Clínicas públicas e escutas ético-políticas
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Como questões sociais e culturais do contexto sociopolítico constituem nossa existência?
Quais os dilemas à criação de dispositivos clínicos condizentes?
Qual o contexto de práticas na atualidade? Este seminário busca se colocar como um espaço de reflexão coletiva sobre escutas ético-políticas, práticas clínicas, cultura e sociedade na contemporaneidade.
27/6
10h às 12h30 - Mesa A dimensão sociopolítica do sofrimento.
Como questões sociais e culturais do contexto sociopolítico brasileiro, como desigualdade social, racismos, machismo, privilégios, autoritarismo, abusos de poder, dentre outros, constituem nossa existência? Quais dilemas à criação de dispositivos clínicos condizentes? O racismo tem sido uma dimensão sociopolítica para os profissionais "psi"? Quais intervenções psicossociais têm sido implementadas junto a usuários/pacientes/analisandos para dar visibilidade às relações étnico-raciais e enfrentar os efeitos do racismo?
Com Miriam Debieux, Emiliano de Camargo David e Luiz Eduardo de Vasconcelos Moreira.(mediação).
12h30 - Almoço
14h - Clínicas Públicas à Brasileira, um panorama.
Para que e para quem serve à psicanálise? Com quem se faz uma análise? Onde se analisar? Não é exagero afirmar que estas perguntas, de um jeito ou de outro, implícita ou explicitamente colocadas desde o início do movimento psicanalítico, foram respondidas de muitas formas. Mais importante, continuam atuais e demandando novas respostas frente às mudanças sociais e culturais que a psicanálise testemunhou e das quais, eventualmente, tomou parte, tanto mais se considerarmos o contexto brasileiro.
Com Luiz Eduardo de Vasconcelos Moreira.
15h às 18h - Limites, fronteiras e territorialidades das clínicas públicas
Como as clínicas públicas e práticas têm dialogado com contextos, demandas, mobilizações e debates da sociedade atualmente? Quais as novas configurações deste espaço clínico? Quais posicionamentos implicados nestas práticas? Como discussões importantes sobre gênero, raça, classe e orientação sexual, estão configurando-se na prática clínica?
Com Valeria Barcellos, Raonna Martins, Carolina Cristal Ferreira e Augusto Coaracy (mediação).
28/6
10h às 12h30 - Cultura na clínica e clínica na cultura.
Como práticas clínicas tem se imbuído dos contextos socioculturais nos quais estão implicados? Como a formação de novos profissionais implica-se em uma pauta orientada pela escuta ético-política e compromisso social? Quais as possibilidades de práticas de escuta clínica quando acontecem em espaços tidos apenas como “culturais”?
Com Graziela Kunsch, Dafne Melo, Andrea Arruda e Claudia Holanda (mediação).
12h30 - Almoço
14h às 16h30 - A escuta como denúncia e a fala como testemunho
A escuta psicanalítica, na medida em que sempre busca a alteridade, seria sempre disruptora? Como tem sido isso na história da psicanálise? Como repensar o trabalho de escuta, a partir da perda de um centro logocêntrico ocidental? O que seria uma psicanálise nômade? A fala, a partir de uma proposta psicanalítica, é sempre testemunho? Testemunho do quê? Como elaborar o que é da ordem do traumático?
Com Mirian Chnaiderman.
As inscrições pela internet podem ser realizadas até um dia antes do início da atividade. Após esse período, caso ainda haja vagas, é possível se inscrever pessoalmente em todas as unidades. Após o início da atividade não é possível realizar inscrição.
Se você necessita de recursos de acessibilidade, como tradução em Libras, audiodescrição, entre outros, solicite por e-mail ou telefone, com até 48 horas de antecedência do início da atividade. centrodepesquisaeformacao@sescsp.org.br / 11 3254-5600
(Foto: Divulgação)
Palestrantes
Andréa Arruda
Psicóloga, Educadora popular e professora universitária. Co- idealizadora do Projeto “Conte-me sua História: o lugar da escuta”, que acontece na Praça do Campo Limpo, Zona Sul de São Paulo.
