Curso Presencial
Direito à Folia Hoje: 10 Anos da Política Pública do Carnaval de Rua Paulistano

Programa

O carnaval de rua de São Paulo se tornou um dos maiores do Brasil. O crescimento do número de blocos e foliões foi exponencial desde 2013, quando uma política pública de cultura passou a ser implementada pela Prefeitura. Hoje, são mais de 600 desfiles e 15 milhões de pessoas nas ruas.

Dez anos se passaram. Diante da magnitude da festa, é preciso discutir como anda a política pública responsável por garantir o direito à folia e a liberdade dos foliões, sua atual dimensão cultural, problemas (novos e antigos), desafios trazidos pelo crescimento, questões políticas e urbanas, seu vetor econômico e sua perspectiva democrática.  O ciclo debaterá a atualização da agenda programática do carnaval de rua, abarcando opiniões de pesquisadores, ativistas e agentes importantes no processo.

Ele marca o pré-lançamento do livro “Direito à Folia”, de Guilherme Varella, publicado pela Editora Alameda, no início de 2024.

16/11, 16h às 18h
I. Carnaval de rua e nova (?) identidade cultural paulistana
Passados dez anos da implementação da política pública do carnaval de rua, com mais de 600 blocos e 15 milhões de foliões, o questionamento a ser fazer é: São Paulo definitivamente assimilou o ethos carnavalesco? A sociedade paulistana se envolve e se vê representada na festa ou a ela culturalmente se opõe? A festa se mostra hoje um espelho fidedigno da configuração identitária da cidade? Como se mostra, enfim, a configuração racial, social e territorial do carnaval?
Com Beth Beli, Juca Ferreira e Maria Rita Kehl.
Mediação: Guilherme Varella.

16/11, 19h às 21h
II. O direito à folia, o direito à cidade e a liberdade. E os outros direitos?
Como se compatibilizam o conjunto de direitos que asseguram a expressão cultural livre do carnaval no espaço público e os demais direitos da vida urbana, com o crescimento imenso da festa de rua? Como garantir seu espírito democrático, frente à escalada de repressão, opressão administrativa e cerco mercadológico?
Com Nabil Bonduki, Lira Alli e Fernanda Penteado Balera.
Mediação: Guilherme Varella.

17/11, 16h às 18h
III. Dinheiro e folia: economia criativa, arranjo comunitário e mercado
O carnaval é público, mas a conta é cara. Para pagá-la, o poder público tem recorrido ao patrocínio privado. Isso tem constituído um modelo de negócio para as empresas, maximizando seu espaço comercial e publicitário no espaço público. A tentativa de homogeneização da paisagem urbana, além das regras contratuais, passa a entrar em choque com a grande diversidade estética dos blocos e com o comércio local. Por outro lado, os coletivos se organizam de forma comunitária e geram uma importante dinâmica econômica na cidade. Com um carnaval imenso, é preciso debater como compatibilizar despesa pública, sanha mercadológica e economia carnavalesca.
Com Marcelo Coelho, Rogério Oliveira e Marina Frydberg.
Mediação: Guilherme Varella.

17/11, 19h às 21h
IV. São Paulo e Brasil: desafios comuns dos carnavais de rua das capitais
Ainda que com modelos e características culturais diferentes, diversos problemas comuns afligem os carnavais de rua das cidades brasileiras, algo sentido sobretudo por aquelas que passaram por processos análogos e relativamente recentes de retomada da festa, como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Nessa mesa, discutem-se os pontos comuns que o crescimento carnavalesco trouxe para as políticas públicas, os blocos e para a relação da festa com a sociedade.
Com Alessa, Paulo Vitor Ribeiro, PV e Rita Fernandes.
Mediação: Guilherme Varella.

Se você necessita de recursos de acessibilidade, como tradução em Libras, solicite pelo e-mail centrodepesquisa.cpf@sescsp.org.br, após a conclusão e efetivação do pagamento da sua inscrição, com até 48 horas de antecedência do início da atividade.

As inscrições podem ser feitas a partir das 14h do dia 27/10 no site do Centro de Pesquisa e Formação do Sesc ou presencialmente em qualquer unidade do Sesc São Paulo. Após o início da atividade não é possível realizar inscrição. O cadastro é pessoal e intransferível.

O pagamento pode ser feito através do cartão de crédito, débito ou em dinheiro. Trabalhamos com as bandeiras Visa, Mastercard, Elo e Hipercard.

Ao término do curso, você poderá solicitar sua declaração de participação pelo e-mail declaracao.cpf@sescsp.org.br
A declaração será encaminhada em até 30 dias

O cancelamento poderá ser realizado com até 48 horas antes do início da atividade, por email: centrodepesquisa.cpf@sescsp.org.br

(Foto: Fábio Picarelli)

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