Exercícios Curatoriais
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A curadoria, área de atuação que se consolidou gradualmente entre as décadas de 1960 e 1990, é amplamente reconhecida como campo de conhecimento efetivo no sistema da arte. No caso brasileiro, muitos dos profissionais em atuação possuem formação em outras áreas (história, arte, comunicação, arquitetura...) e podem ser considerados autodidatas no que tange à curadoria. Isso gera certo legado e também alguma dúvida sobre como podem constituir-se espaços de formação e aprofundamento nesse assunto.
Dirigido aos profissionais, pesquisadores e estudantes interessados em práticas curatoriais, o curso Exercícios Curatoriais propõe uma oportunidade de imersão em reflexões e exercícios do campo da curadoria, constituindo um processo de formação dos participantes que atuam ou pretendem atuar na área ou em processos relacionados.
Realizado pelo Centro de Pesquisa e Formação do Sesc São Paulo em parceira com a Escola Entrópica, o curso baseia-se na experimentação como motor para a pesquisa e discussão contínua, criando uma plataforma de amadurecimento individual e coletivo de processos que vão da escrita e leitura até o desenvolvimento de projetos curatoriais.
Parte-se do princípio de que os saberes, conceitos e metodologias da curadoria são construídos junto ao contato com obras, artistas, públicos e contextos e não podem ser formatados como um conteúdo idealizado antecipadamente.
O curso se desenvolverá em 16 encontros, que combinam exercícios, pesquisas, leituras e seminários e organizam-se em três eixos:
Laboratório Contínuo:
Aulas direcionadas à prática de exercícios textuais reflexivos em que pesquisa, crítica, criação e proposição curatorial serão trabalhados de forma combinada e com acompanhamento continuado.
Leituras Compartilhadas:
Aulas direcionadas à formação teórica, histórica e crítica dos participantes, fundamentais para o aprofundamento dos temas discutidos durante o curso.
Seminários:
Encontros com artistas, curadores e profissionais ligados à área curatorial.
Os encontros serão distribuídos ao longo de três meses e neles diversos aspectos dos projetos curatoriais serão discutidos e praticados, com uma atenção especial à importância dos lugares e contextos para a definição e desenvolvimento dos projetos curatoriais.
Inscrições para o processo seletivo: encerradas.
(Crédito: Tomie Ohtake, Sem título, 1969)
Palestrantes
Paulo Miyada
Moacir dos Anjos
Pesquisador da Fundação Joaquim Nabuco, no Recife, onde coordena, desde 2009, o projeto de exposições Política da Arte. Foi diretor do Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães - MAMAM (2001-2006), Recife, e pesquisador visitante no centro de pesquisa TrAIN - Transnational Art, Identity and Nation, University of the Arts London (2008-2009). Foi curador do pavilhão brasileiro (Artur Barrio) na 54ª Bienal de Veneza (2011), curador da 29ª Bienal de São Paulo (2010), co-curador da 6ª Bienal do Mercosul, Porto Alegre (2007), e curador do 30º Panorama da Arte Brasileira, Museu de Arte Moderna (2007), São Paulo.
(Foto: Acervo Pessoal)
Galciani Neves
Professora, curadora e doutora em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP. Trabalhou na Fundação Bienal de São Paulo, no Instituto Tomie Ohtake e no MuBE.
(Foto: Camila Rivereto)
Gabriel Zacarias
Professor de História da Arte da Universidade Estadual de Campinas. Possui pós-doutorado pela Universidade de São Paulo e pela École des Hautes Études en Sciences Sociales. Foi bolsista do programa Erasmus Mundus da União Europeia nos níveis de Mestrado e Doutorado, estudando nas universidades de Bergamo e Bolonha, na Itália, e nas universidades de Estrasburgo, Perpignan e Paris 10, na França. É membro do comitê editorial da revista Marges, revue d'art contemporain, editada pela Universidade de Paris 8.
Jorge Menna Barreto
Artista e pesquisador. Há 20 anos deixa que o lugar determine aquilo que irá construir e, mais recentemente, o que irá comer. É professor no Instituto de Artes da UERJ e doutor em Poéticas Visuais em Artes pela USP (2012). Desde sua pesquisa de pós-doutorado na UDESC (2014), tem investigado relações possíveis entre agroecologia e as práticas site-specific em arte. Em 2016 participou da 32a Bienal de São Paulo com a obra RESTAURO: Escultura Ambiental.
Nuno Ramos
Artista plástico e escritor. Podemos encontrar em sua produção gravuras, pinturas, instalações, vídeos, canções e, mais recentemente, trabalhos que pressupõem transmissão ao vivo pela internet.
(Foto: Eduardo Ortega)
Data
04/09/2017 a 02/12/2017
Dias e Horários
Segundas, 10h às 13h
Sábados (16/09, 07/10, 11/11 e 02/12), 14h às 18h