Pessoas desaparecidas: uma etnografia para muitas ausências
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O desaparecimento de pessoas tem recebido cada vez mais atenção no Brasil. Casos variados encontram espaço crescente nas páginas dos jornais e em mobilizações sociais, sobretudo quando envolvem policiais e outros agentes de Estado. Exemplo disto é o desaparecimento do pedreiro Amarildo de Souza, ocorrido no Rio de Janeiro, em julho de 2013. Contrastando com casos que ganham destaque, porém, inúmeros outros acontecem diariamente no país, compondo um universo invisível, escorregadio e pouco conhecido. O que acontece com esses casos? De que modo são encarados pelas autoridades às quais são comunicados? Como podemos compreender sua invisibilidade e, ao mesmo tempo, a crescente capacidade de mobilização que o fenômeno do desaparecimento tem demonstrado?
Esta etnografia revela as práticas por meio das quais casos de desaparecimento são geridos por agentes e agências públicas brasileiras, em especial as repartições policiais. Baseada em longa pesquisa de campo, a obra analisa os sentidos da invisibilidade e até da irrelevância atribuída a esses casos, além de descortinar as estratégias acionadas por diferentes atores sociais que têm questionado essa irrelevância e produzido a denúncia pública do desaparecimento como um problema social digno de atenção.
Palestrantes
Letícia Carvalho de Mesquita Ferreira
Data
29/01/2016 a 29/01/2016
Dias e Horários
Sexta, das 16h às 18h.