Curso Presencial
Comer com as mãos
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Programa
No Ocidente, é comum a expressão "comer com os olhos". Isso porque, para os ocidentais, a visão é tida como o sentido mais confiável e mais usado. Às vezes, as qualidades visuais parecem mais importantes que as outras.
Uma das razões tem a ver com o filósofo Kant (1724-1804) que definiu uma hierarquia para os sentidos, privilegiando a visão como o mais nobre, seguida da audição, do tato, do olfato e do paladar, numa escala que vai do menor ao maior contato físico com objetos. Esse tipo de pensamento está alinhado ao Iluminismo quando surgem os talheres como intermediadores da relação entre o alimento e a boca.
Comer com as mãos - O sentido do tato, por meio da textura, temperatura e consistência dos alimentos, tem importância fundamental na experiência alimentar, complementando e influenciando diretamente a percepção do sabor. Ele não se limita apenas à boca, mas também envolve a sensação tátil nas mãos ao segurar e manusear a comida. Comer com as mãos, com talheres de materiais diferentes (metal ou plástico, por ex.) ou com hashis de madeira pode modificar a experiência gastronômica.
Este curso aborda a comida em sua transversalidade material e simbólica partindo da ideia de que comer com as mãos (ou não) perpassa significados históricos e sociais. A temática desenvolvida para o curso mostra as transformações sociais das relações tendo o manuseio da comida sob perspectivas diversas.
Encontro 1 (24/01, às 10h30) - Cultura alimentar e materialidades
- Cultura alimentar: regras sociais sobre o manuseio da comida.
- Comida - materialidades e símbolos.
Encontro 2 (07/02, às 10h30 às 13h) - Sociabilidade e comida: distinção e gastronomia.
- Aspectos socioantropológicos da comida - o ser humano cria ferramentas e socializa.
- Gastronomia e distinção social - A humanidade passou a maior parte da história comendo com as mãos. Comer com talheres e aprender a julgar como falta de educação o comer com as mãos é algo relativamente recente.
As inscrições podem ser feitas no site do Centro de Pesquisa e Formação do Sesc ou através do nosso app.
Após o início da atividade não é possível realizar inscrição. O cadastro é pessoal e intransferível.
O pagamento pode ser feito através do cartão de crédito, débito ou em dinheiro. Trabalhamos com as bandeiras Visa, Mastercard, Elo e Hipercard.
Ao término do curso, você poderá solicitar sua declaração de participação pelo e-mail declaracao.cpf@sescsp.org.br
A declaração será encaminhada em até 30 dias
O cancelamento poderá ser realizado com até 48 horas antes do início da atividade, por email: atendimento.cpf@sescsp.org.br
(Foto: IA [Canva], Clau Gavioli)
Palestrantes
Maria Claudia Gavioli
(Clau Gavioli), jornalista, gastróloga, doutoranda e mestre em hospitalidade, atua na área de pesquisa socioantropológica da alimentação e da hospitalidade desde 2014. É especialista em Gastronomia, História e Cultura pelo Senac. Tem MBA em Marketing pela ESPM e em Infraestrutura pela FGV, especialização em relações internacionais pela Unicamp. Foi apresentadora do podcast e editora do portal Minestrone até 2024. Escreveu os livros Mercado da Gastronomia e Ferramentas de Gestão para Negócios de Bebidas, ambos pela editora Senac. Em 2024 viveu na Itália onde pesquisou sobre hospitalidade, comida e turismo.
(Foto: Acervo Pessoal)
Patrícia Rodrigues de Souza
Professora do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Religião da PUC São Paulo, pesquisadora em cultura material com foco na relação entre religião e alimentação. Autora do livro: A Religião vai à Mesa. Uma degustação de religiões com suas práticas alimentares. Professora de gastronomia da FMU 2008-2016, ministrando aulas de cozinha indiana, tailandesa, antropologia e história da alimentação Foto: Acervo pessoal
Data
24/01/2026 a 07/02/2026
Dias e Horários
Dias 24/1 e 7/2, sábados, das 10h30 às 13h