Curso Presencial
Memória e experiência Daspu na fronteira entre arte e política
Voltar para o início

Cancelado
Programa
O curso tem como objetivo coletivizar e cartografar a experiência Daspu: criada em 2005 por Gabriela Leite como uma passarela que dialoga com a sociedade os estigmas relacionados às prostitutas, por meio do método de fabulação crítica proposto por Saidiya Hartman, com objetivo de recriar narrativas íntimas e autobiográficas, a partir das insurgências e liberdades radicais das putas.
Programa
Aula 1 - Memória Davida: narrativas entre o histórico e o íntimo
Nessa aula, serão compartilhados documentos históricos do acervo da organização Davida, sob a guarda do Arquivo Público do Estado do Rio de Janeiro, com o objetivo de coletivizar a história de luta das mulheres prostitutas inaugurada por Gabriela Leite e Lourdes Barreto, por meio de narrativas orais que atuam entre o histórico e o íntimo.
Aula 2 - Cartografia Daspu: desfiles e performances na fronteira entre arte e política
A partir de registros fotográficos, audiovisuais e escritos da Daspu entre 2005-2022, deseja-se cartografar as vozes e narrativas que emergem dos desfiles e performances por meio de arquivos históricos. Ao usar linguagens híbridas que dialogam tanto com a arte, como com as formas de resistir à violência, essas narrativas tornam-se contranarrativas, ao criarem um território livre que transpõe e escancara documentos em retratos vivos e experimentos insurgentes que reconstituem a história das prostitutas nessa passarela.
Aula 3 - Zonas de promiscuidade: desinibir as separações entre a mulher e a puta
Pretende-se compartilhar nessa aula o conceito de Zonas de promiscuidade (criado na minha pesquisa de doutorado) que investigou, como ao se moverem no espaço público, as prostitutas reivindicam o sexo como dimensão política, questionando separações entre público e privado, desnaturalizando a divisão sexual do trabalho. Serão propostos exercícios práticos de escrita para desinibir as separações entre a mulher e a puta.
Aula 4 - Putas narrativas de si
Como compartilhar narrativas intimas e pessoais a partir de um movimento cultural e político como a Daspu? Ao desinibir as separações entre a mulher e a puta, essa aula irá propor um exercício como um experimento de performar a escrita como modo de profanar e descolonizar as narrativas feministas de mulheres no espaço público que, ao desfilar, reclamam mais do que o direito à rua, o direito ao prazer como prática de dar corpo as putas narrativas de si.
Recomendamos o uso de máscara cobrindo nariz e boca.
Se você necessita de recursos de acessibilidade, como tradução em Libras, solicite pelo e-mail centrodepesquisa.cpf@sescsp.org.br, após a conclusão e efetivação do pagamento da sua inscrição, com até 48 horas de antecedência do início da atividade.
As inscrições podem ser feitas a partir das 14h do dia 27/10 no site do Centro de Pesquisa e Formação do Sesc ou presencialmente em qualquer unidade do Sesc São Paulo. Após o início da atividade não é possível realizar inscrição. O cadastro é pessoal e intransferível.
O pagamento pode ser feito através do cartão de crédito, débito ou em dinheiro. Trabalhamos com as bandeiras Visa, Mastercard, Elo e Hipercard.
Ao término do curso, você poderá solicitar sua declaração de participação pelo e-mail declaracao.cpf@sescsp.org.br
A declaração será encaminhada em até 30 dias
O cancelamento poderá ser realizado com até 48 horas antes do início da atividade, por email: centrodepesquisa.cpf@sescsp.org.br
(Foto: Daniela Pinheiro)
Palestrantes

Elaine Bortolanza
Doutora em Psicologia Clínica (PUC-SP) e atua na fronteira entre clínica, cultura e arte, com foco nas questões de gênero, sexualidade e memória. Entre 2013 e 2022 foi curadora e produtora cultural da Daspu.
(Foto: Duda Breda)
Data
30/11/2023 a 08/12/2023
Dias e Horários
Quintas e Sextas, 10h30 às 12h30.
Curso Presencial
Inscrições a partir das 14h do dia 27/0, até o dia 30/11.
Enquanto houver vagas.