Plataformas digitais colaborativas
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Tradução em Libras disponível. Faça sua solicitação no ato da inscrição, com no mínimo dois dias de antecedência da atividade.
As enormes demandas socioculturais que recaem sobre a gestão cultural exigem ferramentas contemporâneas que sejam capazes de produzir e gerir um volume crescente de informações. Tais ferramentas devem reunir não apenas informações públicas, como também devem propiciar que os próprios cidadãos contribuam com o processo apresentando suas iniciativas e demandas.
As plataformas digitais colaborativas - softwares livres com sistema de georreferenciamento que pode ser adotado gratuitamente por qualquer cidade ou estado - têm esse potencial. Elas podem reunir informações sobre agentes, espaços, eventos e projetos culturais de maneira colaborativa, fornecendo ao poder público e ao cidadão uma radiografia de iniciativas culturais no território, seja no bairro, na cidade, no estado ou no país.
Nesse sentido, as plataformas digitais colaborativas cumprem uma importante função para além da transparência: ao reunirem informações da gestão pública e da vida cultural da população elas qualificam a elaboração de políticas públicas, pois permitem detectar as demandas e necessidades culturais da população em interface com a dimensão social expressa no território. Além disso, as plataformas permitem novas maneiras de interação entre a própria rede de agentes culturais.
O curso vai apresentar algumas das plataformas em atividade no país, especialmente os Mapas Culturais, aplicações que são a base do Sistema Nacional de Informações e Indicadores Culturais (SNIIC). O SNIIC foi reformulado recentemente e vem incorporando grandes bases de dados do MinC. Também serão discutidas as possibilidades de uso destas ferramentas (novas leituras das informações, cruzamentos de indicadores, etc), tanto pela gestão cultural como por artistas, produtores e cidadãos.
A programação está assim subdividida:
20/09, das 10h às 13h – SNIIC, Mapas Culturais e Ontologia da Cultura
No primeiro bloco serão detalhadas as recentes reconfigurações do SNIIC (Sistema nacional de Informações e Indicadores Culturais) e a migração para a tecnologia dos Mapas Culturais. Também será abordada a metodologia utilizada para a interoperabilidade dessas plataformas: a Ontologia da Cultura, cujo objetivo é criar uma série de padrões mínimos para a organização da informação na área da gestão cultural.
Com Leonardo Germani, Dalton Martins e José Eduardo Santarém.
20/09, das 15h às 18h - Mapas Culturais, bases de dados e governança
No segundo bloco serão apresentadas de forma mais aprofundada as funcionalidades dos Mapas Culturais, software livre lançado em 2013 para mapeamento colaborativo e gestão cultural. O sistema foi adotado como base do SNIIC em 2015, o que vem possibilitando a integração de grandes bases de dados do MinC (como a Rede Cultura Viva hospedada no blog Cultura Digital, o Cadastro de Bibliotecas Públicas e o Cadastro Nacional de Museus).
Com Leonardo Germani, Lívia Ascava e José Murilo Carvalho.
21/09, das 10h às 13h – Geração de indicadores para a gestão cultural
No terceiro bloco, será apresentado o “estado da arte” dos indicadores na área da cultura, entendendo que eles são indispensáveis para a tomada de decisões estratégicas no campo da política pública cultural. Também serão discutidas as possibilidades de integração das plataformas digitais com tais bases de dados, e ainda como as plataformas podem gerar novas informações e indicadores a partir de mapeamentos e dados georreferenciados.
Com Frederico Barbosa, Cristina Lins e Renato Schattan.
21/09, das 15h às 18h – Plataformas digitais e gestão cultural
A primeira experiência do Mapas Culturais no âmbito do SNIIC foi da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo. Na sequência, outros estados e municípios aderiram: municípios de Blumenau, São José dos Campos, João Pessoa, Sobral, Belo Horizonte, Santo André e estados de São Paulo, Tocantins, Ceará, Mato Grosso e Rio Grande do Sul, além do Distrito Federal. No último bloco do curso serão apresentados os casos do SP Cultura (Prefeitura Municipal de São Paulo) e do SP Estado da Cultura (Governo do Estado de SP), além de outras experiências de plataformas como a agenda cultural do Catraca Livre.
Com Luciana Lima, Claudinéli Ramos e Luis Henrique Fagundes.
As inscrições pela internet podem ser realizadas até um dia antes do início da atividade. Após esse período, caso ainda haja vagas, é possível se inscrever pessoalmente em todas as unidades. Após o início da atividade não é possível realizar inscrição.
Palestrantes
José Eduardo Santarém
Professor da USP-Ribeirão Preto.
(Foto: Acervo Pessoal)
Luis Henrique Fagundes
HackLab.
(Foto: Acervo Pessoal)
Leonardo Germani
Desenvolvedor web que atuou em diversos projetos de software livre relacionados a gestão cultural, como o Tainacan e "Mapas Culturais". Foi um dos pioneiros da Cultura Digital no Ministério da Cultura e, entre 2015 e 2016, também atuou como coordenador do Sistema Nacional de Informações e Indicadores Culturais.
(Foto: Acervo Pessoal)
José Murilo Carvalho
Ex-coord. Geral de Cultura Digital - MinC.
(Foto: Reprodução Facebook)
Frederico Barbosa
IPEA.
(Foto: Reprodução Facebook)
Cristina Lins
Consultora Prodoc/MinC em indicadores culturais. Coordenou três publicações do Sistema de Informações e Indicadores Culturais do IBGE. Faz parte do Grupo Executivo para a criação da Conta Satélite da Cultura.
(Foto: Reprodução Facebook)
Renato Schattan
Urbanista/Escola da Cidade SP.
(Foto: Acervo Pessoal)
Claudinéli Ramos
Coord. Unidade Monitoramento Secr. Cultura Estado de SP.
(Foto: Reprodução Facebook)
Data
20/09/2016 a 21/09/2016
Dias e Horários
Terça e Quarta, 10h às 18h com intervalo das 13h às 15h
As inscrições podem ser feitas a partir de 25 de Agosto, às 14h, aqui no site do Centro de Pesquisa e Formação ou nas Unidades do Sesc em São Paulo.