Florestidade e comunicação - Porque e como se comunica na floresta
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Os diferentes contextos territoriais e culturais convocam a necessidade da diversidade de comunicação, especialmente quando se fala para os povos e cuidado com floresta. Esta mesa de debate discute a importância de um lugar de fala na e para a floresta através de apropriação tecnológica e como esse processo pode colaborar com a produção do bem viver na contemporaneidade.
Será abordada a memória e a experiência viva de alguns projetos que exercem hoje em dia a expressão de vozes menores, aquilo que preconizava o filósofo Félix Guattari como potência para política minoritária, esta que ser faz cada vez mais necessária em um mundo globalizado e que sucumbe em mudanças climáticas, desmatamento e não convivência harmônica com a natureza. São eles:
Rádio Floresta é uma rádio na Amazônia Brasileira que se coloca como é dispositivo político e afetivo de contato, intercâmbio e aprendizagem coletiva, de educomunicação a partir de uma frequência modular no espectro eletromagnético onde proliferam e convivem em harmonia diversas e diferentes vozes, tal qual acontece na floresta. Está localizada no longínquo município de Careiro Castanho no estado do Amazonas. É conduzida por um grupo de jovens com faixa etária de 18 e 29 anos vindos de comunidades tradicionais daquele território. São jovens que encontraram na comunicação uma forma de difundir informações com suas comunidades, produzindo através da rádio um "corpo comum" onde pessoas engajadas em lutas potencializam suas vozes, os trabalhos que já desenvolvem, e experimentam uma escuta ativa.
Rádio Yandê, é uma rádio indígena que transmite música, educação, entretenimento e notícias. Além das músicas tradicionais, os povos indígenas produzem uma diversidade de estilos musicais. Eles cantam rap, rock, dub, MPB, forró, sertanejo e muito mais. São diferentes nações, línguas e etnias juntas, mostrando ao mundo a diversidade cultural da música indígena. Os artistas indígenas encontram na Web Rádio Yandê o lugar para proliferação da etnomídia indígena, para comunicação e convergência de mídias.
As inscrições pela internet podem ser realizadas até um dia antes do início da atividade. Após esse período, caso ainda haja vagas, é possível se inscrever pessoalmente em todas as unidades. Após o início da atividade não é possível realizar inscrição. O cadastro é pessoal e intransferível.
Se você necessita de recursos de acessibilidade, como tradução em Libras, audiodescrição, entre outros, solicite por e-mail ou telefone, com até 48 horas de antecedência do início da atividade. centrodepesquisaeformacao@sescsp.org.br / 11 3254-5600
(Foto: Rádio Floresta)
Palestrantes
Paulo José Lara
Midiativista e pesquisador. Doutor em política pelo Centro de estudos culturais da Goldsmiths College, Londres. Mestre em sociologia e graduado em ciência política pela Unicamp. É membro da rede LAVITS e assessor do programa de direitos digitais da ONG ARTIGO19 Brasil.
(Foto: Acervo Pessoal)
Anàpuáka Muniz Tupinambá Hã hã hãe
Indígena da etnia Tupinambá e Pataxó Hã-hã-hãe e graduado em Gestão em Marketing. É educomunicador e membro da rádio Yandé. Membro e idealizador da Rede de Cultura Digital Indígena e Coordenador e idealizador da Web Brasil Indígena.
(Foto: Juliana Almeida)
Huanderson Silva
Ribeirinho e vive no Careiro Castanho, cidade dentro da floresta amazônica no estado de Manaus. Tem 19 anos e é educomunicador. Está à frente com outros jovens no desenvolvimento das atividades da Rádio Floresta, uma rádio comunitária que funciona na Casa do Rio, organização sem fins lucrativos que fomenta educação integral e o cuidado com a floresta amazônica.
(Foto: Acervo Pessoal)
Jonys Augusto de Moraes
Ribeirinho e vive no Careiro Castanho, cidade dentro da floresta amazônica no estado de Manaus. Tem 18 anos e é educomunicador. Apresenta o programa Jovens da Amazônia na Radio Floresta, uma rádio comunitária que funciona na Casa do Rio, organização sem fins lucrativos que fomenta educação integral e o cuidado com a floresta amazônica.
(Foto: Acervo Pessoal)
Data
21/11/2019 a 21/11/2019
Dias e Horários
Quinta, 15h às 17h.
As inscrições podem ser feitas a partir de 29 de outubro, às 14h, aqui no site do Centro de Pesquisa e Formação ou nas Unidades do Sesc em São Paulo.