos grupos e coletivos de arte e pesquisa. Fundador do Bloco Afro Afirmativo Ilu Inã, onde é presidente, diretor artístico e mestre de bateria.
(Foto: Sérgio Fernandes)

Rabi
Cofundador e Arte educador de Percussão desde 1994, iniciou-se na Casa de Cultura M'Boi Mirim com o grupo de Cultura Afro-Brasileira Espírito de Zumbi, de 1994 a 2018. Desde então trabalhou em diversas organizações e equipamentos sociais e culturais como professor, arte-educador de música, especialmente de percussão. Em paralelo compõe o coletivo Umoja -grupo de dramaturgia e cultura negra desde 2006. Em 2010, idealizou o Bloco Afro É Di Santo e junto com demais pessoas convidadas criou o coletivo. Desde a fundação é o Mestre de Percussão.
(Foto: Fernando Solidade)
Data
17/02/2024 a 17/02/2024
Dias e Horários
Sábado, 15h às 17h.
Curso Presencial
Inscrições a partir das 14h do dia 23/1, até o dia 17/2.
Enquanto houver vagas.