Atividades

A quebrada indígena, preta e nordestina

Curso Presencial
Estéticas das periferias: semeando o futuro e revelando o passado

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Programa

O Ciclo de debates, dentro do contexto do Encontro Estéticas das Periferias, mergulhará profundamente nas raízes da favela para ilustrar como o encontro de lutas e imaginários dos povos indígenas, negros e nordestinos moldou culturalmente as comunidades periféricas de São Paulo.

Para enriquecer o diálogo, foram convidados representantes das etnias Kariri do sertão da Paraíba, Pankararus e Xucurus de Pernambuco, Potiguaras do Rio Grande do Norte e Guayanas de São Paulo.

Dia 28/8
Mesa 1. Demarcando a Arte
A arte sempre foi uma poderosa aliada da população indígena, nordestina e preta nas favelas de São Paulo. Quem vive nesses territórios culturalmente ricos certamente conhece um bar especializado em gastronomia nordestina, uma animada festa de forró, uma intensa batalha de rap, ou um envolvente samba entre outras manifestações. Em face do apagamento dessas manifestações culturais, a proposta da mesa é explorar como as tradições e lutas dessas comunidades continuam vibrantes através de diversas formas de expressão artística que anunciam novas utopias e insurgências.
Com Souto MC e Danirampe.
Mediação de Ayra Kopém.

Mesa 2.  Segurando o céu: A encantaria que protege o território, corpo e espírito
Nas favelas de São Paulo, os povos originários mantêm suas tradições a despeito de séculos de perseguição e violência. Esta mesa pretende refletir sobre as permanências dessa cultura ancestral visibilizando pessoas que são benzedeiros e benzedeiras, rezadores e sobre a contribuição indígena em religiões como umbanda.
Com Casé Angatu e Amanda Pankararu.
Mediação de Caynã Licó.

Dia 29/8
Mesa 3. Produção: Preservando o Passado Tecendo o Futuro
Nesta mesa, exploraremos como a arte serve como ferramenta de luta, começando pelos bastidores dos palcos e destacando a força e a resiliência dos produtores culturais que trabalham com e para pessoas pretas, indígenas e periféricas. Esse trabalho demanda uma gestão sensível e profunda, que considera a subjetividade e as particularidades das comunidades que representam.
Com Eliane Dias, Day Moreira.
Mediação de Diego Ferreira.

Mesa 4. O Futuro é Ancestral
Esta terra, chamada Brasil pelos invasores foi palco de políticas destinadas a apagar a população nativa e a branquear a população preta. Termos como pardo, mestiço, caboclo, caiçara, caipira e outros foram criados para embranquecer nossas raízes e nossa verdadeira identidade. Através da ampla visibilidade midiática e posicionamentos de artistas, produtores e compositores, testemunhamos uma narrativa que possibilita a cura das dores do passado, o fortalecimento da autoestima no presente e a construção de um futuro marcado pelo respeito e pelo reconhecimento da luta de nossos antepassados, fortalecendo o sentido do conceito “futuro ancestral”.
Com Wescritor e Cris SNJ.
Mediação de Naia Vitória.

As inscrições podem ser feitas a partir das 14h do dia 25/7 no site do Centro de Pesquisa e Formação do Sesc, através do app ou presencialmente em qualquer unidade do Sesc São Paulo. Após o início da atividade não é possível realizar inscrição. O cadastro é pessoal e intransferível.

O pagamento pode ser feito através do cartão de crédito, débito ou em dinheiro. Trabalhamos com as bandeiras Visa, Mastercard, Elo e Hipercard.

Ao término do curso, você poderá solicitar sua declaração de participação pelo e-mail declaracao.cpf@sescsp.org.br
A declaração será encaminhada em até 30 dias

O cancelamento poderá ser realizado com até 48 horas antes do início da atividade, por email: centrodepesquisa.cpf@sescsp.org.br

(Arte: Divulgação)

Palestrantes

Casé Angatu

Casé Angatu

Indígena Xucuru morador no Território Tupinambá em Olivença (Ilhéus/BA). Docente na UESC/Ilhéus/BA e no Programa de Pós-Graduação em Ensino e Relações Étnico-Raciais da UFSB. Pós-Doutorado em Psicologia na UNESP/Assis; Doutor pela FAU/USP; Mestre História PUC/SP; Historiador pela UNESP.
(Foto: Acervo Pessoal)

Ayra kopém

Ayra kopém

Indígena Guaianá. Multiartista. Em seu trabalho busca comunicar pautas como: crise climática, floresta, movimento indígena, espiritualidade, e o corre de quem vem da quebrada, exaltando a narrativa originária como ferramenta de autoestima e quebra de estereótipos.
(Foto: Acervo Pessoal)

