Legitimação Internacional da Arte Contemporânea Brasileira (1940 -2010).
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Condições especiais de atendimento, como tradução em libras, devem ser informadas por email ou telefone, com até 48 horas de antecedência do início da atividade.
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A palestra apresenta aspectos e questões sintetizados na tese homônima que analisou a trajetória de legitimação institucional da arte contemporânea brasileira nos centros hegemônicos da cultura mundial a partir dos anos 1940, examinando discursos institucionais e curatoriais que configuraram a visão estrangeira dessa produção estética no âmbito internacional.
O objetivo é investigar as interpretações e compreensões da arte brasileira partindo da hipótese de que, apesar da abertura dos centros hegemônicos e do sistema internacional da arte para a produção do outro cultural observada desde o final dos anos 1980, ainda não foi possível superar posturas colonialistas e consequentemente livrar-se de abordagens estereotipadas.
Baseando-se no exame de textos de curadores e diretores de instituições estrangeiras em catálogos de exposições coletivas de arte brasileira é possível detectar um padrão que associa essa produção artística a ideias como organicidade, sensualidade, exuberância e espontaneidade da forma.
Nos anos 1990, a esse padrão se somaram os movimentos da história da arte brasileira: antropofagia modernista, neoconcretismo e tropicalismo, e os icônicos nomes de Hélio Oiticica e Lygia Clark começam a ser referendados como influências míticas inevitáveis da arte contemporânea brasileira.
Observa-se ainda que apesar do boom no mercado de arte brasileiro a partir dos anos 2000 - que agora se encontra novamente em crise, a crescente produção teórica de curadores, críticos e historiadores locais não circula internacionalmente como poderia, com a mesma força da produção artística, mantendo-se ainda em um papel coadjuvante na construção do discurso legitimador da arte brasileira.
A legitimação da arte brasileira contemporânea continua sendo tecida desde os centros hegemônicos que com suas agendas de inclusão acabam por ditar as regras desse movimento, reforçando posturas neocolonialistas.
As inscrições pela internet podem ser realizadas até um dia antes do início da atividade. Após esse período, caso ainda haja vagas, é possível se inscrever pessoalmente em todas as unidades. Após o início da atividade não é possível realizar inscrição.
(Foto: Lygia Clark "Uma Retrospectiva", Imagens Portal Sesc SP)
Palestrantes
Daniela Labra
Curadora, crítica e pesquisadora de artes visuais. Doutora em História da Arte e Crítica pelo PPGAV/ UFRJ; Pós-doc em Comunicação e Estéticas, ECO/UFRJ. Vencedora do Prêmio Gilberto Velho de Teses/UFRJ, 2015. Professora de Curadoria de Performance Art, Node Curatorial Studies, Berlin. Curadora da Trienal Frestas 2017: Entre Pós-Verdades e Acontecimentos, Sesc Sorocaba.
(Foto: Acervo Pessoal)
Data
15/08/2017 a 15/08/2017
Dias e Horários
Terça, 19h às 21h
As inscrições podem ser feitas a partir de 25 de julho às 14h, aqui no site do Centro de Pesquisa e Formação ou nas Unidades do Sesc em São Paulo.