Curso Presencial
Mulheres, direito e protagonismo cultural
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Programa
Sob a perspectiva de gênero e com enfoque na pluralidade, diversidade e interseccionalidade, o protagonismo cultural feminino é o centro dos debates deste ciclo. Ele se propõe a evocar a proteção, difusão e valorização dos direitos e patrimônios culturais, convidando o público a compreender a urgência de se firmar um compromisso para enfrentar os desafios na efetivação de um bloco de direitos dos mais essenciais e básicos para as mulheres: de ser, viver e fazer cultura.
A programação inclui três mesas de debates e o lançamento do livro "Mulheres, direito e protagonismo cultural", que reflete sobre a história e o papel de mulheres enquanto artistas, humoristas, museólogas, protagonistas e resistentes, defensoras de conhecimentos tradicionais, migrantes, lideranças urbanas e outras tantas que atuam, vivem e lutam na (e pela) riqueza cultural como valor coletivo.
24/5, das 17h às 19h.
Mesa 1: O CUIDADO COMO SABER CULTURAL
O trabalho do cuidado é essencial para que homens e mulheres sobrevivam cotidianamente. No contexto da divisão sexual do trabalho, o cuidado é trabalho não pago e executado majoritariamente por mulheres. Apesar de estruturante em nossa sociedade, o cuidado é pouco reconhecido e valorizado, e isso se traduz nas políticas culturais. O objetivo dessa mesa é jogar luzes sobre a centralidade do cuidado e pensar em estratégias para reconhecer seu valor enquanto saber cultural que deve ser celebrado.
Com Maria dos Prazeres, Vivian Barbour e Bianca Santana.
Mediação de Elaine Muller.
24/5, 19h30 às 21h30.
Mesa 2: O APAGAMENTO DE MULHERES NA PRODUÇÃO CULTURAL
Por meio de casos concretos, essa mesa buscará debater como tem se dado os processos de apagamento da participação de mulheres em nossa produção de cultura e identidade. Seja pela não atribuição de coautoria a parceiras mulheres, seja pelo impedimento físico de sua coexistência em meio a homens, os casos trazem à tona os mecanismos muitas vezes perversos, porém cotidianos de silenciamento do protagonismo feminino na cultura.
Com Lívia Tinoco, Ana Carolina Murgel e Ana Maria Marchesan.
Mediação de Vitória Dandara.
25/5, das 17h às 19h.
Mesa 3: A RESISTÊNCIA E A DIFUSÃO DO PROTAGONISMO DE E POR MULHERES
Ainda que historicamente desprestigiadas e silenciadas, as mulheres têm uma longa história de luta e resistência por direitos e reconhecimento. Essa mesa traz experiências de mulheres que, resistindo ao apagamento, militam para que sejam difundidas e compartilhadas histórias não hegemônicas de produção de cultura. É um convite à organização e à atuação coletiva com vistas à celebração do protagonismo de mulheres.
Com Dandara Pinho, Lúcia Bastos e Kari Guajajara.
Mediação de Cecilia Rabelo.
25/5, das 19h30 às 21h30.
Mesa 4: LANÇAMENTO DO LIVRO
Lançamento da obra coletiva "Mulheres, direito e protagonismo cultural", escrito por 48 mulheres, entre artigos e entrevistas que contam, em primeira pessoa, experiências de produção, valorização e luta pela cultura.
Com Vivian Barbour, Inês Virgínia Soares, Cecilia Rabelo, Flavia Piovesan.
Recomendamos o uso de máscara cobrindo nariz e boca.
Se você necessita de recursos de acessibilidade, como tradução em Libras, solicite pelo e-mail centrodepesquisa.cpf@sescsp.org.br, após a conclusão e efetivação do pagamento da sua inscrição, com até 48 horas de antecedência do início da atividade.
As inscrições podem ser feitas a partir das 14h do dia 27/4 no site do Centro de Pesquisa e Formação do Sesc ou presencialmente em qualquer unidade do Sesc São Paulo. Após o início da atividade não é possível realizar inscrição. O cadastro é pessoal e intransferível.
** Ao término do curso, você poderá solicitar sua declaração de participação pelo e-mail declaracao.cpf@sescsp.org.br
A declaração será encaminhada em até 30 dias
*** Havendo ainda disponibilidade de vagas para os cursos presenciais, as inscrições poderão ser feitas no dia do curso no Centro de Pesquisa e Formação.
O cancelamento poderá ser realizado com até 48 horas antes do início da atividade, por email: centrodepesquisa.cpf@sescsp.org.br
Palestrantes

