O crime como fruto de um conflito cultural
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Programa
Na virada do século XIX para o século XX, diversas escolas sociológicas mudaram a forma como se encarava o crime. Suas causas não eram mais consideradas eminentemente individuais, patológicas, mas sociais. Nesse sentido, o estudo dos conflitos culturais e das subculturas nas grandes cidades ganharam importância. Na cidade grande, o indivíduo ganha anonimato e está menos preso a laços e autoridades tradicionais, o que pode constituir um cenário mais propício para a violação de regras sociais.
Da mesma forma, em uma sociedade composta por grupos diferentes que professam valores muitas vezes conflitantes, a obediência a um determinado código de conduta, guiado pela filiação e lealdade a um grupo social, pode representar a violação a outro código de conduta, incluindo o Código Penal. Com tantos interesses e valores conflitantes, é possível ainda chegar a um consenso do que deve ser considerado crime? Metas culturais - como a ascensão social em uma sociedade consumista e desigual - podem incentivar a prática de crimes? Essas são algumas das questões que serão abordadas nessa palestra.
Esta atividade integra o ciclo "Dinâmica criminal e dinâmica cultural" que acontece em novembro e dezembro e aborda, de forma interdisciplinar, as múltiplas relações entre violência, arte, cultura, repressão, mídia e políticas de segurança pública, por meio de reflexões, experiências e práticas relacionadas ao tema. A mediação dos encontros será realizada por Marcelo Batista Nery, graduado em Ciências Sociais e doutorando em Sociologia, que desenvolve pesquisas no Núcleo de Estudos da Violência – NEV/USP.
As inscrições podem ser feitas a partir de 23 de outubro, às 14h, pela Internet ou nas unidades do Sesc em São Paulo.
30 vagas.
(Foto: SXC)
Da mesma forma, em uma sociedade composta por grupos diferentes que professam valores muitas vezes conflitantes, a obediência a um determinado código de conduta, guiado pela filiação e lealdade a um grupo social, pode representar a violação a outro código de conduta, incluindo o Código Penal. Com tantos interesses e valores conflitantes, é possível ainda chegar a um consenso do que deve ser considerado crime? Metas culturais - como a ascensão social em uma sociedade consumista e desigual - podem incentivar a prática de crimes? Essas são algumas das questões que serão abordadas nessa palestra.
Esta atividade integra o ciclo "Dinâmica criminal e dinâmica cultural" que acontece em novembro e dezembro e aborda, de forma interdisciplinar, as múltiplas relações entre violência, arte, cultura, repressão, mídia e políticas de segurança pública, por meio de reflexões, experiências e práticas relacionadas ao tema. A mediação dos encontros será realizada por Marcelo Batista Nery, graduado em Ciências Sociais e doutorando em Sociologia, que desenvolve pesquisas no Núcleo de Estudos da Violência – NEV/USP.
As inscrições podem ser feitas a partir de 23 de outubro, às 14h, pela Internet ou nas unidades do Sesc em São Paulo.
30 vagas.
(Foto: SXC)
Bibliografia
BECKER, Howard. Outsiders: estudos de sociologia do desvio. Rio de Janeiro: Zahar, 2009.
CALDEIRA, Teresa. Inscrição e circulação: novas visibilidades e configurações do espaço público em São Paulo. Novos Estudos, 94, nov. 2012. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0101-33002012000300002&script=sci_arttext
CECCHETTO, Fátima. As galeras funk cariocas: entre o lúdico e o violento. In: VIANNA, Hermano (Org.). Galeras cariocas: territórios de conflitos e encontros culturais. Rio de Janeiro: Editora da UFRJ, 1997.
COHEN, Albert K. Delinquent boys: the culture of the gang. Illinois: The Free Press, 1955.
GOMES, Luiz Flávio; GARCÍA-PABLOS DE MOLINA, Antonio. Criminologia. 7. ed. São Paulo: RT, 2010.
NÚCLEO DE ESTUDOS DA VIOLÊNCIA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. A 5º Relatório Nacional sobre os Direitos Humanos no Brasil: 2001-2010. NEV-USP/FAPESP: São Paulo, 2012. Disponível em: www.nevusp.org/downloads/down265.pdf
PEREIRA, Carlos Alberto Messeder; RONDELLI, Elizabeth; SCHOLLHAMMER, Karl Erik; HERSCHMANN, Micael (Org.). Linguagens da violência. Rio de Janeiro: Rocco, 2000.
SHECAIRA, Sérgio Salomão. Importância e atualidade da Escola de Chicago. In: Discursos Sediciosos: crime, direito e sociedade, v. 9/10. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 2000.
VIANNA, Hermano. O funk como símbolo da violência carioca. In: VELHO, Gilberto; ALVITO, Marcos. Cidadania e violência. Rio de Janeiro: UFRJ/FGV, 1996.
ZALUAR, Alba. Gangues, Galeras e Quadrilhas: globalização, juventude e violência. In: VIANNA, Hermano (Org.). Galeras cariocas: territórios de conflitos e encontros culturais. Rio de Janeiro: Editora da UFRJ, 1997.
Data
21/11/2013 a 21/11/2013
Dias e Horários
Quinta, 19h30 às 21h30.
Local
Rua Pelotas, 141 - Vila Mariana
5º andar - Torre A
São Paulo/SP
Valores
R$ 6,00 - comerciários e dependentes
R$ 15,00 - usuários matriculados e dependentes, aposentado, pessoa com mais de 60 anos, pessoa com deficiência, estudante e professor da rede pública com comprovante
R$ 30,00 - inteira
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