Cultura, Literatura e Arte na Mesopotâmia (3500 a.C. a 539 d.C.)

Programa

Na primeira aula, será feita uma apresentação da mitologia mesopotâmica destacando o papel das forças divinas na configuração do universo e na constante luta contra o caos. O objetivo desta aula, indo além de fazer uma descrição do panteão divino e das funções de cada deus, é mostrar como o universo mitológico mesopotâmico se relaciona com as bases ideológicas da sociedade, orientada cosmologicamente para a conservação da ordem social.

Na segunda aula, será abordado o tema da Literatura. O primeiro ponto a ser tratado será o da invenção da escrita e seus impactos políticos e culturais. Em seguida, serão apresentados os principais tópicos literários da literatura suméria e acádica, suas continuidades e descontinuidades, sua maneira de representar o universo mitológico e os pontos de contato com a Bíblia. Ao final da aula, será realizado um exercício de análise em conjunto do Épico de Gilgamesh e sua representatividade no conjunto literário e ideológico mesopotâmicos.

Na terceira aula serão apresentados os diversos tipos de conhecimentos surgidos na cultura cuneiforme como direito, matemática, astronomia, medicina, conhecimentos divinatórios e exorcismo. Inicialmente, a formação do escriba será analisada sob a perspectiva das dinâmicas transmissão de conhecimento e da função do especialista. Em seguida, será debatida a possibilidade de se considerar aqueles conhecimentos como "científicos". Como atividade, será realizada uma análise de trechos do Código de Hamurabi que nos permitam abordar questões como gênero, trabalho e organização social na antiga Mesopotâmia.

Na quarta aula, o tema a ser discutido será a arte mesopotâmica. Será feita, na medida das possibilidades, uma discussão inicial sobre o conceito de arte e sua aplicabilidade no contexto mesopotâmico. Analisaremos a relação entre a cosmogonia mesopotâmica e as opções estéticas e a arte monumental como instrumento político. Após a atividade, que consistirá na análise dos relevos das paredes de palácios assírios como símbolos de poder, será realizado um fechamento do curso com uma conversa sobre o lugar dos mesopotâmicos na memória atual e sobre o atual estágio dos estudos mesopotâmicos no Brasil.

As inscrições pela internet podem ser realizadas até um dia antes do início da atividade. Após esse período, caso ainda haja vagas, é possível se inscrever pessoalmente em todas as unidades. Após o início da atividade não é possível realizar inscrição. O cadastro é pessoal e intransferível.

Se você necessita de recursos de acessibilidade, como tradução em Libras, audiodescrição, entre outros, solicite por e-mail ou telefone, com até 48 horas de antecedência do início da atividade. centrodepesquisaeformacao@sescsp.org.br / 11 3254-5600

(Foto: Divulgação)

Palestrantes

Gabriel Lohner Gróf

Formado em História pela Universidade de São Paulo, com mestrado em História Social pela mesma universidade e em Culturas e Línguas da Antiguidade (especialização "Oriente e Bíblia") pela Universidade de Barcelona.
(Foto: Acervo Pessoal)

Bibliografia

BOTTÉRO, Jean. No princípio eram os deuses. São Paulo: Edições 70, 2006.
HAMURABI. O código de Hamurabi. Tradução de Emanuel Bouzon. Petrópolis: Vozes, 1976.
LIVERANI, Mario. Antigo Oriente: História, sociedade e economia. São Paulo: EDUSP, 2016.
SIN-LÉQI-UNNÍNNI. Epopeia de Gilgámesh: Ele que o abismo viu. Tradução de Jacyntho Lins Brandão. São Paulo: Autêntica, 2017.
ROAF, Michael Mesopotâmia. São Paulo: Folio, 2006.