Curso Presencial
Fórum Internacional de Diplomacia Cultural e Cooperação Internacional
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Programa
Encontros presenciais com especialistas brasileiros e representantes de entidades internacionais ou multilaterais para aprofundar o tema das relações e da cooperação internacional no marco das políticas e iniciativas da área cultural. O programa oferece um referencial conceitual e prático para futuros programas de cooperação cultural no Brasil.
A atividade está estruturada em quatro eixos temáticos: diplomacia cultural e mediação de conflitos; cooperação no âmbito público; agendas globais de cultura e intercâmbios; e diálogos artístico-culturais.
Os debates devem gerar uma publicação sobre o tema.
Programa
3 de outubro
19h30
Abertura: A cooperação cultural internacional como pilar da alteridade e do respei-to às diferenças culturais
Inspiração: "O propósito da vida é abordar com uma canção qualquer coisa que encontrarmos pela frente."- Ditado sioux.
Não seria essa a aposta da cooperação cultural? A abertura cumpre o propósito de apresentar os diferenciais que marcam as relações internacionais quando ela é estabelecida pela cultura e seus principais desafios na atualidade.
Convidados:
Danilo Santos de Miranda (Brasil).
Paulo Pires do Vale (Portugal).
Diálogos
4 de outubro
Das 11h às 12h30
Encontro 1- Diplomacia e Mediação Cultural em tempos de conflitos
Inspiração: "Pelo amor de Deus, abram o universo um pouco mais" - Saul Below.
O desafio do sistema de governança global para colocar em prática uma cultura de convivência pacífica. A cultura como pilar dos direitos humanos. O papel da diplomacia cultural na mediação de conflitos. As artes como valor da cooperação entre os povos e como instrumento de relações internacionais. A política de cancelamentos culturais, como a adotada por alguns países, institui-ções culturais e grupos identitários diversos, não desestabiliza os princípios defendidos pelos documentos e acordos internacionais de cultura?
Convidados
Irene Vida Gala (Brasil)
Michel Gherman (Brasil/Israel)
Marta Porto (Brasil)
5 de outubro
Das 11h às 12h30
Encontro 2 – Agendas globais, identidades culturais e a contribuição do Brasil
Inspiração: “O povo da mercadoria precisa dizer sim a outras formas de existência” - Davi Kopenawa
Vivemos um tempo em que o medo, a desesperança e as incertezas contribuem para colapsar a nossa visão de futuro. Uma porcentagem cada vez maior da população mundial vive sob o risco da fome, da violência e da insegurança social. Muitas culturas estão sob ameaça diária de sobre-vivência e mesmo extinção. As agendas globais tais como as definidas hoje para enfrentar estes desafios da humanidade contribuem para promover as mudanças culturais que o mundo necessi-ta? Quais as novas visões de mundo que podem servir de inspiração para uma transformação dos paradigmas culturais que estabelecem essas agendas?
Convidados
Daniel Munduruku (Brasil)
Leda Martins (Brasil)
Mário Lúcio Souza (Cabo Verde) – participação virtual
Mediação: Denise Baena (Brasil)
6 de outubro
Das 11h às 12h30
Encontro 3- As comunidades como protagonistas da cooperação cultural
Inspiração: “De que lugar se projetam os paraquedas? Do lugar onde são possíveis as visões e o sonho. Um outro lugar que a gente pode habitar além dessa terra dura (...)”- Ailton Krenak
As comunidades organizam no cotidiano um modo de vida que permite a milhões de pessoas sentirem-se parte da vida cultural. Isso leva à promoção de novas noções de convivência e de categorias de cooperação cultural. Quais noções e categorias são essas que projetam uma perspectiva renovada para cooperação cultural internacional? Que experiências e estudos de caso as comunidades latino-americanas nos trazem como inspiração?
