Curso Presencial
Ocupação Guattari: O Legado de Félix Guattari
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Programa
Não há um só Guattari, mas vários. Os mais conhecidos são o psicanalista, o filósofo, o militante. Em cada uma das áreas em que interveio, trouxe seu espírito crítico e heterodoxo.
Como psicanalista, desafiou o conformismo da prática analítica e seu familialismo, forjando a ideia de uma esquizoanálise.
Em filosofia, junto com Deleuze, introduziu no pensamento uma irreverência indomável, na contramão do academicismo predominante. E na militância, não parou de inventar novas ferramentas e conceitos, tais como cartografia, micropolítica, revolução molecular, ecosofia.
No conjunto, esboçou um paradigma que ele chamou de ético-estético, cuja atualidade não para de crescer.
O curso proposto abordará os vários conceitos criados por Guattari, priorizando aqueles que conversam com as urgências do presente.
1- O paradigma ético-estético
Contra o predomínio de uma visão cientificista nos vários domínios, Guattari desenvolve uma noção centrada na invenção, redefinindo a ética em função da criação nos mais diversos domínios. (Peter Pál Pelbart)
2- As três ecologias
Ao lado da ecologia ambiental e social, Guattari propôs a noção de ecologia mental ou subjetiva. De forma a chegar ao encontro da ação coletiva, na qual não se separam política e estética, ciência e invenção, a pesquisa se torna uma ferramenta. Trata-se de aprofundar seu alcance e medir sua relevância, hoje. (Cristina Thorstenberg Ribas)
3- Esquizoanálise
Por que Guattari, com tantos anos trabalhando com a psicose na Clínica de La Borde e atendendo como psicanalista, precisou forjar uma nova abordagem clínica, com repercussões em várias áreas? (Paula Cobo-Guevara)
4- Micropolíticas
Como as noções de micropolítica e de revolução molecular respondem aos desafios do capitalismo contemporâneo e à produção de subjetividade que ele enseja? Quais linhas de fuga o pensamento e a prática de Guattari propõem para os impasses do presente e sua escalada fascista? (Larissa Drigo Agostinho)
5- Ressonâncias no presente
O legado Guattari está presente em muitos saberes e práticas políticas no presente. Como pensar essa relação entre produção intelectual/textual e experimentações coletivas em uma via de mão dupla que se retroalimenta na invenção de modos de vida outros? (Fernanda Gomes)
O curso pretende apresentar o pensamento de Félix Guattari, pensador-psicanalista militante francês e abrir caminho para as reflexões que ocorrerão na Ocupação Guattari, uma realização entre o Sesc São Paulo, por meio de seu Centro de Pesquisa e Formação e a Ocupação 9 de Julho.
Recomendamos o uso de máscara cobrindo nariz e boca.
Se você necessita de recursos de acessibilidade, como tradução em Libras, solicite pelo e-mail centrodepesquisa.cpf@sescsp.org.br, após a conclusão e efetivação do pagamento da sua inscrição, com até 48 horas de antecedência do início da atividade.
As inscrições podem ser feitas a partir das 14h do dia 27/9 no site do Centro de Pesquisa e Formação do Sesc ou presencialmente em qualquer unidade do Sesc São Paulo. Após o início da atividade não é possível realizar inscrição. O cadastro é pessoal e intransferível.
O pagamento pode ser feito através do cartão de crédito, débito ou em dinheiro. Trabalhamos com as bandeiras Visa, Mastercard, Elo e Hipercard.
** Ao término do curso, você poderá solicitar sua declaração de participação pelo e-mail declaracao.cpf@sescsp.org.br
A declaração será encaminhada em até 30 dias
*** Havendo ainda disponibilidade de vagas para os cursos presenciais, as inscrições poderão ser feitas no dia do curso no Centro de Pesquisa e Formação.
O cancelamento poderá ser realizado com até 48 horas antes do início da atividade, por email: centrodepesquisa.cpf@sescsp.org.br
(Arte: Walter Cruz)
Palestrantes

Peter Pál Pelbart
(Foto: Yuri Pollak Pelbart)

Cristina Thorstenberg Ribas
Trabalha como artista e pesquisadora, e gosta de escrever artigos acadêmicos e prosa. Concebe projetos entre estética e política e pesquisa militante desde meados dos anos 2000. Pesquisa análise institucional e estudos da subjetividade em relação à criatividade. Mais recentemente tem se envolvido com estudos feministas.
(Foto: Acervo Pessoal)

Larissa Drigo Agostinho
Professora do Instituto de Biocências, Letras e Ciências Exatas da Unesp. Doutora em Letras pela Universidade de Paris IV, mestre em filosofia pela Universidade de Paris I e pós-doutoranda em filosofia pela Universidade de São Paulo, com estágio de pesquisa na Universidade de Paris I.
(Foto: Acervo Pessoal)

Paula Cobo-Guevara
Analista e ativista nos campos do feminismo, migração e antipsiquiatria. Doutora em psicologia clínica pelo Núcleo de estudos da subjetividade, PUC-SP. Mestre em estética e política (CalArts) e clínica psicanalítica (IPSI, Barcelona).
(Foto: Acervo Pessoal)

Fernanda Gomes
Pós-doutoranda em filosofia contemporânea, na Universidade de São Paulo - USP. Doutora em Filosofia (PUC-SP/Université Paris Nanterre) com mestrado e bacharelado na mesma área. Seus trabalhos são dedicados aos campos da ética e da filosofia política, voltados para uma reflexão acerca do presente. Filha de paraibanos, é carioca, do Complexo da Maré, onde sempre esteve envolvida na construção de movimentos, coletivos e instituições locais.
(Foto: Acervo Pessoal)
Data
24/10/2022 a 28/10/2022
Dias e Horários
Segunda a Sexta, 19h30 às 21h30.
Curso Presencial
Inscrições a partir das 14h do dia 27/9, até o dia 22/10.
Enquanto houver vagas.