O que foi a Contracultura? Ainda é? E como será?

Programa

A Contracultura teve um papel marcante nas transformações políticas e sociais ocorridas a partir da segunda metade do século XX. Sua influência atravessou a política, o consumo, os costumes, as artes em suas mais diversas manifestações, além de oceanos e fronteiras nacionais. Passados 50 anos, ainda vivemos algumas de suas conquistas e contradições, e nos questionamos se ela é ainda viável como forma coletiva de crítica social.

O curso transdisciplinar O que foi a Contracultura? Ainda é? E como será? propõe um exame sobre a Contracultura partindo de seu contexto histórico e levando em consideração reverberações deste acontecimento na contemporaneidade. Examinaremos de forma crítica os modos de interação entre política, arte e cultura de massas inauguradas nos anos 1960. Neste processo, deverão ser questionados estereótipos vinculados à mitologia da década. As discussões serão apoiadas pela leitura de textos teóricos e literários, exibição de material audiovisual e audições fonográficas comentadas.

Tópicos a serem abordados no curso: o conceito de Contracultura; principais episódios e artefatos culturais; precedentes históricos; raça, classe e gênero; a contracultura no Brasil; política radical; a estética psicodélica; a dança como forma de protesto; processos de captura.

As inscrições pela internet podem ser realizadas até um dia antes do início da atividade. Após esse período, caso ainda haja vagas, é possível se inscrever pessoalmente em todas as unidades. Após o início da atividade não é possível realizar inscrição.

Se você necessita de recursos de acessibilidade, como tradução em Libras, audiodescrição, entre outros, solicite por e-mail ou telefone, com até 48 horas de antecedência do início da atividade. centrodepesquisaeformacao@sescsp.org.br / 11 3254-5600

(Foto: Bryan Costales)

Palestrantes

Leonardo Felipe

Escritor, curador e pesquisador independente. Participações de destaque: Tropical Underground (Frankfurt, 2018); KISMIF Conference (Porto, 2018); Noize Critical Party (Porto, 2018); II Historical Fictions Conference (Londres, 2017); Artists' Publications around 1970 (Nova York, 2016).
(Foto: Acervo Pessoal)

Bibliografia

Ab'Saber, T.: A música do tempo infinito, São Paulo: Cosacnaify, 2012
Clark, L., Oiticica, H.: Cartas, 1964-1974, Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 1996
Fanon, F.: Os condenados da terra, Rio de Janeiro: Civilização brasileira, 1968
Gabeira, F.: O crepúsculo do macho, Rio de Janeiro: Codrecri, 1980
Ginsberg, A.: Uivo, Porto Alegre: LP&M, 2005
Guarnaccia, M.: Provos, São Paulo, Veneta: 2018
Heron, G.S.: O abutre, São Paulo: Conrad, 2002
Hollanda, H. B.: Impressões de viagem, Rio de Janeiro: Aeroplano, 2004
Home, S.: Assalto à cultura, São Paulo: Conrad, 1999
Mailer, N.: Os degraus do Pentágono, Rio de Janeiro: Expressão Cultura, 1968
Marcuse, H.: Ideologia da sociedade industrial, Rio de Janeiro: Zahar: 1973
McCain, G., McNeil, L.: Mate-me por favor, Porto Alegre: LP&M, 2011
Preciado, P.: Texto junkie, São Paulo: n-1, 2018
Salomão, W.: Me segura qu'eu vou dar um troço, São Paulo: Companhia das Letras, 2016
Smith, P.: Só garotos, São Paulo: Companhia das Letras, 2010
Solanas, V.: O manifesto SCUM, São Paulo: Conrad, 2000
Thompson, H.: Hell's Angels, Porto Alegre: LP&M, 2011
Vaneigeim, R.: A arte de viver para as novas gerações, São Paulo: Veneta, 2016
Vários autores: Anos 70: trajetórias, São Paulo: Iluminuras, 2005