MPB e contracultura nos anos de chumbo
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Tendo como recorte temporal os chamados "anos de chumbo" (1969-1974), período em que a intensa repressão e a censura do regime ditatorial conviveram paradoxalmente com um extraordinário crescimento econômico conhecido como "milagre brasileiro", a palestra tem por objetivo refletir sobre os múltiplos sentidos da contracultura no Brasil a partir da produção musical de "desbundados" e "marginais" na MPB.
A apreciação de discos e canções de artistas como Jorge Mautner, Jards Macalé, Luiz Melodia, Sérgio Sampaio, Walter Franco, Novos Baianos, Secos & Molhados e, também, de alguns dos ícones do tropicalismo, como Gilberto Gil, Caetano Veloso, Gal Costa e Tom Zé, norteará questões a serem apresentadas e debatidas: Quais os aspectos políticos, ideológicos e estéticos envolveram a circulação da gíria desbunde e a noção de marginalidade? O que havia de comum nessa produção heterogênea, não raras vezes denominada "pós-tropicalista"? Em que medida ela contribuiu para ressignificar a sigla MPB tal qual era concebida nos anos 1960?
E, por fim, qual seria o legado da contracultura musical, naquele início da década de 1970, para a canção contemporânea?
As inscrições pela internet podem ser realizadas até um dia antes do início da atividade. Após esse período, caso ainda haja vagas, é possível se inscrever pessoalmente em todas as unidades. Após o início da atividade não é possível realizar inscrição.
Palestrantes
Sheyla Castro Diniz
Doutora em Sociologia pela Unicamp. É autora da tese "Desbundados e marginais: MPB e contracultura nos anos de chumbo (1969-1974)" e do livro "... De tudo que a gente sonhou": amigos e canções do Clube da Equina (São Paulo: Intermeios/Fapesp, 2017).
(Foto: Carlos Gallo)
Data
23/08/2018 a 23/08/2018
Dias e Horários
Quinta, 19h30 às 21h30.
As inscrições podem ser feitas a partir de 26 de Julho, às 14h, aqui no site do Centro de Pesquisa e Formação ou nas Unidades do Sesc em São Paulo.