Atividades

Fazer coletivo e a amplificação de vozes na comunicação de periferias

Curso Presencial
Decolonialidade na prática dos meios de comunicação

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Programa

Como as práticas de comunicação podem pensar, organizar e compor novas inteligências a partir da experiência e contribuição de múltiplos corpos que resistem contra a reprodução estrutural da violência, do racismo, da fome e injustiça social que tanto impacta a construção de um país chamado BRASIL? É possível a contribuição da comunicação no fazer coletivo da regeneração do tecido social?

A urgência de se pautar as questões essenciais para a restituição de humanidades negadas à centena de milhares de pessoas, faz premente a hora por práticas comunicacionais para além dos dispositivos clássicos e hegemônicos.

Entre os meios de comunicação de massa está a Rádio. A prática de rádio livre foi bastante difundida no Brasil entre os anos 1980 e a primeira década dos anos 2000 e atualmente vem se transformando.

Se as iniciativas brasileiras das primeiras décadas foram fortemente influenciadas pelo movimento europeu dos anos 1960 e 1970, influencia cuja principal marca são as visitas ao país realizadas pelo ativista e pensador Félix Guattari nos anos 1980, que preconizava a rádio livre como meio de expressão de vozes menores (aquelas dos grupos minoritários), nos anos 2000 as rádios livres brasileiras se apropriaram da internet, estabelecendo redes e rizomas em sintonia com as lutas anti-globalização.

A Internet ainda era um meio em construção que comportava relações de comunicação descentralizadas e o digital ao invés de substituir outras formas de comunicação e de linguagem foi mobilizado de maneira complementar: transmissão via FM e via streaming - o que possibilitou experiências de diálogo entre lugares (muitas vezes entre países diferentes) e dos chamados "arrastões" quando várias rádios de lugares diferentes retransmitiam uma mesma programação, a qual era produzida alternadamente por cada uma das rádios que transmitia.

Atualmente, diante da consolidação do acesso à Internet nas cidades, vemos a prática de rádio livre ressurgir em contextos não-urbanos e associados a povos e coletividades indígenas e tradicionais, os quais a exploram não somente pela falta de conexão, mas por ser um meio baseado na oralidade.

Nesta conversa pretendemos processar algumas experiências de comunicações populares em diferentes contextos, um na Amazônia brasileira e outro na periferia de São Paulo visando pensar coletivamente como prática de comunicação, linguagem, gestão de infraestrutura tecnológica e ativação de vizinhanças, aprendizado, formação de comunidade se constituíram em torno deste conceito.

O intuito é, então, pensar como podemos aprender com essas experiências para construir o bem-viver em um mundo cada vez mais dependente e refém de plataformas digitais baseadas na Internet que engendram relações de comunicação controladas por corporações, alinhadas a sistemas de vigilância, submetidas a uma propaganda cada vez mais segmentada, das fake news e cujas estruturas os participantes, convertidos em usuárias, sequer podem saber como funcionam, quanto mais participar de sua gestão e construção.

Recomendamos o uso de máscara cobrindo nariz e boca.

Para ingressar nas unidades do Sesc no estado de São Paulo é necessário apresentar comprovante de vacinação contra Covid-19 (físico ou digital) e um documento com foto:

- Maiores de 12 anos devem apresentar o comprovante contendo as duas doses ou dose única da vacina.

-Crianças de 5 a 11 anos devem apresentar comprovante evidenciando uma dose (consulte o calendário e as orientações do município onde acontecerá a atividade).

*O acesso as unidades do Sesc estão sujeitas a legislação municipal em relação a Covid-19.

Se você necessita de recursos de acessibilidade, como tradução em Libras, solicite pelo e-mail centrodepesquisa.cpf@sescsp.org.br, após a conclusão e efetivação do pagamento da sua inscrição, com até 48 horas de antecedência do início da atividade.

As inscrições podem ser feitas a partir das 14h do dia 28/3, aqui no site do Centro de Pesquisa e Formação do Sesc. Após o início da atividade não é possível realizar inscrição. O cadastro é pessoal e intransferível.

O pagamento dever ser feito através do cartão de crédito, e trabalhamos com as bandeiras Visa, Mastercard, Elo e Hipercard.

** A declaração será enviada automaticamente em até 10 dias após a finalização da atividade e caso isso não ocorra, você poderá solicitar pelo e-mail: declaracao.cpf@sescsp.org.br

*** Havendo ainda disponibilidade de vagas para os cursos presenciais, as inscrições poderão ser feitas no dia do curso no Centro de Pesquisa e Formação.

(Foto: Rádio Floresta - Creative Commons)

Palestrantes

Chico Caminati

Chico Caminati

Professor do Departamento de Planejamento, Urbanismo e Ambiente da UNESP.
(Foto: Acervo Pessoal)

Nildo Reggae

Nildo Reggae

Músico e radialista popular. Acolhido pelo Capão Redondo desde sua chegada a São Paulo. Transformou as questões do bairro em luta cotidiana desde sua primeira experiência com rádio, divulgando os eventos culturais, esportivos, as diferentes temáticas da região.
(Foto: Acervo Pessoal)

Fran Araujo

Fran Araujo

Indígena, feminista e educomunicadora. Coordena a Rádio Floresta onde realiza o programa Banzeiro Cultural. É graduada em letras pela Universidade do Estado do Amazonas-UEA.
(Foto: Acervo Pessoal)

Data

24/05/2022 a 24/05/2022

Dias e Horários

Terça, 19h às 21h.

Curso Presencial

Inscrições a partir das 14h do dia 28/4, até o dia 24/5.
Enquanto houver vagas.

Local

Rua Dr. Plínio Barreto, 285 - 4º andar
Bela Vista - São Paulo.

Valores

Grátis

Inscreva-se agora