Programa
Na hipermodernidade que delimita o humano aos cyberspaces e onde as diferenças são sentidas como indiferentes, se faz necessário vivenciar experiências de inclusão, interação e acessibilidade pelo viés da diversidade, alteridade, pluralidade e equidade éticas e cidadãs.
Visando dar conta da complexidade referida aos ‘con-tactos' como âmbito da sensibilidade sensória que formam, informam e transformam as percepções de Presença-Ser dos indivíduos e Pertença-Estar dos coletivos, este curso propõe as bases teórico-práticas sobre o ócio como linguagem de expressão dos mundos internos e externos vivenciados por deficientes visuais e pessoas em geral. Concebido a partir de pesquisas de Pós-Doutorado em Estudos Culturais pela Universidade de Aveiro-Portugal, está alicerçado em três pilares: primeiro, na valorização do ócio inclusivo que incentiva às aprendizagens colaborativas e autonomias pessoal e comunitária; segundo, na garantia de direitos e exercício da cidadania e pela superação do conceito de (a)normalidade; e terceiro, na quebra de paradigma do ‘não toque' das obras artísticas.
Faz parte do curso a experiência tátil de telas, esculturas e tapetes sensoriais da artista Eni D'Carvalho, que poderão ser tocadas por deficientes visuais e pessoas em geral usando venda escura para os olhos, proporcionando a vivência e integração de sentidos da arte inclusiva, interativa e acessível a todos.
Em tempos e espaços submetidos à cybersnect é vital reconhecer a pertinência do Ócio inclusivo pela vivência sensorial da Arte Táctil (pinturas e esculturas texturizadas/3D) que oportunizam ‘tocar com as mãos, sentir com a alma e ver com o coração' pois o ‘essencial é invisível aos olhos'.
As inscrições pela internet podem ser realizadas até um dia antes do início da atividade. Após esse período, caso ainda haja vagas, é possível se inscrever pessoalmente em todas as unidades. Após o início da atividade não é possível realizar inscrição. O cadastro é pessoal e intransferível.
Se você necessita de recursos de acessibilidade, como tradução em Libras, audiodescrição, entre outros, solicite por e-mail ou telefone, com até 48 horas de antecedência do início da atividade. centrodepesquisaeformacao@sescsp.org.br / 11 3254-5600
(Foto: Divulgação)
Palestrantes
Bibliografia
BAND, S., LAURENTI, R. (2002). Sesc para todos: há mais de 20 anos um exemplo de inclusão social. Sentidos, São Paulo, ano 1, n. 5, p. 34-36, maio.
BASSO, T. e PUSTILNIK, A. (2017). Corporificando a consciência. Teoria e prática da dinâmica energética do psiquismo. São Paulo: Instituto de Cultura para o Desenvolvimento e Educação Permanente.
CSIKSZENTMIHALYI, M. (2005). Fluir (Flow). Una psicología de la felicidad. Trad.
Penuria López. Barcelona: Editorial Kairós.
CUENCA CABEZA, M. (2006). Ocio humanista: dimensiones y manifestaciones actuales del ocio. Documentos de Estudios de Ocio. Bilbao: Ed. Universidad de Deusto.
FRANKL, V. (1979). El hombre en busca de sentido. Barcelona: Herder Editorial.
LIPOVETSKY, G. (2006). Los tiempos hipermodernos. Barcelona: Editorial Anagrama.
MERLEAU-PONTY, M. (1975) O olho e o espírito (Coleção Pensadores, Textos Escolhido XLI) (P. Moraes Filho, Trad.) São Paulo: Abril Cultural. (Originalmente publicado em francês em 1960).
ORMELEZI, E. (2000). Os caminhos da aquisição do conhecimento e a cegueira: do universo do corpo ao universo simbólico. Dissertação de Mestrado, Universidade de São Paulo, São Paulo.
SÁ, E. (2002) A bengala e a mulher invisível. Em Masini, E.F.S. Do sentido... pelos sentidos... para o sentido: sentidos das pessoas com deficiências sensoriais. (pp.27-32) Niterói/ São Paulo: Intertexto/Vetor.
SALOMON, S. M. (2000) Deficiente visual - um novo sentido de vida: proposta psicopedagógica para ampliação da visão reduzida. SP:Ltr.