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Qual o lugar da arte feminista no Brasil?

Elogio ao toque ou como falar de arte feminista à brasileira

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Programa

Condições especiais de atendimento, como tradução em libras, devem ser informadas por email ou telefone, com até 48 horas de antecedência do início da atividade.
centrodepesquisaeformacao@sescsp.org.br / 11 3254-5600

Palestra voltada para a apresentação da tese que nasceu da percepção de ainda haver certo tipo de receio por parte de profissionais liberais, políticas, intelectuais brasileiras para sustentar pública e abertamente a associação de seus nomes às causas feministas.

Tal desconforto parece se transferir também para o discurso artístico, tanto crítico quanto poético.

Tal afastamento entre as palavras arte e feminismo tem sido justificado, eventualmente, pela impressão de o campo das artes plásticas brasileiras não ter sido acometido pelo "mal da discriminação sexual".

Diferentemente, por exemplo, do que teria ocorrido nos Estados Unidos, onde o Expressionismo Abstrato foi construído com nomes masculinos, aqui, Lygia Clark e Lygia Pape estariam dentre as figuras mais marcantes do Neoconcretismo; e, para voltar ainda mais na história, Tarsila do Amaral e Anita Malfatti, do Movimento Antropofágico.

Apresentam-se, então, oportunamente as seguintes indagações: por que não há no Brasil sensibilização a respeito da temática feminista nas artes plásticas, a exemplo do que ocorre no contexto norte-americano, ainda que qualquer sobrevôo aleatório sobre coleções privadas e acervos públicos de arte brasileira revelem a desproporção numérica aguda entre homens e mulheres que se inseriram e se consolidaram historicamente em nosso circuito de arte?

Quais as linhas discursivas e como estão tramadas para alimentar o mito da democracia sexual e racial da sociedade brasileira?

Quais forças estão agenciadas em nosso país para manter o termo feminista apartado dos centros de produção de conhecimento, incipiente nas produções bibliográficas e esvaziado nos debates públicos a ponto de mantê-lo brumuroso o suficiente para ainda sofrer tamanha recusa?

A partir de tais provocações propõe-se a ideia de que o fato de uma artista rejeitar a associação de seu nome ao feminismo não deve significar ausência de influência das demandas políticas feministas ou dos debates da teoria feminista em sua obra.

Nessa direção, por conseguinte, pretende-se abrir espaço a uma perspectiva que possibilite pensar uma "arte feminista à brasileira".

As inscrições pela internet podem ser realizadas até um dia antes do início da atividade. Após esse período, caso ainda haja vagas, é possível se inscrever pessoalmente em todas as unidades. Após o início da atividade não é possível realizar inscrição.

(Foto: Capa do livro "Elogio ao toque ou como falar de arte feminista à brasileira")

Palestrantes

Roberta Barros

Roberta Barros

Artista visual e pesquisadora, autora do livro “Elogio ao toque: ou como falar de arte feminista à brasileira” (2014).
(Foto: Acervo Pessoal)

Data

24/08/2017 a 24/08/2017

Dias e Horários

Quinta, 19h às 21h

As inscrições podem ser feitas a partir de 25 de julho às 14h, aqui no site do Centro de Pesquisa e Formação ou nas Unidades do Sesc em São Paulo.

Local

Rua Dr. Plínio Barreto, 285 - 4º andar
Bela Vista - São Paulo.

Valores

Grátis

Inscreva-se agora