Censura em cena: Sortilégio
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Programa
O projeto Censura em Cena envolve a leitura dramática de seis peças proibidas pela censura do Estado de São Paulo e presentes no Arquivo Miroel Silveira, acervo da Escola de Comunicações e Artes da USP e que reúne 6.137 processos de censura abertos entre 1930 e 1970 pelo Departamento de Diversões Públicas do Estado de São Paulo. Esse acervo vem sendo estudado desde 2002 pelo Observatório de Comunicação, Liberdade de Expressão e Censura (OBCOM), grupo de pesquisa coordenado pela Profa. Dra. Maria Cristina Castilho Costa.
O atual projeto tem por objetivo resgatar os textos proibidos e entender de que forma a censura interferiu na produção artística e qual é o seu impacto na atualidade. Para isso, incluirá a leitura das peças: A semente (1961), de Gianfracesco Guarnieri; Sortilégio (1951), de Abdias do Nascimento; Fundo do poço (1950), de Helena Silveira; Perdoa-me por me traíres (1957), de Nelson Rodrigues; Quarto de empregada (1958), de Roberto Freire; e Reportagem de um tempo mau (1965), de Plínio Marcos.
As leituras dramáticas são uma extensão da pesquisa conduzida pelo OBCOM e serão coordenadas pela escritora e dramaturga Renata Pallottini e pelo ator e diretor Roberto Ascar. Na sequência das leituras será aberto um debate sobre a obra.
Nesse mês teremos a leitura da peça Sortilégio primeira peça escrita por Abdias do Nascimento, trata do conflito de um homem dividido pela paixão por uma mulher branca e outra negra. O protagonista Emanuel acaba matando a mulher branca com quem se casara e busca a negra Ifigênia, seu grande amor. Abdias do Nascimento encenou o papel do protagonista em estreia que se deu em noite de gala do Teatro Municipal, em 1957, após seis anos de proibição pela Divisão de Censura do DDP-ESP. A peça foi reencenada em 2002, em um curso organizado na UFRJ, com a presença do autor.
As inscrições pela internet podem ser realizadas até um dia antes do inicio da atividade. Após esse período, caso ainda haja vagas, é possível se inscrever pessoalmente em todas as unidades. Após o início da atividade não é possível realizar inscrição.
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Palestrantes

Marta Heloísa Leuba Salum
Doutora em Antropologia Social. Docente no Museu de Arqueologia e Etnologia (MAE/USP).

Maria Cristina Castilho Costa
Professora titular de Comunicação e Cultura da Escola de Comunicações e Artes da USP.
(Foto: Acervo Pessoal)

Elisa Larkin Nascimento
Graduada em ciências sociais pela Universidade do Estado de Nova York (EUA), recebendo o Bacharel em Artes, Summa Cum Laude, mestre em ciências sociais, na Universidade do Estado de Nova York e doutorado em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano da Universidade de São Paulo. Atualmente dirige o Instituto de Pesquisas e Estudos Afro-Brasileiros (IPEAFRO).

Dilma de Melo Silva
Graduada em Ciências Sociais pela USP, mestre em Sociologia Uppsala Universitet e doutorado em Sociologia pela Universidade de São Paulo. Formada em interpretação e direção teatral pela EAD-SP. Professora livre-docente da ECA/USP, Departamento de Comunicações e Artes na área de Cultura Brasileira. Membro da Comissão da Verdade da Escravidão Negra da OAB/SP por designação da Diretoria,a partir de agosto de 2015.

Salloma Salomão Jovino da Silva
Doutor em História pela PUC-SP, pesquisador de Histórias Culturais Negras e suas formas de Expressão no Brasil e Afro-diáspora.
(Foto: Acervo Pessoal)
Data
14/11/2015 a 14/11/2015
Dias e Horários
Sábado, 14h às 18h.