Flávia Piovesan
Professora doutora da PUC/SP. Foi membro da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (2018-2021). Procuradora do Estado de São Paulo.
(Foto: Acervo Pessoal)

Bianca Santana
Escritora e jornalista. Doutora em ciência da informação e mestra em educação pela USP.
(Foto: Caio Franco)

Vivian Barbour
Advogada, pesquisadora e consultora. Mestre pela FAUUSP. Membro da Comissão de Direito Urbanístico da OAB/SP e autora do livro "O patrimônio existe? Sentidos da Vila Itororó (Letramento, 2019).
(Foto: Acervo Pessoal)

Cecilia Rabelo
Advogada e mestre em Direito Constitucional pela UNIFOR. Especialista em gestão e políticas culturais (Universidade de Girona). Presidente do Instituto Brasileiro de Direitos Culturais - IBDCult.
(Foto: Acervo Pessoal)

Inês Virgínia Soares
Mestre e Doutora em Direito pela PUC/SP. Desembargadora do Tribunal Regional Federal da 3ª Região.
(Foto: Acervo Pessoal)

Maria dos Prazeres de Souza
Parteira tradicional, filha e neta de parteiras. Possui formação em Enfermagem obstétrica (UPE, 1964). Foi reconhecida como Patrimônio Vivo de Pernambuco, recebeu o prêmio Berta Lutz do Senado Federal e é uma das idealizadoras do Museu da Parteira.
(Foto: Eduardo Queiroga)

Elaine Müller
Antropóloga, mestra e doutora pelo PPGA-UFPE, professora associada do Departamento de Antropologia e Museologia da UFPE. Coordenou a pesquisa Saberes e Práticas das Parteiras Tradicionais do Brasil (Iphan/UFPE). É integrante fundadora do Museu da Parteira e coordenadora do Expolab - Laboratório de Expografia do Curso de Museologia da UFPE.
(Foto: Acervo Pessoal)

Maria Judite da Silva Ballerio Guajajara
Indígena do Povo Guajajara, advogada (UFMA; OAB/MA); mestra em Direito, Estado e Constituição (UNB); assessora jurídica da Coordenação das Organizações e Articulações dos Povos Indígenas do Maranhão (COAPIMA) e da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (COIAB).
(Foto: Acervo Pessoal)

Lívia Tinoco
Procuradora Regional da República, especialista em meio ambiente e desenvolvimento sustentável pela UNB, representante do MPF no Conselho Nacional de Povos e Comunidades Tradicionais.
(Foto: Acervo Pessoal)

Vitória Dandara
Travesti, pesquisadora e advogada especialista em direitos humanos formada pela USP.
(Foto: Acervo Pessoal)

Ana Carolina Murgel
Doutora em História Cultural pela Unicamp, onde fez sua formação até o pós-doutorado, no qual pesquisou as compositoras brasileiras com apoio da FAPESP. Dedica-se à pesquisa e divulgação da canção popular brasileira. É pesquisadora colaboradora junto ao Departamento de História do IFCH/Unicamp.
(Foto: Acervo Pessoal)

Dandara Pinho
Advogada, Doutora Honoris Causa e mestra pelo Programa de Pós-Graduação em Estudos Africanos, Povos Indígenas e Culturas Negras (PPGEAFIN) da Universidade do Estado da Bahia.
(Foto: Acervo Pessoal)

Lúcia Bastos
Advogada. Doutora em Direito Internacional pela Faculdade de Direito da USP. Pós-Doutora pelo Núcleo de Estudos da Violência (NEV/USP). Desenvolve pesquisas em Direitos Humanos; Justiça de Transição e Gênero.
(Foto: Acervo Pessoal)

Ana Maria Marchesan
Procuradora de Justiça no Estado do Rio Grande do Sul. Mestre e Doutora em Direito Ambiental e Biodireito pela Universidade Federal de Santa Catarina.
(Foto: Acervo Pessoal)
Data
24/05/2023 a 25/05/2023
Dias e Horários
Quarta e quinta, 17h às 21h30.
Curso Presencial
Inscrições a partir das 14h do dia 27/4, até o dia 24/5.
Enquanto houver vagas.