Danirampe

Danirampe

Artista e educadora. Filha de tapuyas cearenses migrantes, reside em São Paulo. É graduada em artes visuais. Produz ilustrações, videoarte, grafitte, lambe-lambe e realiza pintura sobre fotografias antigas como linguagem autoral para investigar identidade, memória e autoestima em uma perspectiva contracolonial.
(Foto: Acervo Pessoal)

Caynã Licó

Caynã Licó

Indígena Pankararu, Graduando em História pela PUC-SP. Conselheiro Gestor representando os Indígenas Pankararu na Unidade Básica Saúde Dr Paulo Mangabeira Filho. Palestrante nos temas Saúde e Segurança Alimentar para povos Indígenas em situação de Urbanidade.
(Foto: Acervo Pessoal)

Amanda Pankararu

Amanda Pankararu

Indígena Pankararu em contexto urbano formada em Serviço Social pela PUC-SP. Especialista em Direitos Humanos, Diversidade e Violência pela UFABC. Mestra em Humanidades Direitos e Outras Legitimidades pelo Programa Diversitas da USP. Coordenadora no Centro de Referência de Atendimento à Mulher em Situação de Violência Doméstica-Casa Beth Lobo.
(Foto: Acervo Pessoal)

Diego Ferreira

Diego Ferreira

Especialista em Gestão Cultural, Articulador, Produtor Cultural e Musical. Formado em Administração de Empresas, Sociologia e Política e Produção Musical. Gerente da Fábrica de Cultura de Diadema, sócio fundador da RUA Consultoria sócio-cultural, relações comerciais do rapper Edi Rock, Consultor de Impacto Social Ifood Brasil.
(Foto: Acervo Pessoal)

Eliane Dias

Eliane Dias

Mãe, Advogada com MBA Gestão de Negócios pela FGV, pós-graduada em Direito Autoral pela FGV e fomentada em Direito Tributário pela Universidade Mackenzie. Empresária no ramo do Show Business, Management de grandes artistas.
(Foto: Acervo Pessoal)

Day Moreira

Day Moreira

Mãe, indígena em retomada Tabajara, moradora da ZN-SP. É historiadora, produtora cultural e articuladora territorial. Co-organizadora da ocupação Casa Cultural Hip Hop Jaçanã. Militante das causas indígenas, pela educação pública e culturas periféricas.
(Foto: Acervo Pessoal)

Naia Vitória

Naia Vitória

Kariri, cientista social pela UFSCAR, produtora e gerente de comunicação da Plataforma de Direitos Humanos Dhesca Brasil. Sua família ocupou uma terra na serra da Cantareira que hoje é a favela dos sem-terra do Pery Alto.
(Foto: Acervo Pessoal)

Wescritor

Wescritor

Rapper, ator, poeta, diretor artístico e compositor. Indígena do Povo Tupinambá de Olivença. É dono do Selo Artístico Palavrando, onde produz e distribui todos seus trabalhos artísticos e de outros artistas da cena.
(Foto: Acervo Pessoal)

Cris SNJ

Cris SNJ

Fundadora e uma das principais vozes do grupo SNJ - Somos Nós a Justiça. Utiliza seu corpo, sua voz e suas letras para fazer denúncias sociais e construir caminhos onde o respeito, a disciplina e a consciência são norteadores.
(Foto: Acervo Pessoal)

Souto MC

Souto MC

Rapper brasileira cuja jornada musical começou em 2008/2009, influenciada pelo RAP em Itaquaquecetuba. Em 2010/2011, mudou-se para São Paulo, mergulhando no cenário do RAP. Em 2014, gravou seu primeiro single "Redenção". Em 2019, lançou seu álbum de estreia "Ritual", abordando a retomada indígena. Participou de projetos como "Poetas no Topo 3.3" e “Poetisas no Topo”. Em 2024, lança "Flow Marginal", marcando uma nova fase em sua trajetória no RAP nacional.
(Foto: Acervo Pessoal)

Data

28/08/2024 a 29/08/2024

Dias e Horários

Quarta e Quinta, 16h às 19h.

Curso Presencial

Inscrições a partir das 14h do dia 25/7, até o dia 28/8.
Enquanto houver vagas.

Local

Rua Dr. Plínio Barreto, 285 - 4º andar
Bela Vista - São Paulo.

Valores

R$ 15,00 - credencial plena: trabalhador do comércio de bens, serviços e turismo matriculado no Sesc e dependentes
R$ 25,00 - pessoa com mais de 60 anos, pessoa com deficiência, estudante e professor da rede pública com comprovante
R$ 50,00 - inteira

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