Curso Presencial
O que pode a Arte Queer? Éticas e estéticas dissidentes
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Programa
Como resultado de uma forte ressaca de movimentos sociais e teóricos feitos no decorrer do século 20 - a psicanálise, marxismo e feminismo no início, e o feminismo, pós-estruturalismo e decolonialidade - a chamada Teoria Queer tem sido articulada enquanto prática e princípio que desconstrói, desnaturaliza e critica a identidade, o uso normativo do corpo, e as ficções biopolíticas modernas de raça, classe, idade, plasticidade física, etc.
Grandes expoentes dessa corrente filosófica e política são nomes como Paul B. Preciado, Judith Butler, Donna Haraway, Jota Mombaça, que articularam conceitos preciosos para pensar diversos temas que atravessam socialmente os sujeitos contemporâneos.
Importante salientar que a Teoria Queer em hipótese alguma cria as vivências queer - essas já eram experienciadas ao redor do globo por indivíduos diversos e múltiplos. Nesse sentido, a Teoria Queer funcionaria então enquanto uma poderosa ferramenta epistemológica, uma bússola teórico-prática, para questionar as normas e hegemonias de poder, criando e articulando conceitos que cada vez mais estão presentes não só na academia, mas nos movimentos sociais e em suas bases.
Desse modo, é previsível que a Teoria Queer dialogue com a chamada Arte Queer. Faz-se então necessário levantar algumas questões: o que poderia ser chamado de Arte Queer? Quais seriam os conteúdos, sujeitos e questões levantadas pela Arte Queer? E ainda, que plataformas e redes poderiam ter interesse em suscitar Arte Queer, já que essa Arte mostraria justamente os sujeitos, corpos e discussões até então invisíveis diante da norma? De que maneira a Arte Queer ainda poderia ameaçar a norma se essa for cooptada por marcas publicitárias ou as instituições mercadológicas de maneira geral?
Com curadoria e mediação de Ali Prando.
16/1 - Breve introdução à Arte Queer
Com Helena Vieira.
17/01 - Corpos invisíveis: como o cinema queer mudou o mundo?
Com Ademir Correa.
18/1 - Por uma ética e estética travesti
Com Vulcanica Pokaropa.
19/1 - Limites entre Pornografia e Arte Erótica
Com André Medeiros Martins.
20/1 - Desafios e entraves para uma política de curadorias emancipatórias
Com Natália Mallo.
Recomendamos o uso de máscara cobrindo nariz e boca.
Se você necessita de recursos de acessibilidade, como tradução em Libras, solicite pelo e-mail centrodepesquisa.cpf@sescsp.org.br, após a conclusão e efetivação do pagamento da sua inscrição, com até 48 horas de antecedência do início da atividade.
As inscrições podem ser feitas a partir das 14h do dia 20/12 no site do Centro de Pesquisa e Formação do Sesc ou presencialmente em qualquer unidade do Sesc São Paulo. Após o início da atividade não é possível realizar inscrição. O cadastro é pessoal e intransferível.
O pagamento pode ser feito através do cartão de crédito, débito ou em dinheiro. Trabalhamos com as bandeiras Visa, Mastercard, Elo e Hipercard.
** Ao término do curso, você poderá solicitar sua declaração de participação pelo e-mail declaracao.cpf@sescsp.org.br
A declaração será encaminhada em até 30 dias
*** Havendo ainda disponibilidade de vagas para os cursos presenciais, as inscrições poderão ser feitas no dia do curso no Centro de Pesquisa e Formação.
O cancelamento poderá ser realizado com até 48 horas antes do início da atividade, por email: centrodepesquisa.cpf@sescsp.org.br
Palestrantes

Helena Vieira
Pesquisadora, transfeminista e escritora. Estudou Gestão de Políticas Públicas na USP. Foi colunista da Revista Fórum e contribuiu com diversos meios de comunicação. Foi coautora dos livros "História do Movimento LGBT", "Explosão Feminista", "Tem Saída? Ensaios Críticos sobre o Brasil", e "Ninguém Solta a Mão de Ninguém: Um manifesto de resistência".
(Foto: Acervo Pessoal)

Natalia Mallo
Multi-artista e curadora. Tem formação em música (Conservatório Nacional Bellas Artes, Argentina), Comunicação (Universidade de Buenos Aires) e é licenciada em Artes Visuais (Unicid). Ao longo de três décadas realizou também diversos cursos em atuação e performance, produção musical, técnicas de corpo e voz, gestão cultural e diplomacia.
(Foto: Acervo Pessoal)

André Medeiros Martins
Ator e pornografo. Idealizador e organizador das publicações "Flexões - um estudo sobre a sexualidade plural" e "Vulgar". Diretor dos longas-metragens "Alfredo não gosta de Despedidas" e "Alfabeto Sexual". Ator e assistente de direção do espetáculo "História do Olho - conto de fadas pornô-noir".
(Foto: Acervo Pessoal)

Ali Prando
Filósofo, artista e curador, atua na interseção entre música, performance e teoria queer. Seu trabalho transita entre a cultura clubber, a cena transviada e o pensamento crítico contemporâneo, explorando sonoridades eletrônicas e narrativas dissidentes. Criou o Festival Transforma Música, que desafia as lógicas normativas do mercado audiovisual brasileiro.
(Foto: Acervo Pessoal)

Ademir Correa
Jornalista, mestre em Audiovisual e diretor de conteúdo da Perfil Brasil. É autor do livro "Cinema Queeritè - Gêneros e identidades no documentário Paris is Burning" (Paco Editorial).
(Foto: Acervo Pessoal)

Vulcanica Pokaropa
Travesti, formada em Fotografia, mestra em Teatro pela UDESC e doutoranda em artes pela Unesp, pesquisa sobre presença de pessoas transexuais, travestis e não bináries no teatro, performance e circo. Nas artes visuais, têm explorado diversas mídias como pintura, vídeo, escultura, neon.
(Foto: Acervo Pessoal)
Data
16/01/2023 a 20/01/2023
Dias e Horários
De 16 a 20/1, segunda a sexta, das 15h às 17h