Por uma geografia da autonomia

Programa

Na aurora de 1994 o Exército Zapatista de Libertação Nacional (EZLN) insurgia-se em armas em Chiapas, México. Organização político-militar composta majoritariamente por indígenas, o EZLN trouxe consigo demandas como democracia, terra e liberdade, denunciando o histórico processo de submissão e despojo dos povos indígenas mexicanos.

Na esteira desse processo o EZLN gradativamente passou a incorporar a autonomia em sua pauta política, não só enquanto exigência constitucional, mas sobretudo como prática concreta de organização sócio-territorial em suas comunidades rebeldes.

Com mais de vinte anos de existência, os territórios autônomos zapatistas consolidam-se como uma das experiências políticas mais complexas do contexto latino-americano contemporâneo, sintetizando de maneira híbrida formas de organização tipicamente ocidentais com práticas, tradições e estruturas produtivas tipicamente indígenas.

Partindo de uma análise crítica das políticas indigenistas mexicanas e da formação territorial chiapaneca, a obra traça um panorama do processo de organização sócio-territorial da autonomia zapatista.

A pesquisa interdisciplinar foi desenvolvida na Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas/USP e contou com o apoio da FAPESP, além de trabalho de campo nos territórios autônomos zapatistas e da cooperação do Centro de Investigaciones sobre América Latina y el Caribe/ UNAM. 

As inscrições pela internet podem ser realizadas até um dia antes do início da atividade. Após esse período, caso ainda haja vagas, é possível se inscrever pessoalmente em todas as unidades. Após o início da atividade não é possível realizar inscrição.

Condições especiais de atendimento, como tradução em libras, devem ser informadas por email ou telefone, com até 48 horas de antecedência do início da atividade.
centrodepesquisaeformacao@sescsp.org.br / 11 3254-5600

(Foto: Divulgação)

Palestrantes

Fábio Alkmin

Mestre em Geografia Humana pela USP. Realizou estágios de pesquisa nas UNLP (Argentina) e CIALC/UNAM (México), além de trabalhos de campo em outros países latino-americanos. Cofundador da Sendero Filmes.
(Foto: Acervo Pessoal)