Cultura e periferia, mapeamento e produções artísticas

As intensas mudanças ocorridas na periferia da cidade de São Paulo nos últimos 20 anos têm repercutido nas políticas culturais do município e na ascendente formação de coletivos de arte.  Um debate presente no mundo acadêmico e nas instituições culturais se trava em direção ao impacto causado pelas produções culturais e artísticas, as quais mudam a forma de ver e sentir tais territórios. Buscando a organização dos serviços prestados na área cultural a prefeitura da cidade vem desenvolvendo um mapeamento que apontará equipamentos, coletivos de artes e instituições culturais.

A proposta do curso é trazer à tona as discussões que tratam de coletivos artísticos que transformam a realidade de uma região, questionamentos sobre a identidade do cidadão que vive na periferia e a contextualização desses locais que compõem a cidade.

Os conteúdos serão conduzidos pelo professor doutor Tiarajú Pablo D’Andrea, que discutirá a arte produzida na periferia e o conceito de sujeito periférico. Haverá também uma apresentação da pesquisadora Adriana Dantas sobre a região de Ermelindo Matarazzo, zona leste da cidade, com o foco relacionado à participação política dos moradores e suas inserções no processo de valoração socioespacial. Por fim será destaque nesse curso um mapeamento cultural realizado pela Prefeitura de São Paulo apresentado por João Brant, coordenador da Assistência Técnica do Gabinete da Secretaria Municipal de Cultura.

As inscrições podem ser feitas a partir de 23 de maio, às 14h, pela Internet ou nas unidades do Sesc em São Paulo.

(Foto: Marco Aurélio Lima Martins_MinC) 

D'ANDREA, Tiaraju Pablo. A Formação dos Sujeitos Periféricos: Cultura e Política na Periferia de São Paulo. Tese, Universidade de São Paulo, 2013.