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O colonialismo químico do século XXI: da geografia do abismo à geografia do caminho

Programa

Autora de Agrotóxicos e colonialismo químico, Larissa Bombardi apresenta uma leitura crítica da geografia do envenenamento contemporâneo, marcado pelo uso massivo de herbicidas, pesticidas e fungicidas — um fenômeno diretamente associado à globalização da agricultura, à concentração fundiária no Brasil e à hegemonia do agronegócio.

Em um mundo atravessado por assimetrias coloniais, a pesquisadora revela como o modelo químico-dependente de produção agrícola afeta de forma desigual corpos e territórios, particularmente no Sul Global, e como essa lógica se perpetua através de tratados comerciais e permissividades regulatórias.

A palestra também propõe uma virada: sair da “geografia do abismo” e abrir espaço para uma “geografia do caminho” — um horizonte que emerge da resistência dos povos, da agroecologia e da urgência ética de regenerar o vínculo entre a Terra e os modos de vida que ela sustenta.

As inscrições podem ser feitas a partir das 14h do dia 29/7 no site do Centro de Pesquisa e Formação do Sesc, através do app ou presencialmente em qualquer unidade do Sesc São Paulo.

Após o início da atividade não é possível realizar inscrição. O cadastro é pessoal e intransferível.

Ao término do curso, você poderá solicitar sua declaração de participação pelo e-mail declaracao.cpf@sescsp.org.br
A declaração será encaminhada em até 30 dias

O cancelamento poderá ser realizado com até 48 horas antes do início da atividade, por email: atendimento.cpf@sescsp.org.br

(Arte: Divulgação)

Palestrantes

Larissa Mies Bombardi

Geógrafa, pesquisadora do Laboratório de Agroecologia da Universidade Livre de Bruxelas (ULB), no projeto Friction, e professora licenciada do Departamento de Geografia da Universidade de São Paulo (USP).
Especialista no tema do uso de agrotóxicos há mais de catorze anos, é referência internacional no assunto, com dezenas de palestras, artigos acadêmicos e mais de cem entrevistas concedidas a veículos nacionais e estrangeiros, sendo uma das referências internacionais no tema.
É autora do livro Agrotóxicos e colonialismo químico (2023), publicado em francês como Pesticides: un colonialisme chimique (2024), e dos atlas Geografia do uso de agrotóxicos no Brasil e conexões com a União Europeia (2019) e Geografia das assimetrias: o círculo vicioso dos agrotóxicos e o colonialismo na relação comercial entre o Mercosul e a União Europeia (2021), este último lançado no Parlamento Europeu.
Desde 2021, vive exilada na Europa após receber ameaças relacionadas ao seu trabalho. É membro do Fórum Nacional de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos (Brasil), da diretoria da organização internacional Justice Pesticide, e curadora da aliança internacional IPSA (International Pesticides Standard Alliance).
(Foto: Acervo Pessoal)