Memorial da Inclusão: gestão, conceitos e projetos
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Tradução em Libras disponível. Faça sua solicitação no ato da inscrição, com no mínimo dois dias de antecedência da atividade.
Historicamente o tema da deficiência foi tomado a partir de paradigmas cujos pressupostos tinham por base a negação, o desprezo e a invisibilidade da condição das pessoas com deficiência e do universo do qual elas faziam parte.
Perseguidos, segregados, excluídos e normalizados, foi apenas a partir de meados dos anos 1950 que as pessoas com deficiência passaram a se perceber enquanto uma minoria social cuja existência não se resumia a condição de loucos, doentes ou anormais. Foram décadas de lutas árduas até que a deficiência começasse a ser entendida dentro da lógica da diversidade e dos direitos humanos.
Seguiram a esse processo uma série de conquistas legais, consolidação de políticas públicas, constituição de direitos entre outras conquistas. A despeito dessas vitórias e avanços no campo da inclusão das pessoas com deficiência, frequentemente assistimos a casos de violência, polêmicas em torno da educação inclusiva, dificuldades de acesso aos programas sociais.
A proposta do curso é apresentar um equipamento de cultura que tem como objetivo, a partir da história e do registro da memória do movimento pelos direitos da pessoa com deficiência no Brasil, marcar uma importante posição e oferecer à sociedade um pouco da trajetória das lutas desse segmento, bem como as disputas e os debates ligados ao universo da deficiência. Outro importante aspecto a ser levantado no curso é a inadiável necessidade de ampliação da acessibilidade dos equipamentos culturais no país - já que infelizmente, ainda hoje, uma parcela gigantesca da nossa sociedade tem seus direitos de acesso à cultura simplesmente negados em função da sua condição.
O curso contará com três encontros, sendo os dois primeiros realizados no Centro de Pesquisa e Formação e o terceiro será uma visita técnica ao Memorial da Inclusão, incluindo uma discussão sobre a história e as chamadas teorias da deficiência.
Programação
12/04 - Para que é por que o Memorial da Inclusão? A trajetória de uma ideia e a sua concretização
13/04 - Gestão, projetos E atuação do Memorial da Inclusão: potenciais e desafios
14/04 - Visita guiada ao Memorial da Inclusão e introdução à história da deficiência. Com Ana Maria (Lia) Morales Crespo, doutora em História Social pela USP, co-fundadora do Núcleo de Integração de Deficientes (NID) e do Centro de Vida Independente Araci Nallin, diretora executiva do Centro de Documentação e Informação do Portador de Deficiência Rui Bianchi (CEDIPOD) e consultora do Memorial da Inclusão
As inscrições pela internet podem ser realizadas até um dia antes do inicio da atividade. Após esse período, caso ainda haja vagas, é possível se inscrever pessoalmente em todas as unidades. Após o início da atividade não é possível realizar inscrição.
Palestrantes
Ana Maria (Lia) Morales Crespo
Doutora em História Social pela USP, co-fundadora do Núcleo de Integração de Deficientes e do Centro de Vida Independente Araci Nallin, diretora executiva do CEDIPOD e consultora do Memorial da Inclusão.
Crismere (Kika) Gadelha
Graduada em Ciências Sociais pela USP e pós-graduada em Antropologia Social (Unicamp), Gestora Social pelo Senac e membro do CEDIPOD.
Elza Ambrósio
Pós-graduada em Administração, MBA em Gestão para Organizações da Sociedade Civil, graduada em Letras e Museologia. Ativista do movimento social da pessoa com deficiência. Participou da fundação do Centro de Documentação e Informação da Pessoa com Deficiência Rui Bianchi do Nascimento - CEDIPOD e do Memorial da Inclusão: os Caminhos da Pessoa com deficiência, da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência.
(Foto: Acervo Pessoal)
Márcio Bustamante
Mestre em História e Culturas Políticas pela UFMG, é historiador no Memorial da Inclusão. Tem experiência nas áreas da História Oral, História do Brasil República, Moderna.
Data
12/04/2016 a 14/04/2016
Dias e Horários
Terça, Quarta e Quinta
14h às 16h