Formação de Atenção à Saúde numa Perspectiva Feminista
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Programa
A ginecologia carrega um forte machismo estrutural em seu aparecimento e em sua história, por ser uma especialidade que cuidava e cuida da "diferença" que as mulheres representam quando comparadas aos homens: suas alterações de humor, instabilidade psíquica e sexual e um corpo visto sempre como defeituoso e que precisava e precisa de correções para funcionar para a maternidade.
O objetivo é fortalecer a autonomia e auto-conhecimento das mulheres na assistência, oferecendo informação de qualidade para que as mulheres possam negociar de forma mais horizontal com seus cuidadores, oferecer escolha livre e esclarecida sobre os métodos contraceptivos, ampliar o conceito de saúde das mulheres para além do sistema "reprodutor", orientar sobre formas de auto-cuidado que envolvam medicina doce (fitoterapia, por exemplo), formar multiplicadoras e militar acerca de todas essas questões.
Acreditamos que a experiência da vivência de oficinas, auto-exame e acesso a informação é o que possibilita construir um cuidado numa perspectiva feminista. Além disso, incorporar a medicina baseada em evidências e promover a desmedicalização do corpo das mulheres, que sofrem diariamente com rotinas ginecológicas muitas vezes abusivas, aumentando seu risco de intervenções desnecessárias sem acrescentar necessariamente o benefício que se espera.
As inscrições pela internet podem ser realizadas até um dia antes do início da atividade. Após esse período, caso ainda haja vagas, é possível se inscrever pessoalmente em todas as unidades. Após o início da atividade não é possível realizar inscrição.
Se você necessita de recursos de acessibilidade, como tradução em Libras, audiodescrição, entre outros, solicite por e-mail ou telefone, com até 48 horas de antecedência do início da atividade. centrodepesquisaeformacao@sescsp.org.br / 11 3254-5600
(Foto: Ariele Bonte)
Palestrantes

Luiza Magalhães Cadioli
Médica de família e comunidade com residência pela USP, trabalha no Coletivo Feminista Sexualidade e Saúde há 4 anos e em uma UBS em São Paulo com atendimentos pela estratégia de saúde da família. É Apaixonada por pessoas e acredita que a comunicação de qualidade aliada a boas evidências científicas são importantes para um bom cuidado.
(Foto: Acervo Pessoal)

Aline Oliveira
Médica de família e comunidade pela USP. Trabalha no Coletivo Feminista Sexualidade e Saúde desde 2016, em uma equipe de saúde da família na zona Oeste de São Paulo e no Hospital Sírio Libanês.
(Foto: Acervo Pessoal)
Data
10/01/2019 a 31/01/2019
Dias e Horários
Quintas, 19h30 às 21h30.
As inscrições podem ser feitas a partir de 19 de Dezembro, às 14h, aqui no site do Centro de Pesquisa e Formação ou nas Unidades do Sesc em São Paulo.