Convidados
Andrés Gribnicow (Argentina)
Clara Mónica Zapata (Colômbia)
Renata Bittencourt (Brasil)
Mediação: Maria Helena Cunha (Brasil)
7 de outubro
Das 11h às 12h30
Encontro 4 – Intercâmbios e diálogos culturais por iniciativas artísticas
Inspiração: “Orientada por um ancião do local, aproximo-me do lago sagrado andando para trás” - Gabi Ngcobo.
Artistas, instituições e programas culturais impulsionam, há décadas, os intercâmbios e diálogos culturais por vias institucionais ou por ações diretas. As políticas públicas podem aproveitar esse conhecimento, experiências e relações para promover uma cooperação mais dinâmica, contínua e com maior potencial de investimento. O que deve ser feito para estruturar uma política de apoio, fomento e expansão de intercâmbios culturais?
Convidados
Francisca Caporali (Brasil)
Laís Bodanzky (Brasil)
Mário Lopes (Brasil)
Mediação: Aurea Vieira (Brasil).
Recomendamos o uso de máscara cobrindo nariz e boca.
Se você necessita de recursos de acessibilidade, como tradução em Libras, solicite pelo e-mail centrodepesquisa.cpf@sescsp.org.br, após a conclusão e efetivação do pagamento da sua inscrição, com até 48 horas de antecedência do início da atividade.
As inscrições podem ser feitas a partir das 14h do dia 27/9 no site do Centro de Pesquisa e Formação do Sesc ou presencialmente em qualquer unidade do Sesc São Paulo. Após o início da atividade não é possível realizar inscrição. O cadastro é pessoal e intransferível.
O pagamento pode ser feito através do cartão de crédito, débito ou em dinheiro. Trabalhamos com as bandeiras Visa, Mastercard, Elo e Hipercard.
** Ao término do curso, você poderá solicitar sua declaração de participação pelo e-mail declaracao.cpf@sescsp.org.br
A declaração será encaminhada em até 30 dias
*** Havendo ainda disponibilidade de vagas para os cursos presenciais, as inscrições poderão ser feitas no dia do curso no Centro de Pesquisa e Formação.
O cancelamento poderá ser realizado com até 48 horas antes do início da atividade, por email: centrodepesquisa.cpf@sescsp.org.br
Palestrantes
Marta Porto
(Foto: Acervo Pessoal)
Renata Bittencourt
Doutora em História da Arte pela Unicamp.
(Foto: Acervo Pessoal)
Daniel Munduruku
Escritor e professor brasileiro. Pertence à etnia indígena Munduruku. Graduou-se em Filosofia, História e Psicologia pelo Centro Universitário Salesiano de São Paulo (UNISAL). Fez mestrado e doutorado em Educação na Universidade de São Paulo e pós-doutorado em Linguística na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Diretor-presidente do Instituto Uk'a - Casa dos Saberes Ancestrais. Autor de 54 obras, sendo a maioria classificada como literatura infanto-juvenil. Já recebeu vários prêmios no Brasil e no exterior: Prêmio Jabuti, da Academia Brasileira de Letras, Prêmio Érico Vanucci Mendes (CNPq), Tolerância (UNESCO).
(Foto: Acervo pessoal)
Maria Helena Cunha
(Foto: Gui Fernandes)
Denise de Souza Baena Segura
Gerente de Educação para Sustentabilidade e Cidadania no Sesc São Paulo. Mestre em Educação pela USP. Foi analista de recursos ambientais da Secretaria de Meio Ambiente do Estado de São Paulo e pesquisadora de políticas públicas de Meio Ambiente e Cidadania do Centro de Estudos da Cultura Contemporânea (CEDEC).
(Foto: Acervo Pessoal)
Paulo Pires do Vale
Filósofo, professor universitário, ensaísta e curador. Foi presidente da Associação Internacional de Críticos de Arte de Portugal entre 2015 e 2019. É o Comissário do Plano Nacional das Artes de Portugal (2019-2029).