Augusto Coaracy
É psicanalista, participa do coletivo Psicanálise na Praça Roosevelt, com experiência em Saúde Coletiva e mestrado em psicologia social pela PUC/SP.
(Foto: Acervo Pessoal)
Carolina Cristal Ferreira
Psicóloga, especialista em drogas e vulnerabilidade social pela UNIFESP. Faz parte do projeto Roda Terapêutica das Pretas.
(Foto: Acervo Pessoal)
Cláudia Holanda
É psicanalista. Mestranda no Núcleo de Subjetividades da PUC – SP. Fez formação clínica no Fórum do Campo Lacaniano. Atualmente atende em consultório particular. Realiza pesquisas sobre a clínica psicanalítica em suas múltiplas interfaces: arte, filosofia, literatura, política.
(Foto: Acervo Pessoal)
Dafne Melo
Psicanalista e tradutora. Formada em Jornalismo pela PUC-SP e em História pela USP. Possui formação em Psicanálise pelo Instituto Sedes Sapientiae.
(Foto: Acervo Pessoal)
Graziela Kunsch
É artista socialmente engajada. Co-fundadora da Clínica Pública de Psicanálise, em atividade na Vila Itororó Canteiro Aberto, desde 2016.
(Foto: Acervo Pessoal)
Luiz Eduardo de Vasconcelos Moreira
É Psicanalista, graduado em Psicologia e mestre em Psicologia Social pela USP. Doutorando em Psicologia Clínica pela USP. Membro do PsiA - Laboratório de Pesquisas e Intervenções em Psicanálise e participante do Instituto Vox de Pesquisa em Psicanálise. Professor na UNIAN.
(Foto: Acervo Pessoal)
Miriam Chnaiderman
É psicanalista, membro do Departamento de Psicanálise do Instituto Sedes Sapientiae. Documentarista. Doutora em Artes pela ECA/USP.
(Foto: Acervo Pessoal)
Miriam Debieux Rosa
Psicanalista, Professora Titular do Instituto de Psicologia da USP. Coordena o Laboratório Psicanálise, Sociedade e Política (PSOPOL) e o Grupo Veredas: psicanálise e imigração. Pró-Reitora Adjunta para Inclusão e Pertencimento da Universidade de São Paulo (2022/26). Pesquisadora do CNPq, com o projeto Violências e a política dos afetos: o adolescente e o imigrante. Pós-Doutorado pela Université Paris Diderot, Paris 7, França (CNPq, 2015/2016), na temática de violência e imigração. Publicou artigos e livros destacando-se Histórias que não se contam: psicanálise com crianças e adolescentes (2010, Ed. Casa do Psicólogo) e A clínica psicanalítica face ao sofrimento sócio-político (Ed. Escuta/Fapesp, 2016, prêmio Jabuti, em 2017); é uma das organizadoras, entre outros, dos livros: As escritas do ódio: psicanálise e política. (2017, Escuta/Fapesp) e Violência e psicanálise: atualizações e intersaberes (2021, on-line Ed. IPUSP).
(Foto: Acervo Pessoal)
Raonna Caroline Ronchi Martins
É psicóloga. Psicanalista. Mergulhadora. Biker. Mestre em Psicologia Social pela PUC- SP. Doutoranda em psicologia clinica pela USP.
(Foto: Acervo Pessoal)
Valeria Barcellos
Psicóloga clínica, Psicodramatista, professora supervisora pela Febrap. Coordenadora o Psicodrama Público que acontece CCSP há 15 anos.
(Foto: Acervo Pessoal)
Data
27/06/2019 a 28/06/2019
Dias e Horários
Quinta e Sexta, 10h às 17h.
As inscrições podem ser feitas a partir de 28 de Maio, às 14h, aqui no site do Centro de Pesquisa e Formação ou nas Unidades do Sesc em São Paulo.