(Foto: Acervo Pessoal)
Michel Gherman
Mestre em Sociologia e Antropologia pela Universidade Hebraica de Jerusalém e doutor em História Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Docente adjunto na Universidade Federal do Rio de Janeiro, UFRJ. Pesquisador do Centro Vidal Sassoon para Estudos do Antissemitismo da Universidade Hebraica de Jerusalém. Diretor acadêmico do Instituto Brasil-Israel.
(Foto: Acervo Pessoal)
Irene Vida Gala
Diplomata, com 37 anos de carreira, e atualmente ocupa o cargo de Subchefe do Escritório de Representação do Itamaraty em São Paulo. Especializou-se nas relações do Brasil com países do continente africano e publicou um livro intitulado Política Externa como Ação Afirmativa. Projeto e Ação do Governo Lula na África - 2003/2006. Em 2018-2019, ministrou o curso de Estudos Regionais África na ESPM, onde criou o grupo de estudos sobre o continente. Tem feito palestras e escrito artigos em que aborda temas sobre África contemporânea, relações Brasil - África e sua relação com o racismo no Brasil. Ela serviu em postos no continente africano, bem como na Missão do Brasil na ONU e no Consulado do Brasil em Roma, entre outros. Foi Embaixadora do Brasil em Gana, entre 2011 e 2017. No ERESP, lançou o Projeto MONUEM - ERESP, com o propósito de levar simulações do Modelo ONU a alunos da escola pública de São Paulo.
(Foto: Acervo Pessoal)
Andrés Gribnicow
Licenciado em Gestão da Arte e da Cultura (Universidad Nacional de Tres de Febrero). Atualmente exerce o cargo de Diretor Executivo da Associação dos Amigos do Museu Nacional de Bellas Artes, Argentina. Realiza informes sobre indústrias criativas para organismos internacionais como BID, SEGIB e OEI. Professor da Universidad de San Andrés, Universidad Austral de Argentina e Universidad Jorge Tadeo Lozano de Bogotá. Foi Secretário de Cultura e Criatividade (2017 - 2019) e Subsecretário de Economia Criativa (2015-2017) do Ministério de Cultura da Nação Argentina, Secretário de Cultura e Turismo da cidade de Vicente López (2014 - 2015), entre outros cargos.
(Foto: Acervo Pessoal)
Aurea Vieira
Gerente de Relações Internacionais do Sesc São Paulo. É licenciada em Filosofia e pós-graduada em Gestão Cultural pela FGV. Entre 2008 e 2009 coordenou o Ano da França no Brasil. Faz parte do Conselho da ISPA (International Society for Performing Arts) desde 2010; do Instituto pelo Diálogo Intercultural, da Diretoria da Aliança Francesa e do Conselho do Instituto Tomie Ohtake. Foi condecorada com a medalha de Chevalier des Arts et des Lettres em 2011 e com a medalha de Chevalier de la Légion d’Honneur em 2017, ambas agraciadas pelo Governo da República Francesa. Em 2018 recebeu as insígnias no grau de Oficial da Ordem de Rio Branco.
(Foto: Acervo Pessoal)
Laís Bodanzky
(Foto: Acervo Pessoal)
Leda Maria Martins
Poeta, ensaísta, dramaturga e professora. Doutora em Letras/ Literatura Comparada pela Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG (1991) e Mestre em Artes pela Indiana University, Estados Unidos (1981), com pós-doutorados em Performances Studies pela New York University, Tisch School of the Arts (1999-2009), e em Performance e Ritos pela Universidade Federal Fluminense – UFF (2000). Foi professora da Universidade Federal de Minas Gerais, de 1993 a 2018, aposentada em 2018; da Universidade Federal de Ouro Preto de 1982 a 1992 e professora visitante da Tisch School of the Arts em 2010, além de Diretora de Ação Cultural da UFMG, de março de 2014 a março de 2018. Atua nas áreas de artes cênicas, literatura comparada, performances e estudos culturais. Publicou vários livros, capítulos de livros e de ensaios no Brasil e no exterior, dentre eles Performances do Tempo Espiralar, Poéticas do Corpo-Tela, (Editora Cobogó, 2021); Afrografias da Memória, 2ª edição revista e atualizada, (Editoras Perspectiva/Mazza), 2021; Os Dias Anônimos (Editora Sette Letras, 1999); Afrografias da Memória (Editoras Perspectiva\Mazza, 1997); A Cena em Sombras (Perspectiva, 1995);O Moderno Teatro de Qorpo Santo (Editora UFMG\UFOP, 1991); Cantigas de Amares (Edição Independente, 1981). Em 2017 foi criado o Prêmio Leda Maria Martins de Artes Cênicas Negras, patrocinado pelo Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais – BDMG.
(Foto: Acervo Pessoal)
Danilo Santos de Miranda
Especialista em ação cultural, diretor regional do Sesc SP. É formado em Filosofia e Ciências Sociais. Atua como conselheiro em diversas entidades, dentre as quais o Museu da Língua Portuguesa e a Fundação Bienal de São Paulo.
(Foto: Adauto Perin)
Clara Mónica Zapata
Mestra em Belas Artes e em Gestão e Cooperação Cultural e Políticas Culturais, especialização em Planejamento Social e Participação Comunitária e em Gestão Cultural. Participante e membro em comissões multi e binacionais de projetos estratégicos em cultura, patrimônio e educação. Atuou como diretora adjunta do Sistema de Ensino Superior de Medellín, presidente da Corporação Banasta Mediações Arte e Cultura, decana da Faculdade de Produção e Design da Instituição Universitária Pascual Bravo.
(Foto: Acervo Pessoal)
Mário Lúcio Sousa
Embaixador cultural de Cabo Verde. Condecorado pelo seu país em 2006 com a Ordem do Vulcão, sendo ele o artista mais jovem a receber tal distinção. Foi fundador e líder do grupo musical Simentera. Compositor, multi-instrumentista e estudioso da música tradicional. Autor das seguintes obras: Nascimento de um Mundo (poesia, 1990); Sob os Signos da Luz (poesia, 1992), Para Nunca Mais Falarmos de Amor (poesia, 1999), Os Trinta Dias do Homem mais Pobre do Mundo (Ficção, 2000 - Prêmio do Fundo Bibliográfico da Língua Portuguesa, 1ª edição), Vidas Paralelas (Ficção, 2003), Saloon (Teatro, 2004), Teatro (coletânea, 2008). Vencedor do Prémio Carlos de Oliveira em 2009.
(Foto: Jorge Simão)
Francisca Caporali
Artista visual e gestora. Fundadora e coordenadora artística do JA.CA desde sua origem, em 2010, em Nova Lima, MG. Pelo JA.CA, coordena residências artísticas internacionais, workshops, publicações, exposições e projetos de colaboração. Entre os anos de 2012 e 2018 foi professora da Escola de Design e da Guignard da UEMG, nos cursos de Artes Visuais e Design de Produto. Foi coordenadora Geral do Programa CCBB Educativo - Arte e Educação de 2018 a 2021.
(Foto: Acervo Pessoal)
Mário Lopes
Coreógrafo. articula desde 2008 a plattformPLUS, organizando coletivamente projetos para promover o encontro artístico e residências móveis, como a veiculoSUR. Em 2004, Lopes fundou uma associação sem fins lucrativos com o objetivo de humanizar espaços na área da saúde e da educação por meio das artes. Desde 2009 trabalha como articulador cultural com foco na promoção e circulação de obras e projetos que buscam transformações sociais.
(Foto: Acervo Pessoal)
Data
03/10/2022 a 07/10/2022
Dias e Horários
Segunda, das 19h30 às 21h30.
Terça a Sexta, das 11h às 12h30.
Curso Presencial
Inscrições a partir das 14h do dia 27/9, até o dia 2/10.
Enquanto houver vagas.